sábado, 26 de outubro de 2013

Terra 2100



Programa levado ao ar pela rede americana ABC, em 2 de junho de 2009.
 
Apresentado pelo jornalista Bob Woodruff, o documentário explora a pior perspectiva futura se o homem não agir contra os problemas atuais que ameaçam a civilização, como a mudança climática, o crescimento populacional e o mau uso dos recursos energéticos.
Os fatos se desenvolvem paralelamente à vida da personagem fictícia, “Lucy” (contada através do uso de imagens e animações), enquanto ela relata como eles afetaram a sua vida.

O programa inclui previsões da Terra nos anos de 2015, 2030, 2050, 2085 e 2100, feitas por cientistas, historiadores, antropólogos e economistas.

Segundo o produtor Michael Bicks, “o programa foi criado para mostrar a pior perspectiva para a civilização humana. Porém, não afirmamos que esses fatos irão se concretizar — mas, se falharmos em resolver problemas como a mudança climática, o esgotamento dos recursos e a super-população, é provável que se concretizem”.

Acessem no link abaixo  

http://blip.tv/espiriton/terra-2100-5066759


Ótimo filme para todos.

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Fonte: CACEF - Casa de Caridade, Esperança e Fé.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Planeta Terra, nossa casa...





Um dos arquétipos mais palpitantes da psique humana é a Casa. Não significa apenas o prédio de tijolos onde habitamos com nossa família, mas ela expressa a nossa necessidade de aconchego, de proteção, de ternura, que sentimos no âmago do ser. A Casa simboliza o amor que nos liga profundamente aos familiares e aos amigos queridos aos quais nos vinculamos pelos laços sagrados do coração.

Representa, também, segurança, conforto, tranquilidade e é também um refúgio doce e terno que nos protege das intempéries, dos perigos, da solidão. É o ninho acolhedor, pleno de calor, no qual nos unimos às pessoas que amamos. A Casa nos fornece orientação, equilíbrio e harmonia. Sabemos que no final do dia um abrigo aconchegante nos abrirá seus braços e poderemos adormecer em paz.

O planeta Terra é a nossa Casa. Ele nos hospeda com amor e nos oferece o seu regaço de mãe. Como avezinha implume, chegamos um dia com frio, amedrontados, frágeis e este Lar nos acolheu, oferecendo-nos proteção, alimento e as experiências necessárias ao nosso crescimento físico, mental e espiritual.


Freqüentamos as diversas salas de estudo deste Planeta-Escola, participamos de suas aulas, passando por provas, por desafios, que facultaram o nosso amadurecimento psicológico, auxiliando-nos a passar de um nível de consciência para outro mais alto, galgando, assim, paulatinamente, os degraus da grande escada evolutiva. Desta forma, um dia chegaremos jubilosos à angelitude que é o destino fulgurante que nos aguarda. Somos filhos da luz e devemos nos recordar dessa meta grandiosa, durante a romagem terrena.

A querida mentora Joanna de Ângelis em seu magnífico livro “Após a Tempestade”, através da mediunidade abençoada de Divaldo Franco, leciona, com propriedade, que ecólogos de todo o mundo preocupam-se com a poluição devastadora que resulta dos detritos que são jogados nos oceanos, nos rios, nos lagos, nos terrenos baldios, bem como, também, os ingredientes químicos das indústrias, como óleos e resíduos venenosos que são atirados displicentemente, sem a mínima consideração com a destruição de nossa própria Casa.

Os técnicos no assunto escrevem matérias profundas sobre a poluição atmosférica, acerca das substâncias venenosas que são expelidas pelas fábricas, pelos motores de explosão e sobre os inseticidas utilizados pela lavoura, convidando-nos a uma séria tomada de consciência. Há a necessidade de uma profunda educação ambiental para que as crianças, os jovens, como novos habitantes do planeta possam se conscientizar de que é necessário preservar a casa que recebemos de Deus para ser nossa morada, nossa escola, nosso canal de ascensão para o Alto.

Desenvolvendo em nós o espírito de fraternidade, de solidariedade, de gratidão, de humildade e, sobretudo, de amor ao Planeta que nos hospeda, inauguraremos de fato uma nova era de paz e de felicidade para todos. Joanna de Ângelis adverte-nos acerca do grave perigo da poluição mental, que envenena a alma, com grande repercussão, também, na contaminação da natureza.

