Sem o vapor de água, as temperaturas médias seriam até 30 graus Celsius
mais baixas.
Mas, o vapor de água não é o vilão do aquecimento global.
(Foto: Reuters)
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Os cientistas afirmam que o gás carbônico produzido pelo
homem é a causa do recente aquecimento global. Porém os céticos do clima
insistem que o vapor de água é responsável pela maior parte do
aquecimento. Aqui estão as razões pelas quais ambas as suposições são
corretas.
Temos aqui os ingredientes perfeitos para uma teoria
conspiratória: o vapor de água é o fator mais importante que influencia o
efeito estufa, mas ele não aparece na lista das Nações Unidas que
enumera os gases de efeito estufa responsáveis pelo aquecimento global
antropogênico.
Os que criticam a noção de um aquecimento global causado pelo homem adoram esse dado simples e o transformaram em um dos seus argumentos mais poderosos para sabotar uma ação climática decisiva.
Então por que o organismo da ONU para o clima, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), não inclui o vapor de água na lista como gás de efeito estufa? A razão é porque o vapor de água por si só não aumenta a temperatura – ele apenas amplia o aquecimento que já está ocorrendo.
Vapor de água tem efeito de curto prazo no aprisionamento de calor
O papel do vapor de água no sistema climático da Terra é definido pelo curto período em que ele permanece na atmosfera e age aprisionando calor. Enquanto o CO2 adicional de fábricas ou aviões pode permanecer na atmosfera durante séculos, o vapor de água extra só dura por alguns dias antes de se precipitar sob a forma de chuva.
A concentração de vapor de água na atmosfera tende ao equilíbrio. A atmosfera só pode suportar mais vapor se as temperaturas em geral aumentarem. Por isso um pequeno aquecimento causado por emissões humanas de CO2 irá aumentar a quantidade de vapor de água na atmosfera.
Os que criticam a noção de um aquecimento global causado pelo homem adoram esse dado simples e o transformaram em um dos seus argumentos mais poderosos para sabotar uma ação climática decisiva.
Então por que o organismo da ONU para o clima, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), não inclui o vapor de água na lista como gás de efeito estufa? A razão é porque o vapor de água por si só não aumenta a temperatura – ele apenas amplia o aquecimento que já está ocorrendo.
Vapor de água tem efeito de curto prazo no aprisionamento de calor
O papel do vapor de água no sistema climático da Terra é definido pelo curto período em que ele permanece na atmosfera e age aprisionando calor. Enquanto o CO2 adicional de fábricas ou aviões pode permanecer na atmosfera durante séculos, o vapor de água extra só dura por alguns dias antes de se precipitar sob a forma de chuva.
A concentração de vapor de água na atmosfera tende ao equilíbrio. A atmosfera só pode suportar mais vapor se as temperaturas em geral aumentarem. Por isso um pequeno aquecimento causado por emissões humanas de CO2 irá aumentar a quantidade de vapor de água na atmosfera.
O vapor de água adicional leva a um maior aquecimento,
amplificando assim o efeito aquecedor do CO2. Ele acompanha as mudanças
de temperatura, mas não causa nem 'força' essas mudanças, como dizem os
climatologistas. Como efeito de feedback, ele é comparável ao turbo
charger de um carro: aumenta a potência do motor.
No entanto, a quantidade de vapor de água na atmosfera muda conforme a região. Se por um lado praticamente não existe acima dos desertos ou das regiões ártica e antártica, o ar sobre a região equatorial pode consistir de até 4% de vapor de água.
Nas zonas úmidas equatoriais, onde já ocorre um forte efeito estufa, o CO2 e o vapor de água adicionais têm pouco impacto sobre o clima local. Mas nas zonas frias e secas ocorre o oposto disso, e por essa razão o aquecimento é muito mais pronunciado nas regiões polares.
