Mesmo no auge da nossa insignificância, ainda temos uma composição e
lógica de funcionamento interno que são absolutamente extraordinários.
1. A Terra é absurdamente pequena
Não é nenhum segredo que a Terra é menor do que o sol, mas o
contraste chega a ser ultrajante. Cerca de 109 Terras seriam necessárias
para cobrir a face do sol. No entanto, ao mesmo tempo que isso pode ser
um número grande, não é nada em comparação com os cerca de 1,3 milhões
de Terras que poderiam caber dentro do nosso sol como um todo. Isto
apenas considerando o volume e não a forma.
O sol contém cerca de 333 mil vezes a massa da Terra e é responsável
por 99,8% da massa do nosso sistema solar inteiro. Não é à toa que dizem
que o sol é para todos.
Mas ele não é a maior coisa que existe no universo. A supergigante
vermelha Betelgeuse, por exemplo, é cerca de 500 vezes maior do que o
nosso sol. Agora, compare isso com o tamanho da Terra e, de repente,
parece que somos insignificantemente pequenos, não?[Listverse]
2. O Polo Norte e o Polo Sul mudaram de lugar
A “mudança” magnética dos polos Norte e Sul é um ciclo natural. Isso
já aconteceu inúmeras vezes no passado, e vai continuar acontecendo no
futuro. Rochas vulcânicas revelam que a última alteração ocorreu 780.000
anos atrás. Isso significa que a próxima mudança está perto de
acontecer.
O campo magnético que existe ao redor da Terra nos protege de uma
radiação extrema. Mas ele vem mudando mais rápido do que o previsto, e
está enfraquecendo em algumas áreas e ficando mais forte em outras. Isso
porque o campo é afetado pelo movimento de núcleo exterior da Terra.
Menos movimento provoca uma diminuição na força do campo magnético,
enquanto mais movimento provoca um aumento da resistência para a área
correspondente. E uma atividade incomum recentemente registrada pode
significar que o processo de troca dos polos está já está acontecendo.
3. Última Pangea
Pangea, nome dado ao supercontinente com todos os sete continentes
modernos formando uma única terra, existia há 250 milhões de anos. E a
previsão é que, daqui a outros 250 milhões de anos no futuro, uma nova
Pangea irá se formar, mas com uma estrutura muito diferente da Pangea do
passado. É impossível saber exatamente em que direção as placas
tectônicas se movem, mas podemos prever o que vai acontecer a partir da
observação dos movimentos que estão ocorrendo agora.
Com base nessas informações, os cientistas preveem que a Califórnia
irá colidir com o Alasca. A maior parte do Mediterrâneo é, na verdade,
parte da placa tectônica africana que foi avançando para o norte durante
milhões de anos. A África vai se fundir com a Europa e criar uma cadeia
de montanhas gigantescas.
Mas quanto tempo essa transformação vai levar?
Digamos assim que você não precisa perder o sono. Os geólogos estimam
que a formação desse supercontinente na Terra ocorra ciclicamente, em
um intervalo de 500 a 700.000.000 de anos, e nós estamos no meio desse
ciclo agora. E como as placas tectônicas se movem em um ritmo
ligeiramente mais lento do que uma unha crescendo… Parece que vai levar
um bom tempo até as terras se juntarem novamente.
4. A ação da gravidade não é a mesma em todos os lugares do mundo
Se você achava que a gravidade era a mesma em todo o mundo, que bom
que está lendo esse artigo até aqui, porque não é verdade. A taxa de
gravidade varia ao longo da superfície terrestre. Por exemplo, a área da
Baía de Hudson, no Canadá, tem uma força gravitacional mais fraca do
que a maioria dos lugares na Terra. A mudança é tão minúscula que você
nunca seria capaz de senti-la, mas a tecnologia moderna pode detectá-la.
E por que isso acontece?
Nós só temos teorias sobre a causa dessa variação. A mais comum
aponta para a Idade do Gelo. Quando o gelo que dominava a terra
derreteu, ele deixou uma marca tão forte que acabou afetando a gravidade
em um grau leve. Esta camada de gelo cobria a maior parte do Canadá e
parte da América do Norte e teria exercido um peso maior em algumas
áreas. A mesma coisa aconteceu no Pólo Sul.