São, como nos orienta a Mentora, os choques das vibrações negativas, das mentes em desalinho, procedentes das rudes batalhas do desamor, das ambições, do ódio, do abuso do poder, da busca das glórias efêmeras, das competições malsãs, estiolando as almas pela falta de compreensão, de entendimento, de fraternidade. A poluição moral é a mais cruel e tenebrosa porta de acesso para a poluição ambiental.

A mãe Terra nos hospeda, oferecendo-nos o seu seio amoroso. A Terra é a nossa casa comum, apresentando problemas, riscos, conflitos, desajustes, que nos cabe solucionar, utilizando as ferramentas do amor, da tolerância, do respeito, da compreensão, da gratidão pela vida que estua nos painéis vivos da Natureza.

É maravilhoso pensar que temos a mesma origem como filhos e herdeiros de Deus, membros da família universal, esta empolgante comunidade humana, sendo irmãos e irmãs uns dos outros e que finalmente um dia, amadurecidos pelo amor genuíno, nos daremos as mãos, entoando o cântico da sublime fraternidade.

Jesus, o Sublime Ecólogo, amou a Natureza, falando com ternura do grão de mostarda, dos lírios do campo, dos pássaros, das ovelhas, dos peixes, do trigo que produz o pão, da água viva que dessedenta para sempre. Abençoou a vida em todos os seus estágios, cantando a sinfonia de amor do Seu Evangelho nas belas praias da Galileia, nos montes verdejantes, envolvidos pelo sol ardente e orando ao Pai na calma da noite, aspirando a brisa perfumada, contemplando as estrelas luminíferas e a suavidade dos raios do luar.

E com o seu estilo fascinante a Benfeitora querida esclarece-nos que a Terra sairá do caos que a absorve e voltarão o ar puro, a água cristalina, a relva repousante, o trinar dos pássaros, o fulgor do sol e o faiscar das estrelas em nome do Pai Criador e de Jesus, o Salvador Perene de todos nós.

Atendamos, pois, ao convite maternal e o sintonizemos com as energias sublimes e revigorantes da vida em a Natureza, utilizando a linguagem do amor fraternal, esparzindo, desta forma, o Reino de Deus onde quer que estejamos.

Compilado da Revista Presença Espírita
Texto de Maria Anita Rosas batista
 
Fonte: Harmonia Espiritual

domingo, 20 de outubro de 2013

13 fenômenos naturais espetaculares pouco conhecidos

Fonte da imagem: Saint Seiya New World

As clássicas maravilhas da natureza são enormes, famosas e difíceis de não perceber – cânions vastos, montanhas gigantescas, cataratas descomunais e coisas do tipo. No entanto, muitos dos fenômenos naturais mais fantásticos são, ao mesmo tempo, alguns dos menos perceptíveis, seja por suas condições raras de surgimento ou por sua localização remota.

Indo desde pedras que se movem sozinhas sem explicação plausível até tornados de puro fogo e fumaça que são mais destrutivos do que os incêndios que os originaram, listamos a seguir algumas das maravilhas mais belas, inspiradoras e, por que não, aterrorizantes da natureza.


 Fonte da imagem: Reprodução/WebEcoist


 1 - Rochas Deslizantes

As misteriosas pedras ambulantes do deserto de lama batida do Vale da Morte, na Califórnia, são motivo de controvérsia científica há décadas. Elas são rochas de tamanhos e formatos variados, algumas pesando centenas de quilos, que chegam a se mover por quilômetros e mais quilômetros sem algum motivo aparente, deixando um rastro atrás de si.

Alguns cientistas chegaram a propor que uma combinação de ventos fortes e gelo na superfície pudesse ser responsável pelo fenômeno, mas isso não explica os casos de pedras que começam lado a lado e se movem em velocidades e direções distintas. Além disso, as contas dos físicos também não batem, já que seriam necessários ventos de centenas de quilômetros por hora para mover algumas das rochas.

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 Fonte da imagem: Reprodução/WebEcoist

2 - Basalto Colunar

Quando um fluxo de lava espesso se resfria, ele acaba se contraindo verticalmente, mas rachando em sentido perpendicular à direção em que fluía. Esse fenômeno acontece com um grau de regularidade geométrica tão grande que, na maioria dos casos, ele forma uma surpreendente grade de projeções hexagonais que parecem até ter sido feitas por seres humanos.

Um dos exemplos mais famosos desse fenômeno é a Calçada dos Gigantes, na costa da Irlanda (que você pode ver nas fotos abaixo). Porém, a maior e mais reconhecida ocorrência talvez seja a Torre do Diabo, nos estado norte-americano do Wyoming. O basalto também toma formas distintas e igualmente fascinantes quando as erupções são expostas a correntes de ar ou à água.

