quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Biocombustível - Microalgas

 O longo caminho das microalgas 
rumo à escala comercial


 Tanque de algas na inauguração da planta piloto de cultivo das microalgas
para a produção de biodiesel em Extremoz / RN (Foto: Petrobras)
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Considerada uma das matérias-primas mais promissoras para a produção de biocombustível, as microalgas recebem altos investimentos em pesquisa e atraem empresas para o Brasil.

O mundo vem sendo pressionado a buscar fontes sustentáveis de energia em um cenário de crescimento populacional exponencial e escassez nos recursos naturais. De acordo com o Departamento de Energia dos Estados Unidos, em um estudo divulgado ao final do ano passado, o uso global de energia irá crescer 53% até 2035. A projeção vem somente confirmar o que vemos em nosso dia a dia: mais pessoas alimentando-se, consumindo e locomovendo-se.

Viajar de avião, por exemplo, está cada vez mais acessível. Algumas vezes, o trajeto entre duas cidades brasileiras pelo ar compensa muito mais financeiramente do que o deslocamento por terra. Isso aos olhos do bolso do consumidor, mas não exatamente para o planeta.

De acordo com o Painel Intergovernamental de Mudanças no Clima (IPCC) da Organização das
Nações Unidas (ONU), o setor da aviação é responsável por aproximadamente 2% do total de emissões de gás carbônico (CO2) na atmosfera, e o número tende a crescer, principalmente se a indústria não investir em alternativas ao querosene.

Seja por pressão política, econômica, ambiental, seja para atender à demanda por inovação em energia sustentável ou pela liderança na corrida tecnológica dos biocombustíveis, empresas dos mais diferentes segmentos vêm fazendo parcerias e investindo cifras milionárias em pesquisas e aplicações de alternativas que reduzam esse impacto. 


A solução verde
O etanol feito de cana-de-açúcar é, sem dúvida, o principal biocombustível do Brasil, principalmente para a substituição da gasolina. No entanto, outros combustíveis e produtos derivados do petróleo dependem de matérias-primas baseadas em óleo para terem substitutos. Por isso, vêm ganhando importância fontes como a planta oleaginosa pinhão-manso, o óleo de palma e, especialmente, as microalgas, quando a questão é a redução do uso do querosene e do óleo diesel.

Especialistas do IEEE (Institute of Electric and Electronics Engineers), organização técnico-profissional dedicada ao desenvolvimento da tecnologia para o benefício da humanidade, identificaram esse simples organismo autotrófico como a mais promissora fonte sustentável capaz de atender à crescente demanda global por energia.

“Em um mundo que luta para lidar com problemas como a crescente população e a queda dos combustíveis fósseis, as algas têm um futuro brilhante, dando o suporte necessário em diversos aspectos, que vão desde alimentos e combustível a medicamentos”, afirma o membro sênior do IEEE e CEO da Algaeon Inc., William Kassebaum. “Algas crescem muito rápido, duplicando de tamanho em 1 a 3 dias. Algas retiram metais e outros contaminantes, limpando o meio ambiente. Também consomem CO2 da atmosfera”, completa

Além de seu desenvolvimento rápido, que depende apenas de luz, poucos nutrientes e gás carbônico para fazer a fotossíntese, a produção de microalgas não compete com a produção de alimentos cultivados em terra. Pelo contrário, pode se tornar aliada no fechamento de outros ciclos produtivos quando associada, por exemplo, a resíduos como a vinhaça da cana-de-açúcar ou efluentes da indústria petroquímica.  


Brasil: campo fértil para pesquisas
Entre os principais processos que vêm sendo desenvolvidos para a produção de biocombustíveis a partir de algas, está a fermentação do açúcar das algas para a produção de óleos, como é feito pela empresa norte-americana Solazyme, que anunciou em abril deste ano a formação de uma joint venture com a Bunge para atuação no Brasil. O objetivo é associar a tecnologia de produção de óleos renováveis da Solazyme à capacidade de produção e processamento de cana-de-açúcar da empresa de alimentos.

Outro processo compreende a criação de microalgas em grandes lagos artificiais, dentro de um sistema controlado. “As algas, que possuem propriedades fotossintéticas, crescem em tanques abertos e, em seguida, as células de algas são colhidas e o óleo é extraído”, explica Jim Sears, que também é membro do IEEE e presidente da A2BE Carbon Capture LLC.

