Nada no Universo é eterno. Tudo é muito dinâmico, em constante
modificação. O Universo foi formado a cerca de 16 bilhões de anos; a
nossa galáxia a 13 bilhões e o sistema solar a 4,5 bilhões. O Sol é uma
estrela como centenas de milhares de outras, contando só as da nossa
galáxia.
As estrelas nascem, vivem e morrem. O tempo estimado de vida de uma estrela como o Sol é de 9 bilhões de anos, o que faz com que daqui a outros 4,5 bilhões de anos tenhamos o seu fim, assim como de todo o sistema solar, em uma grande explosão que ejetará gás e poeira em todas as direções.
Se lembramos que o aparecimento do homem na Terra se deu a poucas centenas de milhares de anos, vemos que temos ainda muito tempo pela frente, até o fim certo de nosso planeta.
Acontece entretanto que a Terra orbita o Sol em uma região por onde
frequentemente passam asteróides e cometas com tamanhos suficientes
para, em uma colisão com nosso planeta, provocará extinção da vida
humana.
Poderia uma catástrofe dessa natureza significar o Apocalípse? Tendo em vista a exibição quase que consecutiva em todo o mundo e particularmente em rede nacional de cinemas de dois filmes de grande bilheteria que tratam da colisão de grandes asteróides e cometas com a Terra.
Poderia uma catástrofe dessa natureza significar o Apocalípse? Tendo em vista a exibição quase que consecutiva em todo o mundo e particularmente em rede nacional de cinemas de dois filmes de grande bilheteria que tratam da colisão de grandes asteróides e cometas com a Terra.
Nenhum mundo está isolado do resto do Universo. Cerca de 10 mil
toneladas de matéria penetram na atmosfera terrestre a cada ano, caídas
do espaço cósmico. A maior parte são meteoróides (pequenos pedaços de
matéria) e fragmentos de cometas inofensivos que tornam-se
incandescentes por causa do atrito com o ar, sendo destruídos antes de
atingir o solo. Produzem belos traços brilhantes no céu conhecidos como
estrelas cadentes e meteoros.
De vez em quando, porém, somos atingidos por algo grande. Estima-se que
um verdadeiro mundo de 10 quilômetros de diâmetro choca-se com a Terra
em média de 10 em 10 milhões de anos, produzindo uma catástrofe global
da qual a Humanidade dificilmente escaparia. Um evento desses parece ter
sido a razão da extinção dos dinossauros, há 65 milhões de anos.
Provavelmente o que caiu na Terra naquela ocasião foi um pedaço de
cometa. Os cometas são bolas de gelo misturado com poeira ("gelo sujo")
que transitam pelo espaço interplanetário.
Vários deles orbitam ao redor do sol em trajetórias bastante ovaladas,
ora aproximando-se, ora afastando-se do Sol - como o famoso cometa
Halley [1], que passa perto da Terra de 76 em 76 anos. São chamados
cometas periódicos. Outros passam uma vez perto do Sol e nunca mais
voltam.
Quando um cometa se aproxima do Sol, são emitidas partículas de seu
núcleo por causa do calor, formando uma "nuvem" ao seu redor chamada
coma. A pressão do vento solar "empurra" as partículas para longe do
Sol, e aparece a cauda típica dos cometas. O vento solar é constituído
de matéria lançada a partir do Sol em direção ao espaço, por causa de
sua alta temperatura e de perturbações em sua superfície (como as
explosões solares).
Apesar de ser extremamente ralo - dez átomos por centímetro cúbico nas proximidades da Terra, viajando a 300 km/s -, é suficiente para provocar o aparecimento da cauda cometária. A cauda, por isso, aponta sempre na direção oposta ao Sol (e não na direção da trajetória dos cometas).
Apesar de ser extremamente ralo - dez átomos por centímetro cúbico nas proximidades da Terra, viajando a 300 km/s -, é suficiente para provocar o aparecimento da cauda cometária. A cauda, por isso, aponta sempre na direção oposta ao Sol (e não na direção da trajetória dos cometas).