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Fonte da imagem: Reprodução/WebEcoist
 
3 - Buracos Azuis 

Essas manchas escuras são quedas gigantescas e abruptas na elevação subaquática que são perfeitamente visíveis da superfície quando olhamos de cima e comparamos sua tonalidade com a dos arredores. Essas cavernas podem ter centenas de pés de profundidade e algumas contêm fósseis que foram encontrados nas suas profundezas, completamente preservados.
Com o equipamento apropriado, mergulhadores são capazes de explorar esses ambientes profundos, mas a baixa taxa de oxigênio devido à má circulação da água faz com que haja pouquíssima vida nesses lugares, deixando-os assombrosamente vazios.

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 Fonte da imagem: Reprodução/WebEcoist

4 - Marés Vermelhas

As marés vermelhas nada mais são do que influxos súbitos de enormes quantidades de algas coloridas de célula única, que juntas acabam deixando áreas inteiras de um oceano com uma coloração vermelho-sangue. Embora algumas delas sejam relativamente inofensivas, outras são portadoras de toxinas mortais que causam a morte de peixes, aves e mamíferos marinhos.

Em alguns casos, até mesmos seres humanos já sofreram os efeitos nocivos das marés vermelhas, mas não há nenhum caso conhecido de pessoas que tenham morrido por conta do fenômeno. Embora possam ser altamente nocivos em grandes conjuntos, os fitoplânctons que as constituem não são perigosos em pequenas quantidades.

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Fonte da imagem: Reprodução/WebEcoist

5 - Círculos de Gelo

Enquanto muitos podem ver esses círculos aparentemente perfeitos de gelo como motivo para teorias de conspiração, cientistas acreditam que eles sejam formados quando pedaços flutuantes de gelo são rodados por correntes circulares de água (conhecidas como eddies), formadas por fluxos fortes de água que passam por objetos sólidos.

Como resultado dessa rotação, outros pequenos pedaços de gelo se acumulam simetricamente nas beiradas do bloco até que ele se transforme em um círculo quase perfeito. Já foram encontrados locais com círculos de gelo com mais de 152 metros de diâmetro e até mesmo grupos dessas formações, com tamanhos idênticos ou diferentes entre si.

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 Fonte da imagem: Reprodução/WebEcoist

6 - Nuvens mammatus 

Fazendo jus à sua aparência medonha, as nuvens mammatus costumam ser mensageiras de tempestades ou outros abalos atmosféricos que estejam a caminho. Compostas predominantemente por gelo, elas podem se estender por centenas de quilômetros em todas as direções, com formações individuais que aparentam ficar completamente paradas por entre 10 e 15 minutos.

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 Fonte da imagem: Reprodução/WebEcoist

 7 - Dolinas 

Conhecidas em inglês como sinkholes, as dolinas são um evento natural consideravelmente assustador. Com o passar do tempo, fluxos subterrâneos de água causam erosão no solo abaixo da superfície até que a terra acima ceda e desmorone para as profundezas, algumas vezes de forma bastante abrupta.

Muitas vezes, esse fenômeno acontece de forma natural, mas existem ocorrências causadas pela interferência humana, seja ao deslocar fluxos de água ou pela ação de tubulação rompida. Dolinas urbanas de grande profundidade já se formaram mundo afora, consumindo partes de quadras, calçadas e até mesmo prédios inteiros.

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Fonte da imagem: Reprodução/WebEcoist

8 - Penitentes

Nomeadas em menção a monges do estado norte-americano do Novo México que usavam capuzes extremamente pontudos, as penitentes são incríveis lâminas de gelo de formação natural que crescem do chão em direção ao sol. Mais comumente encontradas em altitudes elevadas, elas podem se tornar mais altas que os seres humanos e tomar campos extensos, que ficam repletos de pontas geladas.

Enquanto o gelo vai derretendo, pequenos desníveis iniciais são formados entre partes distintas dos blocos gelados. Com o passar do tempo, essas diferenças de altura modificam a ação do vento no degelo e criam sombras que diminuem o efeito do sol, criando as pontas acentuadas.

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 Fonte da imagem: Reprodução/WebEcoist


9 - Nuvens lenticulares 



Não, essas formações não são OVNIs - nem coberturas artificialmente criadas para camuflá-los. As nuvens lenticulares são fenômenos evitados por aviadores tradicionais, mas amados por pilotos de planadores. Elas são massas com uma forte corrente de ar ascendente que pode levar os aviõs sem motor a grandes alturas, normalmente formadas quando ventos rápidos são desviados para cima ao passarem or um grande objeto terrestre, como uma montanha.
 
