A reciclagem é o processo de reaproveitamento de materiais rejeitados de
forma a reduzir a quantidade de lixo produzido. Esse processo é
realizado a partir de materiais que demoram a se decompor e a se
reintegrar no meio ambiente. Dentro os materiais que demoram a realizar
tal procedimento podem ser citados os derivados da borracha, materiais
orgânicos, derivados de metal, papel, plástico e vidro. A reciclagem
beneficia o meio ambiente, a economia e a Sociedade, já que diminui a
poluição, melhora as condições de limpeza da cidade, prolonga a vida
útil de aterros sanitários, melhora a produção de compostos orgânicos,
gera emprego, estimula a produção de materiais com fonte reciclável,
valoriza a limpeza pública e melhora a consciência ecológica.
Porque Reciclar
A quantidade de lixo produzida diariamente por um ser humano é de aproximadamente 5 Kg.
Se somarmos toda a produção mundial, sendo nós em erro relativo
(7000.000.000 de habitantes no Mundo) os números são assustadores, sendo
que existem Países que produzem muito mais lixo que outros, é realmente
uma loucura doentia. Aqui no nosso Distrito de Viana do Castelo, cada
habitante produz cerca de 1 kg de lixo diário o que perfaz uma media
diária de 112.809 toneladas de resíduos.
O aumento excessivo da
quantidade de resíduos deve-se à excessiva movimentação de novas
matérias-primas, dos sectores Comercial, Industrial e dum marketing
avassalador e concorrente, que juntando o perfil consumista de toda a
População, leva à frugalidade de obter os produtos industrializados, daí
mais lixo vai ser produzido, como embalagens, garrafas, etc...
Tipos de lixo:
Doméstico (alimentos)
Industrial (carvão mineral, lixo químico, fumaças)
Agrícola (esterco, fertilizantes)
Hospitalar
Materiais Radioactivos (indústria medicina...)
Tecnológico (TV, rádios)
Lixo doméstico
Também chamado de lixo domiciliar ou residencial, é produzido
pelas pessoas em suas residências. Constituído principalmente de restos
de alimentos, embalagens plásticas, papéis em geral, plásticos, entre
outros.
Lixo comercial
Gerado pelo sector terceiro (comércio em geral). É composto especialmente por papéis, papelões e plásticos.
Lixo industrial
Original das actividades do sector secundário (indústrias),
pode conter restos de alimentos, madeiras, tecidos, couros, metais,
produtos químicos e outros.
Lixo das áreas de saúde
Chamado de lixo hospitalar. Proveniente de hospitais, farmácias,
postos de saúde e casas veterinárias. Composto por seringas, vidros de
remédios, algodão, gaze, órgãos humanos, etc. Este tipo de lixo é muito
perigoso e deve ter um tratamento diferenciado, desde a colecta até a
sua deposição final.
Limpeza pública
Composto por
folhas em geral, galhos de árvores, papéis, plásticos, entulhos de
construção, terras, animais mortos, madeiras e móveis danificados.
Lixo-nuclear
Decorrentes de actividades que envolvem produtos radioactivos. A
fermentação produz dois produtos: o chorume (poluente liquido e
nauseabundo, que provem geralmente da necrose dos animais) e o gás
metano.
Menos de 3% do lixo vai para as usinas de compostagem (adubo).
O lixo hospitalar, por exemplo, deve ir para os incineradores.
Países campeões de reciclagem
O Japão reutiliza 50% do seu lixo sólido. Neste país, são comuns
diversos tipos de reciclagem. Os Estados Unidos reciclam mais de um
terço de seu lixo. Outros países que também possuem uma cultura bastante
avançada sobre reciclarem são os países nórdicos, ou seja, Suécia,
Dinamarca, Noruega, além da Alemanha. Em Portugal, recicla-se 15,7% do
lixo produzido, segundo estatísticas. Muito pouco se compararmos a meta
de 25%, estipulada pela União Europeia. Portugal tem que começar a
reciclar mais, é preciso uma consciencialização de que é preciso separar
o lixo e fazer a recolha selectiva.