Segundo o especialista, neste caso, a densidade das algas é um fator limitante, porque o rápido crescimento faz com que elas sombreiem a luz umas das outras, o que trava o processo de fotossíntese e multiplicação. Por isso, outra linha de pesquisa trabalha com sistemas fechados, com a produção das microalgas em tubos, que recebem a luz do sol por meio de fibras óticas.

A usina que está sendo instalada em Pernambuco pela empresa austríaca SAT (See Algae Technology), em parceria com o grupo brasileiro JB, aposta nesse modelo de ‘fazendas verticais’, associando ainda a produção de microalgas à captura de gás carbônico gerado pela produção de etanol. Anunciada em julho deste ano, a expectativa é que a nova planta de biocombustível de algas entre em operação no último trimestre de 2013.

A brasileira Petrobras não fica atrás nesta corrida tecnológica. Desde 2006, criou o programa Redes Temáticas, voltado para o relacionamento com universidades e institutos de pesquisas. “Estamos trabalhando duro para transformar expectativas em dados científicos”, afirma o oceanógrafo Leonardo Bacellar, do CENPES (Centro de Pesquisas Leopoldo Américo Miguez de Mello). “Na carteira de projetos de bioprodutos, no caso específico das microalgas, nós temos iniciativas que contemplam sistemas abertos e fechados, mas não há um consenso definitivo de um ou outro. Existem possibilidades inclusive de acoplamento”, explica o pesquisador.

Em abril deste ano, a empresa inaugurou na cidade de Extremoz, no Rio Grande do Norte, uma planta piloto para o cultivo de microalgas para produção de biodiesel, em parceria com a Universidade Federal daquele Estado. O projeto identificou cerca de 10 espécies de microalgas capazes de crescer em água de produção de petróleo e comemora a saída da fase laboratorial. Lá, as microalgas vêm sendo cultivadas em tanques abertos, com capacidade de quatro mil litros.  


O desafio da escala comercial 
Apesar das numerosas aplicações possíveis, das iniciativas e dos testes que já estão mudando o pensamento (e o investimento) da indústria, o uso das microalgas em biocombustível ainda está limitado ao campo das pesquisas.

“O maior desafio é a obtenção de alta produtividade, à nossa frente e de todos os pesquisadores”, afirma Bacellar ao comentar sobre o real potencial das microalgas como alternativa de biodiesel. “O que é mais importante: o resultado ou o investimento? Nossas referências mostram que quem realmente atinge o resultado é quem não tem medo de investir”, conclui o pesquisador da Petrobras.

As empresas do setor que estão apostando no desenvolvimento da tecnologia podem chegar a ter grandes instalações de demonstração de escala operacional em 2015, mas a um custo bem elevado, na opinião de Jim Sears, membro do IEEE.

“Uma vez que o mundo consome atualmente cerca de 30 bilhões de barris de petróleo por ano, apenas para substituir 10% deste fluxo de abastecimento pode custar de US$ 1,5 a US$ 3 trilhões”, afirma Sears. “Num prazo mais curto, menores investimentos nas fazendas de algas irão revelar-se úteis para fornecer uma fonte de combustível de baixo carbono para o transporte aéreo, mas a construção de infraestrutura industrial vai exigir um tempo considerável e investimento.”

Os biocombustíveis de algas que vêm sendo desenvolvidos também precisam passar pelo crivo da Agência Nacional do Petróleo (ANP) antes da etapa de comercialização.  


Fonte: Allianz, em 29/agosto/2012 - http://sustentabilidade.allianz.com.br 

Águas-vivas

Águas-vivas protagonizam algumas 
das mais belas imagens 
subaquáticas do mundo


Se você é apaixonado pelo mar e suas belezas naturais deslumbrantes, vai adorar essa série, chamada de "série subaquática", do zoólogo e fotógrafo russo Alexander Semenov.
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11 espetaculares fotos de criaturas marinhas 
Semenov se formou em 2007 em zoologia na Universidade Estadual de Moscou (Rússia). Mais tarde, se especializou no estudo de animais invertebrados, com ênfase em lulas.
Depois de quatro anos de trabalho, o russo se tornou chefe de uma equipe de mergulho, e começou a experimentar com fotografia subaquática. Seus resultados o inspiraram a adquirir uma câmera semiprofissional. Após quatro anos de prática, ele considera que finalmente fez algumas imagens interessantes.
Nos últimos meses, o zoólogo anda ocupado produzindo fotos incríveis da vida do oceano como as que você vê abaixo. Nelas, podemos ver águas-vivas e fascinantes (e temíveis), como a maior espécie existente, a água-viva-juba-de-leão (Cyanea capillata), que pode atingir 2 metros de diâmetro.
 