O derretimento do gelo nos últimos anos tem causado uma mudança
definitiva na força gravitacional local. A distribuição e densidade de
terra, a atividade marítima, e os processos naturais podem ser os
responsáveis por essa diferença na taxa de gravidade. Um terremoto no
Japão levou a uma mudança rapidamente detectada em 2011, mas, como
falamos, ninguém pode de fato senti-la.
5. Cerca de 95% do oceano ainda é um mistério
Muito embora a água cubra 71% da superfície da Terra, nós só exploramos
cerca de 5% do mar. A luz solar não penetra além de aproximadamente 275
metros, e a maior parte da água do oceano escurece a uma profundidade de
30 metros. Logo… O acesso fica um pouco complicado. E há muito do
abismo escuro ainda para ser descoberto.
Milhões de espécies ainda não vistas podem existir debaixo d’água,
mas também muitas podem se extinguir antes mesmo que a gente tenha a
oportunidade de encontrá-las e compreendê-las.
Um dos motivos que leva os cientistas a acreditarem nessa extinção é a
acidez dos oceanos, que aumentou em cerca de 30% desde o início da
Revolução Industrial. Essa acidez destrói recifes de corais e outras
formas de vida dos mares. Para piorar as coisas, os seres humanos
frequentemente pescam DEMAIS, a ponto de aniquilar algumas das
principais espécies. Nós também despejamos um número estimado de 180
milhões de toneladas de resíduos tóxicos na água do mar a cada ano. Isso
é lamentável, uma vez que o oceano pode armazenar chaves para a
compreensão de ecossistemas complexos, a cura para doenças e mais um
monte de outras coisas que nós não vamos nem ter a oportunidade de saber
o que são.
As profundezas do oceano são poderosas o suficiente para destruir o
nosso corpo, por conta da pressão absurda da água. Ainda assim,
criaturas prosperam ali – então calcule o que ainda não sabemos.
6. Uma certa quantidade de peso pode deformar a terra
Em 2002, ao longo de cerca de um mês, a plataforma de gelo Larsen B
da Antártida ruiu no Mar de Weddell. Sua área de superfície original era
de cerca de 3.250 quilômetros quadrados. Esta plataforma monstruosa de
gelo tinha nada menos que 220 metros de espessura e pesava singelos
720,000 milhões de toneladas – o que é acima do peso até para os padrões
de beleza de um iceberg. Isso é uma grande quantidade de peso para
desaparecer assim tão de repente. Para o choque de cientistas, quando
isso aconteceu, a terra que anteriormente estava sob o gelo aumentou. A
mudança foi significativa o suficiente para causar alterações nos fluxos
subterrâneos de lava, levantando novas preocupações sobre a
estabilidade dos vulcões locais. Se todo o gelo que cobre a Antártida
derretesse, a terra subiria na mesma proporção. O nível dos oceanos
também aumentaria em cerca de 60 metros.
A maior parte da terra da Antártida está afundada com o peso de suas
camadas de gelo de espessura obesa. Como elas são MUITO pesadas, acabam
sufocando uma grande porção de terra do continente, que atualmente
permanece descansando abaixo do nível do mar.
7. O núcleo da Terra é tão quente quanto o sol
A Terra é dividida em três camadas. O núcleo quente é fundido do lado
de fora e denso no centro. O manto é a camada seguinte. Basicamente,
ele é uma rocha sólida que representa cerca de 84% do volume da Terra. A
crosta é superfina é justamente a camada que sustenta a vida. O núcleo é
o mais fora do alcance e, consequentemente, mais difícil de ser
estudado. Mas nós sabemos o suficiente para determinarmos que o núcleo
da Terra tem 2.300 quilômetros de espessura, está a uma temperatura de
mais de 3.900 graus Celsius e é composto principalmente de ferro e
níquel. Também sabemos que ele se move com a viscosidade da água.
Núcleo interno da Terra é praticamente uma bola de liga de ferro com
1.207 km de espessura. Esta esfera de metal proporciona o campo
magnético mais protetor do mundo e tem nada menos que 6.100 graus
Celsius, o que faz com que seja tão quente como o sol.