Suspeita-se da existência de um conjunto esférico de cometas movendo-se
vagarosamente ao redor do Sol a uma distância enorme, 2500 vezes maior
que a órbita de Plutão.
Este conjunto, chamado nuvem de Oort, seria a origem de boa parte dos cometas. Conjectura-se que o cinturão de asteróides de Kuiper, situado além de Plutão também seja uma fonte de cometas.
Este conjunto, chamado nuvem de Oort, seria a origem de boa parte dos cometas. Conjectura-se que o cinturão de asteróides de Kuiper, situado além de Plutão também seja uma fonte de cometas.
Asteróides são objetos sem atmosfera, rochosos e metálicos que orbitam o
Sol e cujos tamanhos variam de alguns poucos metros até quase 1000 km
(o maior asteróide conhecido, Ceres, tem 980 km de diâmetro).
São conhecidos dezesseis asteróides com diâmetro superior a 240 km. Até hoje foi possível fotografarmos "de perto", permitindo-nos a visualização de detalhes, apenas três asteróides. Uma foto do asteróide Ida foi obtida pela sonda espacial Galileo, em agosto de 1993, a apenas 3.000 km de distância. É nítidamente visível o grande número de crateras na superfície de Ida, devido a impactos sofridos através dos tempos, com corpos menores. Ida tem 56 km de comprimento.
A sonda Galileo encontra-se hoje cumprindo sua função principal que é obter informações sobre Júpiter e suas luas. No caminho para Júpiter a sonda Galileo se aproximou de dois asteróides, Ida e Gaspra, e os fotografou. Essas são as mais ilustrativas fotos até hoje obtidas de asteróides. Ida é um asteróide do tipo S, formado por silicatos ricos em metais. A maioria dos asteróides conhecidos (75%) são do tipo C, ricos em carbono.
São conhecidos dezesseis asteróides com diâmetro superior a 240 km. Até hoje foi possível fotografarmos "de perto", permitindo-nos a visualização de detalhes, apenas três asteróides. Uma foto do asteróide Ida foi obtida pela sonda espacial Galileo, em agosto de 1993, a apenas 3.000 km de distância. É nítidamente visível o grande número de crateras na superfície de Ida, devido a impactos sofridos através dos tempos, com corpos menores. Ida tem 56 km de comprimento.
A sonda Galileo encontra-se hoje cumprindo sua função principal que é obter informações sobre Júpiter e suas luas. No caminho para Júpiter a sonda Galileo se aproximou de dois asteróides, Ida e Gaspra, e os fotografou. Essas são as mais ilustrativas fotos até hoje obtidas de asteróides. Ida é um asteróide do tipo S, formado por silicatos ricos em metais. A maioria dos asteróides conhecidos (75%) são do tipo C, ricos em carbono.
Cometas têm órbitas muito elípticas, que os trazem próximo ao Sol e os
levam longe no sistema solar. Longe do Sol, cometas são como que imensas
pedras de gelo sujo, formados por uma mistura de material volátil (que
quando aquecido passa diretamente do estado sólido para o estado gasoso)
e grãos rochosos e metálicos de tamanhos variados.
Quando se aproxima do Sol (e consequentemente da Terra) parte do material que forma o cometa se volatiza, dando origem à sua cabeleira e à sua cauda.
A cabeleira que envolve o núcleo de um cometa e a sua cauda, empurrada pelo "vento solar" no sentido oposto ao que o Sol se encontra são formadas assim de gases e poeira que se desprendem desse núcleo (essa pedra de gelo sujo).
Quando se aproxima do Sol (e consequentemente da Terra) parte do material que forma o cometa se volatiza, dando origem à sua cabeleira e à sua cauda.
A cabeleira que envolve o núcleo de um cometa e a sua cauda, empurrada pelo "vento solar" no sentido oposto ao que o Sol se encontra são formadas assim de gases e poeira que se desprendem desse núcleo (essa pedra de gelo sujo).