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Fonte da imagem: Reprodução/WebEcoist
 
10 - Pilares de Luz  
 
Essas colunas luminosas de aparência quase sólida se projetam pelo céu quando a luz reflete em cristais de gelo por um ângulo preciso, seja vinda do sol (como vemos nas duas primeiras figuras abaixo) ou de fontes artificiais, como luminárias de ruas ou parques. Apesar de sua aparência maciça, o efeito dos pilares de luz é inteiramente criado pelo ponto de vista relativo dos observadores.

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Fonte da imagem: Reprodução/WebEcoist
 
11 - Lua laranja
 

Embora a maioria das pessoas já tenha presenciado esse fenômeno ao menos uma vez na vida, poucos sabem o que faz com que o satélite natural do nosso planeta ocasionalmente apareça com cores alaranjadas em regiões baixas do céu.

Quando a lua aparece mais próxima ao horizonte, os raios de luz solar que são refletidos nela são forçados a atravessar uma camada muito maior da nossa atmosfera até nos atingir, o que faz com que apenas as luzes de espectros entre o amarelo e o vermelho nos alcancem, o que inclui o laranja.

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 Fonte da imagem: Reprodução/WebEcoist

12 - Parélios 

Conhecidos em inglês como sundogs, esses pontos luminosos em volta do sol possuem um processo de formação parecido com o dos pilares de luz, baseado nos raios luminosos passando por cristais. O formato e a direção dos sólidos translúcidos podem causar uma forte alteração no impacto visual para os observadores, produzindo caudas maiores e mudando as cores que podem ser vistas.

A altura relativa no céu da nossa principal estrela faz com que os parélios apareçam mais próximos ou mais distantes do astro. Condições climáticas variáveis em outros planetas do Sistema Solar podem levar ao surgimento de auréolas com até quatro desses pontos a partir da perspectiva desses mundos. O fenômeno é discutido e avaliado desde tempos ancestrais, com registros escritos datando da época dos egípcios e gregos.

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 Fonte da imagem: Reprodução/WebEcoist

13 - Tornados de Fogo 

Eles aparecem no meio ou nos arredores de incêndios descontrolados quando ocorre uma convergência de condições favoráveis, e podem ser causados por outros eventos naturais, como terremotos e tempestades de raios.

Os tornados de fogo podem ser extremamente perigosos, muitas vezes avançando até grandes distâncias e causando destruição e morte em áreas que de outra forma não seriam tocadas pelas chamas. O fenômeno costuma ter cerca de 1,5 quilômetro de altura, gerar ventos de mais de 160 quilômetros por hora e dura 20 minutos ou mais.


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Fonte: WebEcoist
Extraído de megacurioso.com.br
 


O grito da floresta




Quando o machado se agita
A motosserra se inflama
A floresta em versos grita
Não maltrate quem te ama


A inspiração divina
Nos doou esse convênio
Eu importo gás carbônico
E exporto oxigênio


Agasalho os passarinhos
Que nos fazem tanto bem
As águas de nossos rios
Eu as protejo também


No verão forneço sombra
Na primavera fragrância
Por favor, não me devastem
Isso é falta de elegância


Se alguém corta uma árvore
Devia pensar primeiro
Um pouquinho de saúde
Não se compra com dinheiro


Pense nos seus netinhos
Naqueles que tanto amamos
Pense nos passarinhos
E no ar que respiramos


Os homens maus do passado
Para fazer uma cruz
Feriram a árvore primeiro
Para fazer o madeiro
Para depois ferir Jesus.



( Sebastião Zulmair Pires)

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Minhocas de estimação: recicle resíduos orgânicos em casa

As minhocas consomem e convertem matéria orgânica em adubo, 
uma ótima forma de reciclar os resíduos produzidos em casa. 
(Foto: Reuters)
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Ter um minhocário doméstico é uma forma limpa e sustentável de diminuir a quantidade de lixo que você produz.

Uma das principais questões enfrentadas pelos grandes centros urbanos é o que fazer com o lixo. De acordo com a prefeitura de São Paulo, são produzidas na cidade diariamente 18 mil toneladas de resíduos. Desse montante, 10 mil são de lixo domiciliar e, desses, metade é lixo orgânico. A boa notícia é que há uma maneira simples, limpa e barata de reciclar o lixo orgânico sem precisar sair de casa, e assim contribuir para a sustentabilidade das cidades.