O peso de tudo que fica ao redor do núcleo provoca uma pressão que o
mantém sólido, apesar do calor. Nós não podemos perfurar tão fundo até
essas áreas ridiculamente quentes do interior da nossa Terra, então
contamos com a sismologia para obter informações. Isto significa que o
que “sabemos” é meramente especulativo e poderia facilmente mudar à
medida que aprendemos mais sobre o peso do nosso planeta.
8. Terremotos não são nenhuma raridade
Se levarmos o mundo todo em consideração, terremotos
ocorrem cerca de 500.000 vezes por ano. Aproximadamente um quinto
destes terremotos podem ser sentidos pelos seres humanos.
Microterremotos e sismos menores também acontecem em larguíssima escala.
Ambos podem ser detectados por pessoas, e ocorrem a uma escala de cerca
de 8.000 POR DIA. Os tremores que podem ser sentidos, mas causam pouco
ou nenhum dano, ocorrem cerca de 55.000 vezes por ano.
Ou seja: você pode não perceber o que está acontecendo bem debaixo dos seus pés. AGORA!
Terremotos considerados de nível moderado a grande (5.0 a 8.9 graus
na escala Richter) já são mais preocupantes. Eles ocorrem cerca de 1.000
vezes por ano. Os terremotos mais fortes ocorrem com menos frequência, é
claro, mas os danos e a taxa de fatalidade costumam ser muito maiores.
Terremotos extremos são o tipo mais raro do mundo (para nossa
infinita alegria). Eles ocorrem uma vez a cada 20 anos ou mais,
registrando de 9.0 a 9.9 graus na escala Richter.
Nunca houve um terremoto documentado que tenha ultrapassado os 10 graus na escala Richter.
9. Contra todas as expectativas, o fogo prospera em condições geladas
Na Antártica, ventos extremos e secos ajudam o fogo a se espalhar
rapidamente. Com isso, a responsabilidade de seguir as precauções de
segurança pesa sobre os ombros de todos, já que um incêndio pode
significar perda rápida de suprimentos vitais e abrigo – o que complica
em escala exponencial a vida nessa região.
Mas se pegar fogo, não é “só” apagar? Bem, nesse caso, não. É quase
impossível apagar um grande incêndio na Antártica porque a água vai
simplesmente congelar na mangueira. Então é melhor a gente focar todos
os esforços na prevenção.
Segurança contra incêndio no continente branco também tem uma mais preocupação incomum: eletricidade estática.
A baixa umidade e ventos extremos aumentam os efeitos da eletricidade
estática o suficiente para carregar um edifício. Uma única faísca
estática pode inflamar combustível e iniciar um incêndio. Eletricidade
estática descontrolada pode também destruir eletrônicos, como MP3
players e câmeras. Placas de descarga têm que ser colocadas perto de
telefones e teclados por razões de segurança. Como se essas preocupações
não bastassem, há também o Monte Erebus, um vulcão ativo, que pode
entrar em erupção a qualquer hora.
Melhor escolher outro lugar para passar férias!
10. Essa cordilheira vulcânica se espalha pelo mundo
A dorsal mesoatlântica é uma imensa gama de vulcões subaquáticos. Ela
existe devido a erupções vulcânicas de lava basáltica que ocorrem entre
as placas tectônicas. Estas erupções ajudam a produzir a crosta mais
nova da Terra na litosfera. Com 60 mil quilômetros de comprimento, ela é
a maior cordilheira geológica da Terra.
Só para você ter uma noção, a Cordilheira dos Andes, maravilhosa e
famosa, que fica aqui na América do Sul, tem “apenas” 7.200 km de
extensão.
Mas isso não é tudo.
A dorsal mesoatlântica tem influência sobre a atividade da Terra. Por
exemplo, quando a água congelante do oceano se infiltra nas rachaduras
de suas cristas vulcânicas, essa água é aquecida a 400 graus Celsius e
entra em uma ebulição sinistra sendo atirada pelo ar em rajadas pretas,
devido aos minerais de basalto.
A maioria da atividade vulcânica do planeta ocorre ali. Suas
características únicas variam muito além das aberturas superaquecidas,
mas não temos uma visão completa do que está lá embaixo de fato. Essa
gama subaquática colossal só foi descoberta na década de 1950 e
permanece altamente inexplorada. Alguém se habilita?
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Fonte:hypescience.com