 
*   Google Seaview: a versão subaquática do Street View começa pela Grande Barreira de Corais

Achou as imagens lindas? Então segura a respiração e confere as muitas outras fotos maravilhosas da galeria de Semenov em sua página no Flickr.[io9, colossal]









 Fonte: Hypescience - http://hypescience.com

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

DESERTO FLORIDO


O deserto do Atacama, no Chile, é o mais árido e alto do mundo. É também o lugar na Terra que passou mais tempo sem chuvas, sendo registrados quatrocentos anos sem uma gota d´água do céu.

Atualmente, ele pode ficar anos e mais anos sem qualquer precipitação atmosférica, porém, de tempos em tempos, um fenômeno muito interessante acontece.

O milagre da floração do deserto é possível de se ver muito raramente, pois depende necessariamente da chuva caída nos meses do verão.

Suficientes quantidades de água permitem que as sementes, que estavam adormecidas no seco deserto, possam despertar para voltar à vida e florescer por um curto espaço de tempo, na primavera.

São mais de duzentos tipos de flores. Cores mil. Um desabrochar belíssimo e inesperado em meio a terras tão áridas.

Quando o deserto revive e floresce surge uma panorâmica maravilhosa. É a oportunidade de desfrutar a singeleza das flores que cobrem as planícies e gloriosamente contrastam com as montanhas que as rodeiam.

Só é possível desfrutar deste milagre do deserto em alguns anos e por pouco tempo, desde fins de agosto até o meio de outubro.

As sementes, que ficam adormecidas por muitos anos, estão especialmente adaptadas para essas condições extremas, e assim podem voltar à vida pelas chuvas que as acordam, convertendo o deserto numa pintura multicor.

Os chilenos conhecem esse fenômeno como deserto florido.

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O ser humano também é capaz de florescer, mesmo após anos de estiagem íntima.

As sementes do potencial evolutivo jazem dormentes, mas vivas, no âmago da alma.

Almas secas, almas aparentemente sem esperança de flor, virão a desabrochar um dia, quando a chuva do entendimento, a chuva da renovação, as fizer despertar.

Não há caso perdido para o Criador.

Mesmo os Espíritos mais relutantes, que na agonia e tristeza profundas, negam o Criador e o amor; mesmo esses, irão germinar.

Chegará o tempo em que perceberão que o mal, a revolta, não lhes traz felicidade alguma.

Chegará o tempo em que, regados pelas chuvas contínuas do amor dos que estão ao seu lado, render-se-ão ao bem renovador.

Cada um tem seu tempo. Cada um desperta quando está preparado para despertar.

Porém, recordemos que as sementes ocultas estão lá, aguardando ansiosamente o momento de sair da terra árida, aguardando o instante de respirar o ar puro de uma nova vida.

Todos temos jeito. Todos somos deuses potenciais.

Deus nos fez todos assim, sem exceção.

Quem escolhe o momento de desabrochar somos nós.

Chegará o tempo em que veremos o deserto do planeta Terra, ainda tão sofrido, tão seco, florescente por completo.

Seremos nós, Espíritos bons, que modificaremos a paisagem deste planeta, passando a chamá-lo de terra florida.
 
 
Redação Momento Espírita

Reflexão...


O Vôo


É renunciando o conforto do ninho que o pássaro voa 

e se deleita com as amplas e maravilhosas paisagens da natureza. 


                                      (Torres Pastorino)

O Mundo Secreto dos Jardins

A Vida Reprodutiva das Plantas - O Mundo Secreto dos Jardins





Jardins Orientais

Jardim Japonês do Bosque/Zoo “Dr. Fábio Barreto”, em Ribeirão Preto

“O rio atinge seus objetivos porque aprendeu a contornar obstáculos” Lao Tsé
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Uma das grandes diferenças entre o paisagismo desenvolvido na Ásia e aquele que cresceu no Ocidente é o caráter místico e religioso que está presente nos chineses, nos japoneses e nos coreanos. Esses povos tiveram, desde os primórdios da civilização, uma preocupação muito forte de manter uma ligação com a natureza; Lao Tse, por exemplo, ilustrava com frequência suas metáforas com exemplos tirados da paisagem. Em uma de suas citações, ele diz que a gente deve deslizar na vida como se estivesse em um rio, ou seja, de uma maneira mansa e até despreocupada. Recentemente Barry Stevens (1902 – 1985), psicóloga e escritora que desenvolveu sua própria forma de Gestalt-Terapia (um trabalho corporal, com base no conhecimento dos processos do corpo, trabalhando com personalidades como Carl Rogers, Bertrand Russell e Aldous Huxley) escreveu um best seller, que titulou “Não Apresse o Rio”, transformando-se em uma espécie de bíblia da Gestalt terapia, seguramente com muitos dos princípios de Lao Tse, do Zen-budismo e da filosofia de Krishnamurti.