Mais de 99% da massa de um cometa está em seu núcleo. Até hoje a única imagem feita do núcleo de um cometa foi do Halley, obtida pela sonda Giotto em março de 1986.
Pelo fato dos núcleos dos cometas quando se aproximam da Terra estarem envoltos em suas cabeleiras, não nos é possível vê-los.
Para fazer a foto abaixo, a sonda Giotto teve que entrar dentro da cabeleira do Halley.
O tamanho do núcleo do Halley foi estimado em 16x8x8 km. A parte mais clara nessa foto corresponde à ejeção de gases e poeira em regiões de sua superfície devido ao processo de volatização.
Basta olharmos o grande número de crateras que encontramos na superfície
da Terra, algumas delas com quilômetros de diâmetro, oriundas de
colisões de asteróides e cometas com nosso planeta, para reconhecermos a
possibilidade de catástrofes provenientes de tais colisões.
A extinção dos dinossauros, por exemplo, é creditada á colisão com a Terra de um asteróide de aproximadamente 10 km de diâmetro. Esse asteróide haveria caído na região do golfo do México a 65 milhões de anos e em sua queda levantou uma nuvem de poeira tão grande que se espalhou por toda a atmosfera e ficou suspensa durante séculos, mudando o clima do planeta e diminuindo sensivelmente a vegetação existente, levando gradativamente os dinossauros à extinção.
Em 1908 um asteróide de aproximadamente 50 metros de diâmetro haveria "explodido" no ar sobre o rio Tunguska, na Sibéria, devastando mais de 2.000 quilômetros quadrados de densa floresta.
A extinção dos dinossauros, por exemplo, é creditada á colisão com a Terra de um asteróide de aproximadamente 10 km de diâmetro. Esse asteróide haveria caído na região do golfo do México a 65 milhões de anos e em sua queda levantou uma nuvem de poeira tão grande que se espalhou por toda a atmosfera e ficou suspensa durante séculos, mudando o clima do planeta e diminuindo sensivelmente a vegetação existente, levando gradativamente os dinossauros à extinção.
Em 1908 um asteróide de aproximadamente 50 metros de diâmetro haveria "explodido" no ar sobre o rio Tunguska, na Sibéria, devastando mais de 2.000 quilômetros quadrados de densa floresta.
Para um corpo colidir com a Terra é necessário que ele passe por onde a
Terra passa, ou seja, é necessário que a sua órbita cruze a órbita da
Terra. Estimamos que existam cerca de 2.000 asteróides e cometas cujas
órbitas cruzam a órbita da Terra; desses apenas 200 são conhecidos e
constantemente monitorados.
Com toda segurança podemos afirmar que nenhum dos objetos conhecidos colidirá com a Terra, pelo menos nos próximos 100 anos. Resta contudo a possibilidade de virmos a descobrir um objeto em rota de colisão com nosso planeta, para daqui, digamos, algumas poucas dezenas de anos.
Com toda segurança podemos afirmar que nenhum dos objetos conhecidos colidirá com a Terra, pelo menos nos próximos 100 anos. Resta contudo a possibilidade de virmos a descobrir um objeto em rota de colisão com nosso planeta, para daqui, digamos, algumas poucas dezenas de anos.
O número de corpos do sistema solar diminui muito à medida que seus
tamanhos aumentam; ou seja: existem muitos corpos pequenos, porém poucos
corpos grandes.
Isso faz com que a probabilidade de colisões com nosso planeta diminua com o aumento do tamanho dos corpos. Entretanto, devido à grande velocidade desses corpos, mesmo um cometa ou asteróide "pequeno" que cair na Terra, poderá liberar uma quantidade muito grande de energia.