TEMPO DE ABSORÇÃO DOS RESIDUOS
Todo este material pode ser reaproveitado, transformando-se em
novos produtos ou matéria-prima, sem perder as propriedades.
Separando todo o lixo produzido nas residências, estaremos evitando
a poluição e impedindo que a sucata se misture aos restos de alimentos,
facilitando assim seu reaproveitamento pelas indústrias. Ao mesmo tempo
estamos a criar melhor qualidade de vida, poupando a meio ambiente
futuro.
RECOLHA SELECTIVA NO DISTRITO DE VIANA DO CASTELO
Embora o passo essencial seja a separação doméstica dos
resíduos, isto é, a separação em casa por cada um de nós, a recolha
selectiva é feita nos ECOPONTOS que constam de um conjunto de três
contentores onde os munícipes devem colocar os resíduos de embalagens
separados por tipo de material. Periodicamente, os funcionários da
Resulima fazem o circuito de recolha aos Ecopontos, efectuando, assim, a
Recolha Selectiva.
O Ecoponto é um conjunto de três
grandes contentores, cada um destinado a um tipo específico de resíduos.
Para permitir uma utilização mais fácil, cada um deles tem uma cor
diferente que identifica um tipo de material. Os Ecopontos podem
encontrar-se espalhados por todas as localidades, de forma a estarem
mais perto das pessoas que os utilizam.
O sistema de recolha
selectiva para funcionar bem, precisa que todos nós, a começar
necessáriariamente que cada um de nós, em sua casa, separe os diferentes
tipos de resíduos e depois colocar os mesmos nos locais certos de cada
ecoponto para que sejam depois reciclados.
Devemos ter um caixote para as embalagens de plástico e metal, um para o papel e cartão e um terceiro para o restante lixo.
As embalagens de vidro – garrafas, frascos, boiões – pode sempre arrumá-las num local que não lhes afectem o movimento.
Separado o lixo o resto do processo é muito facilitado.
É importante não esquecer, no entanto, que para que os resíduos
sejam reciclados é necessários que estejam vazios. Assim, antes de serem
colocados no Ecoponto, deve sempre verificar-se se estão vazios, sem
restos de comida, etc...
O restante lixo deve ser depositado no contentor normal destinado a isso.
A
utilização dos Ecopontos e garantir que não haja erros por parte de
quem os usa, aqui ficam algumas ajudas para uma correcta separação dos
resíduos.
CONTENTORES SUBTERRANEOS
Contentor de roupas
Vidrão
Cartolão
SIMBOLOGIA - Regras de Utilização dos Ecopontos
Deve
colocar: embalagens de plástico e metal; garrafas e garrafões de
plástico; sacos de plástico limpos; esferovite; latas de refrigerante,
etc...
Deve colocar: papel e cartão; pacotes de leite, sumo e vinho; revistas; cadernos; jornais, sacos de papel, etc...
Deve colocar: garrafas; frascos; boiões.
Os recipientes para receber materiais recicláveis seguem o seguinte padrão:
Verde: vidro
Amarelo:: plásticos e metal (latas)
Azul: papel e cartão
Vermelho: pilhas
Preto: madeira
Laranja: resíduos perigosos
branco: resíduos ambulatórios e de serviços de saúde
Roxo: resíduos radioactivos: Castanho: resíduos orgânicos
Cinza: resíduo geral não-reciclável ou misturado ou contaminação não possível de separação
PROCESSO DE TRATAMENTO DOS RESIDUOS
Depois de se separarem nos Ecopontos todos os resíduos que se podem
reciclar, todo o restante lixo que não pode ser utilizado para mais
nada, é colocado no Aterro Sanitário onde será depositado, com a
garantia de não prejudicar o Meio Ambiente.
