Descoberta do planeta "primo mais velho" da Terra foi confirmada hoje pela
Missão Kepler
A Missão Kepler, da Nasa, confirmou hoje (24) a descoberta de
um planeta de dimensão próxima à da Terra e que orbita uma estrela
parecida com o Sol. O Kepler-452b está localizado em uma “zona
habitável”, definição dada a áreas do espaço em volta de estrelas que
têm temperatura parecida com a da Terra e apresentam condições para a
existência de água líquida na superfície de corpos celestes.
“Podemos
pensar no Kepler-452b como um primo mais velho e maior da Terra, que
traz a oportunidade de entendermos a evolução do ambiente terrestre.”,
declarou ao site
da Nasa o pesquisador Jon Jenkins, líder da equipe que analisa os dados
da sonda Kepler, telescópio espacial usado para exploração de planetas
extrassolares.
O diâmetro do Kepler-452b é 60% maior que o da
Terra. A massa e a composição do planeta ainda não foram determinadas,
mas as pesquisas indicam que o planeta é rochoso. A órbita do planeta em
volta da estrela chamada Kepler-452, o sol do novo planeta descoberto,
dura 385 dias. A estrela que o Kepler-452b orbita tem 6 bilhões de anos,
1,5 bilhão a mais que o Sol. A estrela é mais brilhante que o Sol, mas
tem a mesma temperatura.
"É muito inspirador considerar que esse
planeta passou 6 bilhões de anos na zona habitável de sua estrela,
período mais longo que o do planeta Terra. É uma oportunidade
substancial para o surgimento da vida, com todos os ingredientes e
condições necessárias para que a vida exista neste planeta”, ressaltou
Jenkins.
Além do Kepler-452b, os cientistas apontaram mais 11
candidatos a gêmeos da Terra, exoplanetas com diâmetro entre uma e duas
vezes o terrestre e que orbitam estrelas semelhantes ao Sol em tamanho e
temperatura.
O administrador do Diretório de Missões Científicas
da Nasa, John Grunsfeld, lembrou que a descoberta do planeta primo da
Terra ocorreu no vigésimo aniversário da descoberta que provou a
existência de estrelas, que, como o Sol, também abrigavam planetas.
“Esse resultado excitante significa um passo a mais na descoberta de uma
Terra 2.0”, afirmou .
Edição: Carolina Pimentel
Fonte: Agência Brasil