Isso faz com que a probabilidade de colisões com nosso planeta diminua com o aumento do tamanho dos corpos. Entretanto, devido à grande velocidade desses corpos, mesmo um cometa ou asteróide "pequeno" que cair na Terra, poderá liberar uma quantidade muito grande de energia.
Objetos de 10 a 30 metros de diâmetro, colidindo com a Terra, seriam capazes de liberar uma energia de 3 a 1.000 megatons (equivalente a centenas de bombas de Hiroshima).
Estimamos que a frequência de colisões de corpos dessa faixa de tamanho com a Terra deva ser de 1 a 100 anos.
Objetos de 30 a 200 metros de diâmetro liberariam uma energia de 1.000 a 10.000 megatons e devem cair na Terra com uma frequência de 100 a 10.000 anos.
O asteróide que caiu em Tunguska no início do século se encontra nessa faixa de tamanho.
Objetos de 200 metros a 2 quilômetros de diâmetro liberariam uma energia
de 10.000 a 100.000 megatons e devem cair na Terra com uma frequência
de 10.000 a 1 milhão de anos.
Seriam capazes de devastar áreas equivalentes a um continente.
Objetos de 2 a 10 quilômetros de diâmetro liberariam uma energia de 100 mil a 1 milhão de megatons e devem cair na Terra com uma frequência de 1 milhão a 100 milhões de anos.
O asteróide que provocou a extinção dos dinossauros se encontra dentro dessa faixa de tamanho.
Objetos com mais de 10 quilômetros de diâmetro seriam capazes de extinguir a vida em nosso planeta e devem cair na Terra com uma frequência de 100 milhões a 1 bilhão de anos.
A imagem acima é uma simulação da colisão de um desses asteróides com a Terra.
Seriam capazes de devastar áreas equivalentes a um continente.
Objetos de 2 a 10 quilômetros de diâmetro liberariam uma energia de 100 mil a 1 milhão de megatons e devem cair na Terra com uma frequência de 1 milhão a 100 milhões de anos.
O asteróide que provocou a extinção dos dinossauros se encontra dentro dessa faixa de tamanho.
Objetos com mais de 10 quilômetros de diâmetro seriam capazes de extinguir a vida em nosso planeta e devem cair na Terra com uma frequência de 100 milhões a 1 bilhão de anos.
A imagem acima é uma simulação da colisão de um desses asteróides com a Terra.
Fragmentos maiores liberados pelo núcleo dos cometas descrevem órbitas
semelhantes a ele e, com o tempo, acabam formando um rastro de
corpúsculos ao longo de sua trajetória. A órbita da Terra cruza vários
desses rastros. Quando isto acontece, os fragmentos penetram na
atmosfera e são incendiados pelo atrito com o ar, sendo vistos do solo
na forma de belos meteoros.
Como eles só atingem a Terra quando esta cruza alguma órbita cometária, os meteoros têm data marcada para aparecer. Os meteoros Perseidas, por exemplo, aparecem perto do dia 12 de agosto de cada ano e são devidos ao cometa P/Swift-Tuttle (a letra "P" indica que o cometa é periódico).
Como eles só atingem a Terra quando esta cruza alguma órbita cometária, os meteoros têm data marcada para aparecer. Os meteoros Perseidas, por exemplo, aparecem perto do dia 12 de agosto de cada ano e são devidos ao cometa P/Swift-Tuttle (a letra "P" indica que o cometa é periódico).
A maioria esmagadora desses fragmentos cometários é absolutamente
inofensiva. Às vezes, porém, encontramos um pedaço dos grandes pelo
caminho. Um enorme fragmento do cometa P/Swift-Tuttle parece ter se
chocado contra o solo no oeste do Amazonas, em 13de agosto de 1930, fato
conhecido como "evento de Curuçá" ou "Tunguska Brasileiro".
A expressão "Tunguska Brasileiro" refere-se a um outro corpo celeste que atingiu a região de Tunguska, na Sibéria, em 1908, destruindo uma área de 2000 quilômetros quadrados de floresta e liberando uma energia equivalente a 15 megatons.