Confúcio, que foi contemporâneo de Lao Tse, também ensinava o caminho para alcançar a liberdade e a calma espiritual através da contemplação.

Quando mais tarde os seguidores de Buda semearam os ensinamentos do mestre por toda China, já encontraram um campo fértil, porque o povo estava consciente de seu misticismo e amava a natureza.

Mas existem outras diferenças entre a arquitetura paisagística do Oriente e os jardins de outros continentes; enquanto estes procuram a beleza usando a simetria, as uniformidades e as proporções muitas vezes até rígidas demais, os orientais exploram essa capacidade inata de romper formas e surpreender a cada passo com novas perspectivas causando assim no observador uma sucessão de percepções na medida que passeia pelo jardim.

Antigamente era muito comum entre os chineses visitar periodicamente lugares remotos, geralmente montanhosos e com uma paisagem que devia ser sempre grandiosa e bucólica; eles iam para estas regiões, por uma série de motivos: para fugir do cotidiano, para descansar, mas fundamentalmente para meditar e se dedicar às coisas da alma, como escrever poemas e fazer sacrifícios que ofereciam aos deuses e antepassados.

O problema era chegar ao destino: eles enfrentavam longas e torturantes caminhadas, especialmente para as mulheres, que na época usavam calçados apertados para não permitir o crescimento normal dos pés.

Foi então que eles começaram a reproduzir essa paisagem, perto das casas onde moravam, para sentir a mesma emoção que sentiam quando viajavam para aqueles campos remotos. Dessa maneira surgiram os primeiros jardins orientais.

Pessoalmente me sinto muito ligado a todas as coisas que vêm do Japão; desde minha infância mantenho uma relação muito forte com produtores de plantas que nasceram lá ou que são herdeiros desta arte, por causa dos pais ou dos avôs.

Eu arriscaria dizer que os chineses ficaram um pouco para traz no desenvolvimento da cultura paisagística; desde o momento em que o budismo entrou no Japão, houve uma proposta por parte dos nipônicos de ir longe a tudo o que fosse inerente a natureza cultivada. E a partir do século VI até o século XV, houve uma evolução fantástica envolvendo uma tradição, hoje tão admirada.

A própria cerimônia do chá, começou a adquirir hábito só no século XIV e no século XV, ajudando muito a arquitetura paisagística, porque as casas de chá sempre estavam muito bem rodeadas de jardins cuidadosamente projetados.

Inclusive a arte do arranjo floral, o Ikebana, começou há 13 séculos e se destinava a simbolizar certos conceitos filosóficos do Budismo. Porém no decorrer do tempo, o lado religioso acabou desaparecendo enfatizando-se especialmente o lado mais naturalista do Ikebana.





Nessa época algumas flores eram muito valorizadas como ameixeira, a glicínia e o crisântemo, mas nunca deixavam de lado as árvores e arbustos que davam à paisagem um efeito permanente, como era o caso do Acer e da Azaléia, que eram tratados com podas de maneira a criar formas originais. Tanto se dedicaram a esta tarefa de interferir no livre crescimento das árvores inventando o bonsai, que ajustou perfeitamente a necessidade de ter a paisagem cada vez mais perto dos olhos e mais próximos da alma dos japoneses.

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Fonte: Jardim das Idéias
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Economia de Água no Jardim


 O consumo de água potável nas áreas ajardinadas alcança 7% do gasto total de uma residência

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Às vezes, em dias mais quentes durante a estiagem, a porcentagem se eleva até 50%. Para usufruir de um jardim gostoso não é necessário esbanjar o precioso líquido, que nos centros urbanos recebe um tratamento complexo para ser consumida sem riscos à saúde de pessoas e animais, eliminando substancias tóxicas que a contaminam. Para reduzir a concentração desses poluentes, a engenharia sanitária se utiliza de etapas como: coagulação da água bruta com sulfato de alumínio, floculação das partículas em enormes tanques de concreto, decantação separando partículas e lodo, filtração através de camadas de seixos, areia e carvão mineral, desinfecção com cloro, fluoretação para prevenir cáries dentárias e por último a correção do pH adicionando carbonato de sódio.