A concentração faz diferença
Diferenças regionais à parte, a atmosfera contém em média apenas 0,4% de vapor de água e dez vezes menos CO2. Essa concentração relativamente pequena é outro argumento muitas vezes mencionado para refutar a noção de um aquecimento global provocado pelo homem. Como é possível o CO2 causar aumento de temperaturas, perguntam os céticos, se ele só responde por 0,04% da atmosfera?
Mais uma vez, o enigma é fácil de solucionar.
Oxigênio e nitrogênio são os elementos mais abundantes na atmosfera terrestre, respondendo por 99% da sua composição. Porém nenhum dos dois gases retém ou emite calor.
É por isso que o vapor de água é responsável pela maior parte do efeito estufa natural. Os cientistas estimam que, sem vapor de água, as temperaturas médias estariam até 30 graus Celsius mais baixas. Por outro lado, o CO2 é responsável por uma parcela muito menor, mais ainda assim substancial, do efeito estufa natural.
Se as coisas permanecerem desse jeito, nós poderíamos continuar vivendo em um planeta aquecido e acolhedor. Porém mesmo aquilo que é bom torna-se ruim quando a dose é exagerada. Os níveis de CO2 na atmosfera passaram de 0,028% para 0,04% desde a Revolução Industrial. Isso levou a um aumento de temperatura de 0,7 grau Celsius até agora.
Cerca de metade desse aquecimento poderia ser atribuída ao vapor de água, calcula o IPCC. Mas isso não teria ocorrido sem o CO2 adicional que foi jogado na atmosfera. Numa analogia simples, o gás carbônico é o ladrão que assalta o banco, e o vapor de água é o motorista da fuga.
No entanto, a quantidade de vapor de água na atmosfera muda conforme a região. Se por um lado praticamente não existe acima dos desertos ou das regiões ártica e antártica, o ar sobre a região equatorial pode consistir de até 4% de vapor de água.
Nas zonas úmidas equatoriais, onde já ocorre um forte efeito estufa, o CO2 e o vapor de água adicionais têm pouco impacto sobre o clima local. Mas nas zonas frias e secas ocorre o oposto disso, e por essa razão o aquecimento é muito mais pronunciado nas regiões polares.
A concentração faz diferença
Diferenças regionais à parte, a atmosfera contém em média apenas 0,4% de vapor de água e dez vezes menos CO2. Essa concentração relativamente pequena é outro argumento muitas vezes mencionado para refutar a noção de um aquecimento global provocado pelo homem. Como é possível o CO2 causar aumento de temperaturas, perguntam os céticos, se ele só responde por 0,04% da atmosfera?
Mais uma vez, o enigma é fácil de solucionar.
Oxigênio e nitrogênio são os elementos mais abundantes na atmosfera terrestre, respondendo por 99% da sua composição. Porém nenhum dos dois gases retém ou emite calor.
É por isso que o vapor de água é responsável pela maior parte do efeito estufa natural. Os cientistas estimam que, sem vapor de água, as temperaturas médias estariam até 30 graus Celsius mais baixas. Por outro lado, o CO2 é responsável por uma parcela muito menor, mais ainda assim substancial, do efeito estufa natural.
Se as coisas permanecerem desse jeito, nós poderíamos continuar vivendo em um planeta aquecido e acolhedor. Porém mesmo aquilo que é bom torna-se ruim quando a dose é exagerada. Os níveis de CO2 na atmosfera passaram de 0,028% para 0,04% desde a Revolução Industrial. Isso levou a um aumento de temperatura de 0,7 grau Celsius até agora.
Cerca de metade desse aquecimento poderia ser atribuída ao vapor de água, calcula o IPCC. Mas isso não teria ocorrido sem o CO2 adicional que foi jogado na atmosfera. Numa analogia simples, o gás carbônico é o ladrão que assalta o banco, e o vapor de água é o motorista da fuga.
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Fonte: Allianz Sustentabilidade - http://sustentabilidade.allianz.com.br
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