Estima-se que a probabilidade de colisão direta da Terra com um dos cometas com órbitas próximas é de uma a cada 200 milhões de anos.
Além de cometas, meteoróides e de uma fina e rala poeira interplanetária, o Sistema Solar é povoado por milhares de corpos maiores, vários deles com alguns quilômetros de diâmetro, chamados asteróides.
Boa parte dos asteróides possui trajetórias aproximadamente circulares e situa-se em uma faixa entre as órbitas de Marte e Júpiter (o "cinturão de asteróides"), formada por milhares deles. Desses, cerca de trinta têm diâmetros maiores do que 200 km; o maior de todos, Ceres (o primeiro a ser descoberto, em 1801, por Piazzi), tem 1025 km de lado a lado. Ceres acumula aproximadamente metade da massa de todo o cinturão de asteróides. Entretanto, o cinturão inteiro possui apenas cerca de um centésimo da massa de Mercúrio, o menor planeta do Sistema Solar.
Os asteróides são remanescentes dos primórdios do Sistema Solar, de uma época em que os planetas ainda não haviam se formado. Segundo a teoria aceita atualmente, o Sistema Solar originou-se há 5 bilhões de anos, a partir de uma imensa nuvem de gás (principalmente hidrogênio e hélio) que contraiu-se sob a ação de sua própria gravidade.
A maior parte acumulou-se no centro, formando o Sol. Porém, uma pequena parte concentrou-se em vários pontos, formando inúmeros asteróides. Esses corpos posteriormente fundiram-se entre si, através de uma série de colisões, formando os planetas e os satélites.
Mas alguns sobraram: são os asteróides atuais, testemunhas antiqüíssimas das origens dos planetas. Entre Marte e Júpiter, a gravidade deste último planeta impediu que os asteróides se aglutinassem para formar um corpo maior. Esta é a teoria aceita atualmente para a origem do cinturão de asteróides: eles não vêm da destruição de um planeta pré-existente, como se aceitava até há pouco, mas constituem um "planeta abortado".
A expressão "Tunguska Brasileiro" refere-se a um outro corpo celeste que atingiu a região de Tunguska, na Sibéria, em 1908, destruindo uma área de 2000 quilômetros quadrados de floresta e liberando uma energia equivalente a 15 megatons.
Estima-se que a probabilidade de colisão direta da Terra com um dos cometas com órbitas próximas é de uma a cada 200 milhões de anos.
Além de cometas, meteoróides e de uma fina e rala poeira interplanetária, o Sistema Solar é povoado por milhares de corpos maiores, vários deles com alguns quilômetros de diâmetro, chamados asteróides.
Boa parte dos asteróides possui trajetórias aproximadamente circulares e situa-se em uma faixa entre as órbitas de Marte e Júpiter (o "cinturão de asteróides"), formada por milhares deles. Desses, cerca de trinta têm diâmetros maiores do que 200 km; o maior de todos, Ceres (o primeiro a ser descoberto, em 1801, por Piazzi), tem 1025 km de lado a lado. Ceres acumula aproximadamente metade da massa de todo o cinturão de asteróides. Entretanto, o cinturão inteiro possui apenas cerca de um centésimo da massa de Mercúrio, o menor planeta do Sistema Solar.
Os asteróides são remanescentes dos primórdios do Sistema Solar, de uma época em que os planetas ainda não haviam se formado. Segundo a teoria aceita atualmente, o Sistema Solar originou-se há 5 bilhões de anos, a partir de uma imensa nuvem de gás (principalmente hidrogênio e hélio) que contraiu-se sob a ação de sua própria gravidade.
A maior parte acumulou-se no centro, formando o Sol. Porém, uma pequena parte concentrou-se em vários pontos, formando inúmeros asteróides. Esses corpos posteriormente fundiram-se entre si, através de uma série de colisões, formando os planetas e os satélites.