Como você pode ver, é um processo complicado, de custos elevados e com perdas que alcançam 41% de toda a água tratada no Brasil. Isto significa que de cada 100 litros limpos e purificados, apenas 59 chegam a sua casa. Um número assustador se for levado em conta que nos Estados Unidos a porcentagem é de 12% e na França, de apenas 9%.

O uso prudente, colhendo água das chuvas capturadas em telhados e aproveitando-a na irrigação de áreas verdes e hortas, lavagens de pisos e de carros e para servir como descarga do vaso sanitário, permite uma economia expressiva, mesmo apresentando alguma turbidez, o que não chega a comprometer o seu uso. É bom lembrar que de toda a água do planeta, somente 3% é água doce e, destes, somente 0,03% estão disponível para nós, pois o restante está estocado nas calotas polares, nas nuvens, etc. Mas, um dos fatores mais importantes é o cultivo inteligente das plantas ornamentais nessa paisagem construída que chamamos de jardim. Por exemplo, arbustos de ramos lenhosos suportam melhor a baixa umidade atmosférica, sendo que plantas de algumas famílias vegetais preferem, nitidamente, climas secos e solos arenosos, bem drenados. Alamandas, angicos, espirradeiras, bracatingas, jasmins-manga, ipês-brancos, crótons, neves-da-montanha, caliandras, nolinas e ripsális são, entre muitas, plantas que não precisam de regas, suprindo suas necessidades hídricas através da umidade ambiente e do que as nuvens enviam de vez em quando.

Um bom truque para suas plantas reterem umidade é colocar em volta delas folhas secas, composto orgânico, cascas de árvores ou fibra de coco. Uma dica: regue antes de colocar esses materiais, se possível com regador, já que a mangueira consome muito mais. E faça isto sempre molhando a base das plantas. Tratando-se de arbustos frondosos e árvores, procure umedecer o solo onde estão os extremos das raízes, ao invés de perto do tronco.

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Fonte: Jardim das Idéias - http://www.jardimdasideias.com.br
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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Uma carícia da natureza...


Fundo Climático Verde

África do Sul e Austrália assumem 
presidência da diretoria do
Fundo Climático Verde


O primeiro dia da reunião sobre a estruturação do Fundo Climático Verde, que promete distribuir US$ 100 bilhões anualmente para ações de adaptação e mitigação das mudanças climáticas, terminou com a escolha dos representantes da África do Sul e da Austrália como presidentes da diretoria.

Zaheer Fakir, do Departamento de Assuntos Ambientais sul-africano, e Ewen McDonald, vice-diretor da Agência Australiana de Desenvolvimento Internacional, devem agora organizar o restante do encontro para que seja possível alcançar o objetivo de estabelecer os processos decisórios internos do Fundo.

Como ainda não se debaterá a origem dos US$ 100 bilhões ou como eles vão ser distribuídos, a mais importante tarefa da dupla será alcançar um consenso de que como as decisões serão realizadas, em especial como o país-sede do Fundo será escolhido.

Alemanha, México, Namíbia, Polônia, Coreia do Sul e Suíça são os candidatos. Apesar de ser teoricamente apenas uma decisão logística, a escolha de um país rico ou emergente claramente carrega significados e a disputa está acirrada.

“Primeiro precisamos definir como será feita essa votação, depois, provavelmente em outra reunião, em outubro, faremos a eleição. A intenção é apresentar o resultado na Conferência do Clima (COP18) em Doha, no Catar, em novembro, para que todas as nações possam endossar a escolha”, afirmou Henning Wuester, do secretariado interino do Fundo, ao RTCC.

Apesar de ainda não ter divulgado resultados, a reunião desta semana já apresentou sua primeira polêmica.
Um relatório, produzido pelas ONGs Friends of the Earth, GAIA e IPS, traz o alerta de que o Fundo pode acabar sendo dominado por companhias e pelos governos doadores, fugindo assim de seu grande propósito de ajudar os mais vulneráveis.

“Já vimos isso no passado e não é uma imagem bonita: o dinheiro público, que supostamente deveria ir para os pobres do mundo, acaba sendo desviado para os bolsos de corporações multinacionais poluidoras”, afirmam os autores.

A principal razão para a desconfiança é a “cláusula de objeção” contida nas regras do Fundo. Segundo ela, qualquer membro da diretoria pode vetar a participação nas reuniões de entidades independentes que desejam monitorar a ferramenta.

“Trata-se de uma medida mal elaborada e que pode resultar em uma severa deterioração na integridade ambiental e social do Fundo”, ressaltam.

Segundo Janet Redman, do IPS, é preciso garantir que as atividades financiadas por recursos privados contidos no Fundo não sejam sujeitas a influência das companhias doadoras.

