Monitor de pressão arterial com conexão de iPhone.
A tecnologia é cotada
como uma das maiores aliadas para se chegar
a um sistema de saúde
sustentável. (Foto: Reuters)
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Como driblar as pressões que as mudanças climáticas e outras
“megaforças” exercem sobre o setor da saúde? Estudo da KPMG indica que a
tecnologia e o uso eficiente de recursos são peças-chave deste
quebra-cabeça.
Fica cada vez mais visível o efeito das mudanças climáticas em nossas vidas. Os noticiários apontam desequilíbrios ambientais e eventos climáticos extremos,
e podemos ouvir, em conversas próximas, pessoas que estão sofrendo
diretamente as consequências de um planeta em transformação.
Praticamente todos os setores da economia estão sendo ou serão afetados, pois um impacto leva a outro. A elevação das temperaturas, por exemplo, aumenta a necessidade de gastos com energia, o que torna o recurso mais caro. Com a energia custando mais, os produtos e os serviços ficam menos acessíveis. Por isso, é necessário olhar para cada um dos sistemas e buscar soluções que os tornem mais inteligentes e capazes de suportar as pressões das mudanças climáticas, do aumento da população, da escassez de recursos e da crescente urbanização da sociedade.
Considerando como prioridade o sistema de saúde, uma das áreas mais críticas e necessárias, especialmente na ocorrência de catástrofes ambientais, a consultoria KPMG publicou o estudo “Cuidados em um mundo em mudança: desafios e oportunidades para um setor de saúde sustentável”, que aponta que o setor irá enfrentar mudanças em uma escala sem precedentes, exigindo que organizações públicas, privadas e não governamentais atuem em conjunto para identificar e desenvolver soluções inovadoras, a fim de criar um modelo sustentável.
“A KPMG apurou que as exigências impostas à gestão da saúde, particularmente as relacionadas à sustentabilidade, são consideráveis e devem receber cuidado especial para garantir a perenidade dos negócios e a prestação contínua dos melhores serviços”, afirma Humberto Salicetti, sócio-líder da área de saúde da KPMG no Brasil. O material foi elaborado com base no estudo de casos, na referência a estudos já elaborados por entidades internacionais vinculadas às áreas de saúde e sustentabilidade e na valorização das melhores práticas apuradas a partir da reunião de experiências de profissionais da KPMG, presente em 152 países.
De acordo com o estudo, os efeitos das mudanças climáticas nos sistemas de saúde incluem a elevação do custo dos serviços, o aumento da necessidade de energia e o aumento da procura por serviços, pelo maior risco de inundações e catástrofes naturais.
Um sistema sob pressão
Além das mudanças climáticas, o estudo aponta outras “megaforças” que vão pressionar os sistemas de saúde nas próximas décadas. A urbanização é uma delas. Mais pessoas vivendo nas cidades é algo que exige melhorias em infraestrutura, acesso a água, saneamento e saúde.
A prosperidade das economias, com o aumento da riqueza de camadas da população, também exerce pressão. Em países desenvolvidos, o envelhecimento da população e a expectativa de vida prolongada levam a um aumento de doenças crônicas, com tratamentos mais custosos. E é crescente a escassez de profissionais de saúde para lidar com essa demanda.
Praticamente todos os setores da economia estão sendo ou serão afetados, pois um impacto leva a outro. A elevação das temperaturas, por exemplo, aumenta a necessidade de gastos com energia, o que torna o recurso mais caro. Com a energia custando mais, os produtos e os serviços ficam menos acessíveis. Por isso, é necessário olhar para cada um dos sistemas e buscar soluções que os tornem mais inteligentes e capazes de suportar as pressões das mudanças climáticas, do aumento da população, da escassez de recursos e da crescente urbanização da sociedade.
Considerando como prioridade o sistema de saúde, uma das áreas mais críticas e necessárias, especialmente na ocorrência de catástrofes ambientais, a consultoria KPMG publicou o estudo “Cuidados em um mundo em mudança: desafios e oportunidades para um setor de saúde sustentável”, que aponta que o setor irá enfrentar mudanças em uma escala sem precedentes, exigindo que organizações públicas, privadas e não governamentais atuem em conjunto para identificar e desenvolver soluções inovadoras, a fim de criar um modelo sustentável.
“A KPMG apurou que as exigências impostas à gestão da saúde, particularmente as relacionadas à sustentabilidade, são consideráveis e devem receber cuidado especial para garantir a perenidade dos negócios e a prestação contínua dos melhores serviços”, afirma Humberto Salicetti, sócio-líder da área de saúde da KPMG no Brasil. O material foi elaborado com base no estudo de casos, na referência a estudos já elaborados por entidades internacionais vinculadas às áreas de saúde e sustentabilidade e na valorização das melhores práticas apuradas a partir da reunião de experiências de profissionais da KPMG, presente em 152 países.
De acordo com o estudo, os efeitos das mudanças climáticas nos sistemas de saúde incluem a elevação do custo dos serviços, o aumento da necessidade de energia e o aumento da procura por serviços, pelo maior risco de inundações e catástrofes naturais.
Um sistema sob pressão
Além das mudanças climáticas, o estudo aponta outras “megaforças” que vão pressionar os sistemas de saúde nas próximas décadas. A urbanização é uma delas. Mais pessoas vivendo nas cidades é algo que exige melhorias em infraestrutura, acesso a água, saneamento e saúde.
A prosperidade das economias, com o aumento da riqueza de camadas da população, também exerce pressão. Em países desenvolvidos, o envelhecimento da população e a expectativa de vida prolongada levam a um aumento de doenças crônicas, com tratamentos mais custosos. E é crescente a escassez de profissionais de saúde para lidar com essa demanda.