Mas alguns sobraram: são os asteróides atuais, testemunhas antiqüíssimas das origens dos planetas. Entre Marte e Júpiter, a gravidade deste último planeta impediu que os asteróides se aglutinassem para formar um corpo maior. Esta é a teoria aceita atualmente para a origem do cinturão de asteróides: eles não vêm da destruição de um planeta pré-existente, como se aceitava até há pouco, mas constituem um "planeta abortado".
Há vários asteróides fora dos dois cinturões, muitos deles em
trajetórias bastante ovaladas. Conhece-se cerca de duzentos asteróides
cuja órbita aproxima-se da órbita da Terra. A probabilidade de colisão,
entretanto, é muito baixa.
O astrônomo norte-americano Carl Sagan, no livro Pálido ponto azul [4], estima que a Terra é atingida por um objeto com cerca de 70 metros de diâmetro uma vez em alguns séculos. Uma queda dessas liberaria uma energia equivalente à das armas nucleares mais modernas.
Já um bólido de 200 metros atinge a Terra em média a cada 10 mil anos, provocando uma colisão poderia provocar efeitos climáticos regionais muito graves. Continuando a seqüência apocalíptica, estima-se que a cada milhão de anos a Terra é atingida por um objeto com uns dois quilômetros de diâmetro; tal episódio provocaria uma catástrofe climática planetária.
A cada 10 milhões de anos, teríamos algo como o impacto que extinguiu os dinossauros, provavelmente causado por um colosso de 10 quilômetros de diâmetro.
O astrônomo norte-americano Carl Sagan, no livro Pálido ponto azul [4], estima que a Terra é atingida por um objeto com cerca de 70 metros de diâmetro uma vez em alguns séculos. Uma queda dessas liberaria uma energia equivalente à das armas nucleares mais modernas.
Já um bólido de 200 metros atinge a Terra em média a cada 10 mil anos, provocando uma colisão poderia provocar efeitos climáticos regionais muito graves. Continuando a seqüência apocalíptica, estima-se que a cada milhão de anos a Terra é atingida por um objeto com uns dois quilômetros de diâmetro; tal episódio provocaria uma catástrofe climática planetária.
A cada 10 milhões de anos, teríamos algo como o impacto que extinguiu os dinossauros, provavelmente causado por um colosso de 10 quilômetros de diâmetro.
Mas nem sempre o apocalipse foi tão raro. Planetas e satélites com pouca
atmosfera têm a superfície pontilhada de crateras, pois não têm a
proteção atmosférica de que dispomos. Mesmo a Terra possui algumas,
produzidas por meteoros enormes que resistiram ao atrito.
No estado do Arizona, nos Estados Unidos, há uma cratera espetacular com 1,2 quilômetros de diâmetro, originária de um bólido de 25 metros de envergadura que chocou-se com o solo entre 20 e 50 mil anos atrás.
Tendo-se uma idéia da quantidade e da distribuição dos asteróides no Sistema Solar, pode-se inferir o número de crateras presentes em um mundo sem atmosfera, como a Lua. Entretanto, o número de crateras na Lua é muito maior do que o calculado dessa maneira.
Segue-se que o número de asteróides era bem maior em tempos remotos. Naquela época, nos primórdios do Sistema Solar (há 5 bilhões de anos atrás), os choques entre os mundos eram muito mais constantes.
As crateras da Lua, muitas delsa tão grandes que são visíveis a olho nu, bem como a de vários outros mundos com pouca ou sem atmosfera, são testemunhos de uma época de grande violência cósmica.
No estado do Arizona, nos Estados Unidos, há uma cratera espetacular com 1,2 quilômetros de diâmetro, originária de um bólido de 25 metros de envergadura que chocou-se com o solo entre 20 e 50 mil anos atrás.
Tendo-se uma idéia da quantidade e da distribuição dos asteróides no Sistema Solar, pode-se inferir o número de crateras presentes em um mundo sem atmosfera, como a Lua. Entretanto, o número de crateras na Lua é muito maior do que o calculado dessa maneira.