“O setor privado possui suas motivações, mas estas devem estar alinhadas aos interesses e prioridades das pessoas que estão sofrendo os impactos das mudanças climáticas”, disse.

A reunião sobre o Fundo Climático Verde terminou neste sábado (25).

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* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
(CarbonoBrasil)

Obras de Belo Monte são retomadas

Obras de Belo Monte são retomadas após decisão de STF

Na noite de ontem (27), o Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), 
ministro Carlos Ayres Britto, deu liminar autorizando retomada das obras.

Operários Belo Monte: de acordo com a Norte Energia, os trabalhadores 
começaram a chegar a seus postos as 05:30 | Valter Campanato/ABr
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Brasília - Os trabalhadores envolvidos nas obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte voltaram ao serviço na manhã de hoje (28), segundo a empresa Norte Energia, responsável pelo empreendimento.
A obra estava parada desde a última quinta-feira (23), por determinação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Na noite de ontem (27), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Ayres Britto, deu liminar autorizando a retomada das obras.

De acordo com a Norte Energia, os trabalhadores começaram a chegar a seus postos às 5h30. Foram retomados os investimentos de R$ 3 bilhões previstos em programas do Projeto Básico Ambiental e do Projeto Básico Ambiental para o Componente Indígena, bem como o Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu.



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Fonte: Exame.com, em 28/agosto/2012

Obras de Belo Monte são liberadas

Liminar do Presidente do STF libera 
obras de Belo Monte

Ayres Britto concedeu liminar que suspende os efeitos da decisão do TRF-1, 
mas ainda vai julgar o mérito do caso.

Protesto em Belo Monte remove pedaço de terra da construção da hidrelétrica 
 Mario Tama/Getty Images
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Brasília - Uma liminar do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Ayres Britto, liberou nesta segunda-feira a retomada das obras da hidrelétrica de Belo Monte, suspensa desde a semana passada, conforme decisão da 5a Turma do Tribunal Regional Federal (TRF-1), de Brasília, segundo a assessoria de imprensa do STF.
Britto concedeu liminar que suspende os efeitos do decisão do TRF-1, mas ainda vai julgar o mérito do caso.

A suspensão das obras foi resultado de uma ação movida pelo Ministério Público Federal no Pará, que baseia seu argumento no fato de que o Congresso Nacional deveria ter feito consulta prévia às comunidades indígenas antes de aprovar o Decreto Legislativo que liberou a construção da usina.

A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com recurso na sexta-feira .

Na tarde desta segunda-feira, a Procuradoria-Geral da República havia encaminhado ao STF um parecer em que defendia a manutenção da suspensão das obras .

A usina, que terá 11,2 mil megawatts (MW) quando concluída, tem que entrar em operação no início de 2015.

Entre os acionistas da Norte Energia, estão Eletrobras e suas subsidiárias (49,9 por cento), Neoenergia (10 por cento), Cemig e Light (9,77 por cento), além de fundos de previdência Petros (10 por cento) e Funcef (5 por cento).




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Fonte: Exame.com, em 27/agosto/2012



Meio Ambiente

Dados de satélite confirmam 
degelo recorde no Ártico

Cobertura de gelo chegou a 4,09 milhões de km² no domingo, 
e tendência é que diminua mais nas próximas semanas.

Scientific Visualization Studio, NASA Goddard Space Flight Center
Imagem da Nasa mostra extensão da cobertura de gelo no Polo Norte no domingo (26). 
A linha amarela indica a extensão mínima média do período entre 1979 e 2010
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Uma quantidade crítica de gelo no Oceano Ártico derreteu este ano a níveis inéditos, confirmou o National Snow and Ice Data Center (NSIDC), dos Estados Unidos, nesta segunda-feira (27).

De acordo com suas medições, a extensão da cobertura de gelo do Ártico chegou a 4,09 milhões de km 2 , e é bem provável que mais gelo ainda derreta nas próximas semanas. Este dado quebra o recorde anterior, de 4,17 milhões de km 2 , estabelecido em 2007.

A região do Polo Norte é um oceano cuja superfície é coberta de gelo. No inverno do Hemisfério Norte, a água congelada cobre uma área de de cerca de 15,54 milhões de km 2 , encolhendo durante o verão e depois aumentando de novo no outono. É uma dinâmica diferente da da Antártida, que é continente coberto de gelo e cercado de gelo marinho.