A compostagem é um processo milenar que faz a transformação de resíduos orgânicos em adubo. Há várias formas de realizar esse processo. Uma delas é utilizando um minhocário doméstico (processo conhecido também como vermecompostagem). Um minhocário é, basicamente, uma caixa cheia de minhocas onde é depositado o lixo orgânico. Lá, as minhocas se alimentam dos resíduos e fazem o processo de compostagem.

O que resta dos resíduos orgânicos é terra, chamada de húmus, e chorume. A terra é muito rica em nutrientes e ideal para adubar vasos de plantas. Já o chorume não tem cheiro algum e é livre de bactérias, também muito utilizado como fertilizante para borrifar em plantas.

“A procura por minhocários domésticos aumenta a cada dia. Estou no caminho da sustentabilidade há tempos, e noto uma mudança de hábitos e de interesses das pessoas por soluções sustentáveis para suas casas”, observa Claudio Vinicius Spinola de Andrade, 37, diretor executivo da Morada da Floresta, organização pioneira atuante no mercado de soluções sustentáveis.

Apesar disso, muitos são os mitos e preconceitos sobre ter um minhocário em casa. Nojo de minhoca, receio de precisar manuseá-las, cheiros fortes e sujeira são alguns dos motivos que levam as pessoas a não adotar a solução, principalmente quem mora em apartamentos, onde o espaço costuma ser menor e é comum não haver áreas livres.

“Eu tenho minhocário em casa e amo”

“Sim, tenho nojo de minhoca e não gostaria de ter que pegá-las com as mãos. Mas nunca precisei manuseá-las. O minhocário é prático e higiênico”, conta a relações-públicas Renata Freire. Há cerca de 3 meses, seu colega de apartamento, Rafael Lacerda, comprometido em reciclar a maior quantidade possível de resíduos produzidos em sua casa, trouxe um minhocário para o apartamento onde moram.

O minhocário escolhido foi um pequeno, feito para comportar resíduos produzidos por duas pessoas, e quase não ocupa espaço da área de serviço, onde fica. Ali, a dupla deposita restos de frutas, legumes, verduras, grãos, sementes, casca de ovos, saquinhos de chá, borra de café ou chá com o coador de papel, papel-toalha e guardanapo e também alimentos cozidos em pequenas quantidades.

Anna Mey já é mais escolada no assunto. Há 3 anos montou em seu apartamento um minhocário. “Meu marido foi super-resistente e, como todos, imaginava minhocas escapando pelos buracos e cheiro ruim. Mas depois que adquirimos, ficamos maravilhados. O lixo “desaparece” e ainda ficamos com adubo e fertilizante para nossas plantas”, conta ela. Vendo a experiência do casal, muitos dos amigos resolveram adquirir composteiras para suas casas também.

Anna teve problemas apenas uma vez, quando, sem saber, a faxineira jogou vinagre dentro do minhocário, o que acabou matando as minhocas. “Elas respiram pela pele, então não podemos jogar nada muito ácido para não comprometer o processo ou machucá-las”, explicou Anna.

Pensar e adotar práticas cotidianas mais saudáveis e naturais é sempre um caminho sem volta para uma transformação maior. Rafael e Renata, por exemplo, ficaram tão animados com a possibilidade de processar seu lixo orgânico e ainda produzir adubo, que decidiram montar em casa uma horta.

Anna viu na experiência com o minhocário uma oportunidade para pensar sobre outras coisas que poderia mudar no seu dia a dia, como utilizar produtos de limpeza e cosméticos naturais. “Sem dúvida alguma é um sentimento de retorno para algo verdadeiramente natural dentro de uma rotina tão urbana. Eu me tornei muito mais consciente do que consumo na minha casa”, comemora.
 
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Fonte: Sustentabilidade Allianz, em 25/setembro/2013, por Camila Hungria 

Centros urbanos e galerias: feitos uns para os outros

Uma das galerias mais frequentadas em São Paulo 
é a do Edifício Copan, projetado por Oscar Niemeyer. 
(Foto: Rodgrio Soldo)
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Galerias integram espaço público, facilitam circulação de pedestres e impulsionam oferta de serviços.