Segue-se que o número de asteróides era bem maior em tempos remotos. Naquela época, nos primórdios do Sistema Solar (há 5 bilhões de anos atrás), os choques entre os mundos eram muito mais constantes.
As crateras da Lua, muitas delsa tão grandes que são visíveis a olho nu, bem como a de vários outros mundos com pouca ou sem atmosfera, são testemunhos de uma época de grande violência cósmica.
É provável que encontros particularmente violentos já tenham destruído
satélites e planetas várias vezes. Num evento desses, parte da matéria é
lançada no espaço, mas parte cai de volta, por causa da ação
gravitacional do conjunto dos fragmentos, reconstituindo o astro.
Acredita-se que a Lua tenha se formado pela colisão da Terra com um mundo aproximadamente do tamanho de Marte, há 5 bilhões de anos. Ambos os mundos teriam sido despedaçados, mas foram reconstituídos pela ação gravitacional.
Acredita-se que a Lua tenha se formado pela colisão da Terra com um mundo aproximadamente do tamanho de Marte, há 5 bilhões de anos. Ambos os mundos teriam sido despedaçados, mas foram reconstituídos pela ação gravitacional.
Um episódio espetacular em 1994 (felizmente não na Terra) veio lembrar a
todos que essa violência cósmica ainda está ao redor. O cometa
Levy-Shoemaker 9, que girava ao redor do Sol há bilhões de anos, foi
capturado pelo campo gravitacional de Júpiter há algumas décadas.
No dia 7 de julho de 1992, as fortes marés causadas no cometa pela gravidade do planeta gigante despedaçaram o seu núcleo.
Um grupo de astrônomos liderados por Eugene Shoemaker e David Levy viram o cometa pela primeira vez em 25 de março de 1993, quando ele já era uma fileira de fragmentos espiralando em direção a Júpiter.
No dia 7 de julho de 1992, as fortes marés causadas no cometa pela gravidade do planeta gigante despedaçaram o seu núcleo.
Um grupo de astrônomos liderados por Eugene Shoemaker e David Levy viram o cometa pela primeira vez em 25 de março de 1993, quando ele já era uma fileira de fragmentos espiralando em direção a Júpiter.
Seis espaçonaves da Nasa espalhadas pelo Sistema Solar (e inúmeros
astrônomos na Terra) suspenderam suas tarefas para observar o que seria a
colisão do milênio.
Os fragmentos do cometa atingiram a atmosfera de Júpiter entre 16 e 22 de julho de 1994, um após o outro, a 60 quilômetros por hora.
Foram observadas bolas de fogo se erguendo nos pontos de colisão, que em muitos casos tornavam-se mais brilhantes que todo o resto de Júpiter considerado em conjunto. As explosões deram lugar a manchas escuras do tamanho do planeta Terra.
Calcula-se que um cometa desse porte atinja Júpiter em média uma vez a cada mil anos.
Uma colisão dessas com a Terra poderia destruir nosso planeta. Com tantos arautos do Apocalipse nas mãos humanas - guerra nuclear, catástrofes ecológicas, etc. -, o cometa Levy-Shoemaker 9 nos fez lembrar que a Natureza ainda é quem dá a última palavra.
Os fragmentos do cometa atingiram a atmosfera de Júpiter entre 16 e 22 de julho de 1994, um após o outro, a 60 quilômetros por hora.
Foram observadas bolas de fogo se erguendo nos pontos de colisão, que em muitos casos tornavam-se mais brilhantes que todo o resto de Júpiter considerado em conjunto. As explosões deram lugar a manchas escuras do tamanho do planeta Terra.
Calcula-se que um cometa desse porte atinja Júpiter em média uma vez a cada mil anos.