O gelo marinho ártico chega na sua extensão mínima em meados de setembro, e começa a recongelar. Mas os níveis chegaram noúltimo domingo (26) a 69.930 km 2 além do recorde antigo, registrado desde 1979.
Ted Scambos, do NSIDC disse que apesar de alguns fatores naturais terem contribuído, a causa principal do degelo recorde é, sem sombra de dúvida, as mudanças climáticas causadas pela emissão de gases de efeito estufa. 

"Estes dados realmente implicam que o Ártico está mudando", afirmou outro pesquisador, Tom Wagner, do programa de sistemas de gelo da Nasa.

Wagner e Scambos afirmam quem chegou-se a acreditar que 2007 havia sido uma exceção, mas a sequência de dados mostra que algo maior está acontecendo. O recorde de 2012 pode ser um indicativo forte que estamos perto do dia em que não haverá mais gelo no Ártico durante o verão, acredita o glaciólogo Waleed Abdalati, cientista chefe da Nasa.

Uma das grandes preocupações, diz Abdalati, é o impacto deste degelo no clima global. "Este gelo é um importante fator no clima em que a civilização moderna evoluiu˜, explica. "Não sabemos qual vai ser o impacto do degelo˜, complementa Wagner.

Os cientistas dizem que o gelo do Ártico ajuda a moderar as temperaturas do hemisfério norte no verão e no inverno. Um estudo publicado este ano no periódico Geophysical Research Letters ligou a perda de gelo no Polo Norte com a maior probabilidade de eventos meteorológicos extremos, como secas, enchentes e ondas de calor.

O gelo ártico também é essencial para ursos polares e outros animais.

Wagner diz que o degelo ártico acompanha outras mudanças, como a perda de geleiras no Alasca e Canadá, e degelo recorde na Groenlândia . Ali, as temperaturas foram de nove a 18 graus mais quentes que o normal neste verão e o gelo está refletindo menos calor -- ou seja, absorvendo-o -- do que antes.

"A tendência é o degelo continuar, porque a Terra está ficando mais quente", Scambos afirma. "Ano após ano, os recordes vão continuar… Não tem mais volta."

(Com informações da AP)
Fonte: Último Segundo | Ciência, em 27/agosto/2012 -  http://ultimosegundo.ig.com.br 
 

Ecologia


Três grandes megacidades
 contaminarão menos


Atualmente 600 bilhões de dólares são utilizados para subsidiar 
os combustíveis fósseis e isto altera os custos ambientais 
de certas formas de produção.
Alberto Barlocci
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Buenos Aires / Ecologia – Buenos Aires, Cidade do México e São Paulo assinaram um documento no qual se comprometem a reduzir as consequências do efeito estufa sobre estas megacidades. O acordo foi feito durante uma jornada de trabalhos do Rio+C40, efetuada no contexto da Cúpula desenvolvido na cidade brasileira do Rio de Janeiro, conhecida pela sigla Rio+20.

A rede C40 reúne quarenta grandes cidades cujos administradores dedicaram uma jornada ao tema da mudança climática e como enfrentá-la. Adalberto Maluf, diretor do C40 em São Paulo, anunciou que o acordo prevê a cooperação das três grandes metrópoles sobre alguns temas principais como: a governabilidade, a qualidade de vida, os espaços públicos, a mobilidade, a poluição urbana, o uso eficiente da energia, a água e o uso do solo.
Cerca de 50 milhões de habitantes vivem em Buenos Aires, São Paulo e Cidade do México, considerando as respectivas periferias. Já são proverbiais os problemas dos vizinhos da capital mexicana devido à concentração de ozônio no ar da cidade causada pela contaminação atmosférica. Mas nem a cidade paulista, nem a capital portenha estão isentas de graves problemas de contaminação, que reduzem notavelmente a qualidade de vida de seus habitantes.
O acordo foi assinado durante a Cúpula Rio+20, que tem cada vez menos oportunidades de conseguir uma tomada de consciência sobre a urgência de enfrentar os problemas ambientais do planeta. Prova disso é a ausência dos principais líderes mundiais no evento do Rio de Janeiro. E isto acontece ao mesmo tempo em que a OCDE informa num documento que se nos próximos anos não forem tomadas decisões radicais para reduzir as emissões poluentes, os cenários para 2050 serão preocupantes, já que nos próximos 30 anos cerca de 4 milhões de pessoas por ano morrerão nas grandes cidades devido â poluição do ar que respiram.
Para Camilla Toulmin, diretora da ONG International Institute for Environement and Development com sede em Londres, um passo importante seria o de incluir os custos ambientais na estrutura e a formação dos preços, a fim de incluí-los nos custos de produção e de consumo. " Hoje 600 bilhões de dólares são utilizados para subsidiar os combustíveis fósseis e isto altera os custos ambientais de certas formas de produção". Seriam apenas os primeiros passos para evitar avançar para a irreversibilidade de alguns problemas ambientais.
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Alberto Barlocci. Diretor da revista Ciudad Nueva. Publicado em Ciudad Nueva, www.ciudadnueva.org
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Fonte: Miradaglobal.com

Além do Horizonte


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

PITÁGORAS




"Enquanto o homem continuar a ser destruidor impiedoso 
dos seres animados dos planos inferiores, 
não conhecerá nem a saúde nem a paz. 