Já nos países em desenvolvimento, o rápido crescimento econômico e
a classe média emergente também aumentam drasticamente a demanda por
serviços de saúde. Os governos se esforçam para levar os serviços
sociais, muitas vezes pela primeira vez, às populações que vivem
perifericamente. E, com um novo perfil de população, torna-se mais comum
a incidência de doenças como a hipertensão, cardiopatias, obesidade,
diabetes e asma.
Tecnologia, uma importante aliada
O setor industrial da saúde está entre os que mais emitem gases de efeito estufa nos países ricos. Os hospitais norte-americanos gastam, aproximadamente, US$ 8,5 bilhões por ano com energia, sendo que essas instalações consomem, em média, quase duas vezes mais energia por metro quadrado do que escritórios tradicionais. “No Brasil, somente os hospitais são responsáveis por 10,6% do consumo da energia de uso comercial do País”, exemplifica Salicetti, referindo-se a dados citados no estudo da KPMG.
A tecnologia é cotada como uma das maiores aliadas para se chegar a um sistema de saúde sustentável, não só por facilitar o atendimento a populações remotas, que não necessariamente precisam se deslocar a postos de saúde, mas também por reduzir o consumo de energia e os custos gerais do sistema de saúde. Ao mesmo tempo, a tecnologia pode permitir que as áreas de suprimentos façam substancialmente mais com muito menos.
Alguns hospitais já estão se adaptando, com a instalação de aparelhos de ar condicionado e sistemas de iluminação energeticamente mais eficientes e com a redução da dependência de fontes de energia fóssil. No Brasil, em uma iniciativa de 2002, a CPFL reduziu em 25% os custos de energia de mais de 100 hospitais no Estado de São Paulo, implementando medidas simples, como a instalação de novas fontes de iluminação e a modernização de circuitos.
Em Minas Gerais, o Hospital Felício Rocho, referência mineira em medicina de alta complexidade, conseguiu maior agilidade no atendimento aos pacientes e redução de 40% do consumo anual de energia elétrica com a ajuda de um plano para a área de TI.
Com o objetivo de automatizar completamente seus processos, o hospital usou soluções oferecidas pela IBM, que trabalha mundialmente para contribuir com sistemas de saúde mais inteligentes. O projeto “Hospital Sem Papel” incluiu a adoção do prontuário eletrônico, a eliminação de documentos físicos, como fichas de atendimento e de controle de pacientes, e a integração dos processos médicos com a área de enfermagem.
A solução contou com telas de LCD com painéis informativos sobre o atendimento dos pacientes, internações, informações médicas e gerenciais, dois servidores para bancos de dados e outros dez otimizados para melhorar o desempenho, o uso de energia e de refrigeração, além de máquinas para a automatização de backup.
O setor de saúde já está pensando de forma diferente, mas precisará manter todas as partes interessadas em colaboração, para garantir sistemas inteligentes e sustentáveis, que trabalhem seus recursos, humanos e naturais, com eficiência, replicando boas práticas de gestão para reduzir custos e, ainda assim, oferecer mais e melhores cuidados de saúde para a população.
Tecnologia, uma importante aliada
O setor industrial da saúde está entre os que mais emitem gases de efeito estufa nos países ricos. Os hospitais norte-americanos gastam, aproximadamente, US$ 8,5 bilhões por ano com energia, sendo que essas instalações consomem, em média, quase duas vezes mais energia por metro quadrado do que escritórios tradicionais. “No Brasil, somente os hospitais são responsáveis por 10,6% do consumo da energia de uso comercial do País”, exemplifica Salicetti, referindo-se a dados citados no estudo da KPMG.
A tecnologia é cotada como uma das maiores aliadas para se chegar a um sistema de saúde sustentável, não só por facilitar o atendimento a populações remotas, que não necessariamente precisam se deslocar a postos de saúde, mas também por reduzir o consumo de energia e os custos gerais do sistema de saúde. Ao mesmo tempo, a tecnologia pode permitir que as áreas de suprimentos façam substancialmente mais com muito menos.
Alguns hospitais já estão se adaptando, com a instalação de aparelhos de ar condicionado e sistemas de iluminação energeticamente mais eficientes e com a redução da dependência de fontes de energia fóssil. No Brasil, em uma iniciativa de 2002, a CPFL reduziu em 25% os custos de energia de mais de 100 hospitais no Estado de São Paulo, implementando medidas simples, como a instalação de novas fontes de iluminação e a modernização de circuitos.
Em Minas Gerais, o Hospital Felício Rocho, referência mineira em medicina de alta complexidade, conseguiu maior agilidade no atendimento aos pacientes e redução de 40% do consumo anual de energia elétrica com a ajuda de um plano para a área de TI.
Com o objetivo de automatizar completamente seus processos, o hospital usou soluções oferecidas pela IBM, que trabalha mundialmente para contribuir com sistemas de saúde mais inteligentes. O projeto “Hospital Sem Papel” incluiu a adoção do prontuário eletrônico, a eliminação de documentos físicos, como fichas de atendimento e de controle de pacientes, e a integração dos processos médicos com a área de enfermagem.
A solução contou com telas de LCD com painéis informativos sobre o atendimento dos pacientes, internações, informações médicas e gerenciais, dois servidores para bancos de dados e outros dez otimizados para melhorar o desempenho, o uso de energia e de refrigeração, além de máquinas para a automatização de backup.
O setor de saúde já está pensando de forma diferente, mas precisará manter todas as partes interessadas em colaboração, para garantir sistemas inteligentes e sustentáveis, que trabalhem seus recursos, humanos e naturais, com eficiência, replicando boas práticas de gestão para reduzir custos e, ainda assim, oferecer mais e melhores cuidados de saúde para a população.
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Fonte: http://sustentabilidade.allianz.com.br
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