Uma colisão dessas com a Terra poderia destruir nosso planeta. Com tantos arautos do Apocalipse nas mãos humanas - guerra nuclear, catástrofes ecológicas, etc. -, o cometa Levy-Shoemaker 9 nos fez lembrar que a Natureza ainda é quem dá a última palavra.
BEDENGÓ, O MAIOR METEORITO BRASILEIRO
O Bendegó é o maior meteorito brasileiro conhecido até o momento pesando
5,36 toneladas e medindo 2,15m x 1,5m x 65cm de formato meio achatado
lembrando uma sela.
Trata-se de uma massa compacta de ferro e níquel com outros elementos em quantidades menores.
Apesar de seu colossal tamanho, não figura mais entre os dez maiores do mundo, muito embora fosse o segundo em tamanho na época de seu descobrimento.
Foi descoberto no interior da Bahia e hoje se encontra em exposição na sala de meteoritos do Museu Nacional do Rio de Janeiro.
Achado no ano de 1784, por Joaquim da Mota Botelho, nas proxímidades do riacho Bendegó.
Coordenadas geográficas do lugar onde ele foi encontrado:
- Latitude Sul 10º -7´29",7.
- Longitude Este do Rio de Janeiro 4º -0´ 1" ,2.
Foi trasladado para o Museu Nacional do Rio de Janeiro em 1888, por uma comissão de engenhiros assim composta: Jose Carlos de Carvalho, Vicente Jose de Carvalho Filho, Humberto Saraiva Antunes.
Contribuiu para as despesas com o transporte o Barão de Guaí.
Concluído o trabalho de resgate que durou mais de 100 dias o meteorito foi transportado para o Museu Nacional, nesta época no Campo de Sant'Anna em 27 de novembro de 1888.
O meteorito de Bendegó é uma massa irregular de 220 x 145 x 58 cm lembrando em aspecto um asteróide. Apresenta inúmeras depressões na superfície e buracos cilíndricos orientados paralelamente a seu comprimento maior. Estes buracos se formaram pela queima do sulfeto troilita, durante a passagem transatmosférica do meteorito, uma vez que o sulfeto tem um ponto de fusão mais baixo que o restante do meteorito, se consumindo mais rapidamente. O meteorito é um meteorito metálico, também conhecido como siderito.
Trata-se de uma massa compacta de ferro e níquel com outros elementos em quantidades menores.
Apesar de seu colossal tamanho, não figura mais entre os dez maiores do mundo, muito embora fosse o segundo em tamanho na época de seu descobrimento.
Foi descoberto no interior da Bahia e hoje se encontra em exposição na sala de meteoritos do Museu Nacional do Rio de Janeiro.
Achado no ano de 1784, por Joaquim da Mota Botelho, nas proxímidades do riacho Bendegó.
Coordenadas geográficas do lugar onde ele foi encontrado:
- Latitude Sul 10º -7´29",7.
- Longitude Este do Rio de Janeiro 4º -0´ 1" ,2.
Foi trasladado para o Museu Nacional do Rio de Janeiro em 1888, por uma comissão de engenhiros assim composta: Jose Carlos de Carvalho, Vicente Jose de Carvalho Filho, Humberto Saraiva Antunes.
Contribuiu para as despesas com o transporte o Barão de Guaí.
Concluído o trabalho de resgate que durou mais de 100 dias o meteorito foi transportado para o Museu Nacional, nesta época no Campo de Sant'Anna em 27 de novembro de 1888.
O meteorito de Bendegó é uma massa irregular de 220 x 145 x 58 cm lembrando em aspecto um asteróide. Apresenta inúmeras depressões na superfície e buracos cilíndricos orientados paralelamente a seu comprimento maior. Estes buracos se formaram pela queima do sulfeto troilita, durante a passagem transatmosférica do meteorito, uma vez que o sulfeto tem um ponto de fusão mais baixo que o restante do meteorito, se consumindo mais rapidamente. O meteorito é um meteorito metálico, também conhecido como siderito.
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Fonte: http://universoinimaginavel.blogspot.com.br/
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