 Enquanto os homens massacrarem os animais, 
eles se matarão uns aos outros. 

Aquele que semeia a morte e o sofrimento 
não pode colher a alegria e o amor".




 

domingo, 26 de agosto de 2012

Vídeo Educacional - Desenvolvimento Sustentável


Reflexão...


Alimentação

A comida como direito humano em risco

As pessoas deveriam ter a oportunidade de cultivar seus próprios alimentos; 
por sua vez, os alimentos básicos deveriam estar ao alcance de todos 
e estes também deveriam estar isentos de qualquer substância nociva.
Jessica Nitschke
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Bruxelas / Ecologia – 830 milhões de pessoas sofrem de fome no mundo. A previsão é de que a população mundial continue aumentando nas próximas décadas, atingindo a cifra de 9 bilhões em 2050. Isto é um problema importante. Como assegurar comida para toda esta população no futuro? A mudança no sistema de produção mundial de alimentos é importante não só para os seres humanos senão que também para o meio ambiente. Sob a pressão crescente da mudança climática, é uma questão crucial manter a alimentação da população de uma maneira sustentável.
Para discutir este tema, a ONG Compassion in World Farming em colaboração com a FAO (Organização para a Agricultura e a Alimentação) das Nações Unidas organizou em Bruxelas uma conferência internacional. Em 20 de março estiveram presentes diplomatas, políticos e membros do parlamento europeu para discutir o tema a respeito de “Garantir uma alimentação correta e uma agricultura ecológica para o futuro”.
Uma das propostas para assegurar o fornecimento de alimentos no futuro é reduzir o consumo de carne. Nos últimos anos, o consumo de carne aumentou em todo mundo, inclusive nos países em que há pouco tempo era considerado um luxo. Produzir um quilo de carne (dependendo do tipo de carne) precisa aproximadamente de 16 quilos de grãos.
Neste contexto, Compassion in World Farming descreve em seu relatório “Consumindo o Planeta”, que a redução do consumo mundial de carne poderia liberar um milhão de quilômetros quadrados de terras de cultivo. Também significaria menores emissões de gases de efeito estufa. A redução de consumo de carne é ao mesmo tempo benéfica para o meio ambiente e uma medida de justiça social.
De maneira similar há uma necessidade de sensibilizar a população a respeito do problema da comida. Um terço da comida mundial termina sendo desperdiçado, diz a FAO das Nações Unidas, ascendendo a quase 1,3 milhões de toneladas por ano. Portanto os recursos destinados à produção de alimentos acabam sendo desperdiçados.
A segunda perspectiva a respeito da crise de alimentos é que, sob a perspectiva das pessoas em situação de pobreza, a segurança alimentícia se transformou num problema muito importante. A produção de comida precisa poder satisfazer a demanda de um aumento constante da população.
O relator especial das Nações Unidas para a defesa do direito aos alimentos, Olivier De Schutter, argumenta que os três elementos principais do “direito à alimentação” são disponibilidade, acessibilidade e idoneidade. Isto significa que as pessoas deveriam ter a oportunidade de cultivar seus próprios alimentos, e que os alimentos básicos deveriam estar ao alcance de todos, e uma última condição essencial seria que os alimentos deveriam estar isentos de qualquer substância nociva. O direito universal à alimentação está ameaçado pelo uso excessivo dos produtos animais dos países ricos.
A conferência concluiu que o desenvolvimento da crise alimentícia, em um prazo mais longo, será um problema que afetará tanto os mais pobres do mundo assim como o meio ambiente, implicando uma obrigação das economias desenvolvidas de reduzir o consumo de produtos animais. Neste assunto está claro que nenhum país reconheceu este objetivo como uma política prioritária.
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Jessica Nitschke. Membro da equipe Centro Social dos Jesuítas na Europa em Bruxelas, Bélgica. Publicado em http://ecojesuit.com
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Fonte: Miradaglobal.com