Em 2012, foi aprovado um projeto de revitalização para o centro da cidade de Nilópolis, na Baixada Fluminense, prevendo a cobertura de um trecho de 200 m da via, a reforma do calçadão e a revitalização de uma galeria, que será interligada à estação ferroviária. O projeto tem como objetivo, além de reestruturar o centro da cidade, garantir sombreamento em toda a extensão da via, que sofre com altas temperaturas. Com as vias protegidas do forte calor e da chuva, o comércio da região ganhará força, uma vez que o trânsito de pedestres no local será favorecido.

“Trata-se de uma recuperação das antigas arcadas, arcos que formam as galerias, que até hoje existem em cidades como Verona, na Itália. Com as arcadas, os pedestres estão protegidos da chuva e do sol forte. Portanto, caminhar pelas ruas se torna uma atividade muito mais gentil”, explica Ciro Pirondi, arquiteto e urbanista e diretor da Escola da Cidade – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.

O projeto de Nilópolis é um exemplo de como o tipo de construção de uma cidade pode transformar as relações humanas daquele lugar. Nesse contexto, as galerias de serviço, espaços térreos, abertos, são um caminho viável e adequado para levar mais qualidade de vida e mobilidade aos moradores de grandes centros urbanos. “Muito mais do que espaços turísticos, essas galerias são grandes centros públicos que reúnem serviços e lojas e interligam ruas, tornando as regiões onde estão localizadas conectadas e mais fáceis de se transitar a pé”, explica o urbanista.

Além do conforto e da segurança para o pedestre, as galerias são verdadeiros atalhos que ligam ruas da cidade, facilitando a circulação e aumentando a mobilidade urbana. Nesse sentido, pode-se colocar como exemplo, no Rio de Janeiro, as galerias Menescal e Duvivier, construídas na década de 40, e até hoje importantes centros de compras, que ligam a Avenida Nossa Senhora de Copacabana à Rua Barata Ribeiro, duas importantes vias do centro carioca.

A possibilidade de mesclar espaços residenciais nos andares superiores com comerciais, nos inferiores, também é uma vantagem fundamental desse tipo de construção. Em São Paulo, uma das mais frequentadas é a galeria do Edifício Copan, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. O edifício tem 35 andares e 1.160 apartamentos. Seu andar térreo é aberto a todos os pedestres. Lá se encontram estabelecimentos comerciais, como cabelereiros, cafés, restaurantes, e até uma igreja. “Para se ter uma ideia, passam pela galeria do andar térreo do Edifício Copan em média 9 mil pessoas por dia”, aponta Pirondi.

Galerias em cidades turísticas: centrais, elegantes e muito frequentadas

 
A partir do século 17, com o impulso dado pela revolução industrial e o advento do uso de concreto armado e metal, foram construídas na Europa as primeiras galerias de serviço. A cidade de Milão, por exemplo, tem entre seus principais pontos turísticos uma galeria. Quem visita a cidade invariavelmente passa por um dos marcos arquitetônicos da Belle Époque, a Galleria Vittorio Emanuele II, localizada em um dos pontos mais importantes e centrais da cidade, construída entre 1865 e 1877. É também nessa galeria que estão os restaurantes, os cafés e as grifes mais elegantes, como Gucci, Louis Vuitton e Prada.

O mesmo exemplo pode ser observado em Buenos Aires, onde um dos principais pontos turísticos também é uma galeria, que reúne mais de 100 lojas e diversos serviços, as Galerías Pacífico. Lá também estão disponíveis acesso à internet, fax, berçário e até uma lavanderia.

Galerias x shoppings

 
A ideia de integrar a cidade em suas múltiplas facetas e necessidades por meio de construções mais inteligentes e funcionais não é nova, mas parece ter sido esquecida em muitos lugares, dando lugar a outros formatos. “As cidades foram sofrendo um processo de desgaste, com formas exploratórias do seu espaço”, diz o professor.

O que conhecemos como shopping centers são um exemplo desta outra forma de ocupação. Enquanto as galerias são um local de passagem público, aberto, os shoppings têm em seu DNA características opostas. São espaços privados, que têm como finalidade estar naquele lugar, e ser autossuficientes.

“A essência da construção de uma cidade está no convívio, e as galerias abrangem essa dimensão. Possibilitam morar, trabalhar, ter lazer, almoçar e desempenhar uma série de atividades cotidianas em um mesmo lugar. Na minha visão, o futuro das cidades será norteado por uma questão de mobilidade e convívio, e não por espaços fechados e restritos”, finaliza o arquiteto. 
 
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Fonte: Sustentabilidade Allianz, em 04/setembro/2013, por Camila Hungria.

Maravilha da Natureza




Fonte: Condessa Descalça