A Estação
de Transferência é um local onde os resíduos são compactados dentro de
grandes contentores fechados e armazenados antes de serem enviados para o
Aterro Sanitário, poupando assim viagens desnecessárias de viaturas
semi-vazias.
Normalmente, só se constroem Estações de
Transferência se a distância ao Aterro for grande e a quantidade de
resíduos recolhida por dia não justificar o transporte directo para o
Aterro. Também é útil no caso de serem vários concelhos a utilizar o
mesmo sistema, pois aí o lixo pode ser enviado apenas num camião,
poupando a viagem a vários.
Tudo o que entra no Aterro deve ser
controlado, tanto pessoas como camiões e resíduos. Os camiões são
pesados para se saber quanto lixo carregam e, de seguida, levam-no para a
Unidade de Prensagem.
Nesta unidade os resíduos são comprimidos e
empacotados em fardos, de modo a garantir que ocupam o menor espaço
possível no Aterro. Está é um passo fundamental para que o Aterro possa
ter uma vida útil prolongada.
O Aterro propriamente
dito, é constituído por uma grande cavidade no solo, impermeabilizada
com várias camadas de materiais impermeáveis, entre as quais uma
geomembrana de polietileno de alta densidade, que não deixa passar os
líquidos que possam vir com resíduos, ou que se geram pela queda da
chuva sobre o lixo, evitando, assim, a contaminação dos solos e das
águas.•
Depois dos cubos de resíduos serem retirados dos
camiões, há uma série de passos que são levados a cabo pelo pessoal do
Aterro:
a) São empilhados ordenadamente em filas
b) São cobertos
com uma camada de terra, de modo a evitar o arrastamento dos materiais
mais leves pelo vento, os maus cheiros e a presença de moscas e outros
animais que se alimentam dos resíduos.•
Ao contrário do que
acontece nos Aterros Sanitários controlados, nas lixeiras, os resíduos
eram despejados ao acaso, ficando expostos e prontos a serem arrastados
pelo vento, a deitar maus cheiros, a poluir o solo e a água, a ocupar
muito espaço e a servir de habitat para muitos animais (ratos, moscas,
cães...) No caso do Aterro, como os resíduos são cobertos diariamente
com terra e o chão está protegido, a situação, em termos de saúde
pública, é muito melhor.
CONCLUSÃO
O âmbito
nuclear do “Ambiente e Sustentabilidade” leva-nos a abordar várias
temáticas que no fundo se interligam: a poluição, energias renováveis e
não renováveis, reciclagem, aterros sanitários e aquecimento global,
enfim todos os aspectos que envolvem uma basta área ecológica,
económica, social e ambiental. Desenvolveram-se muitos tratados,
protocolos, mas muito está por fazer. È importante dizer que segundo um
ditado popular que diz; “ há ouro nos caixotes de lixo”.
Apesar
das campanhas de esclarecimento e incentivo, que acho ainda serem poucas
e no fundo pouco exemplificativas da necessidade de darmos as mãos para
nos protegermos atenuando o desgaste dos recursos generosos que a
Natureza nos oferta.
Todos sem excepção produzem resíduos, que
podem ser nocivos ou aproveitados, cada um de nós produz cerca de 1 kg
de lixo diariamente, isto segundo as estatísticas, do País.
Os
nossos Municípios e falando mais propriamente de Viana do Castelo,
Distrito, entregou o trabalho de recolha porta a porta e tratamento de
resíduos à Empresa Resulima, e que tem espalhados pelo Distrito cerca de
832 Ecopontos, incluindo neles vários Ecopontos subterrâneos e outros,
mas não chega uma boa organização se a População não retêm dentro das
suas consciências a importância da separação dos resíduos.
Portugal neste momento, só recicla ainda cerca de 15,7% do lixo
produzido, muito longe da taxa exigida pela União Europeia, que é de
29%, claro que nós sabemos dos custos elevados, para criar meio de
transformação para os resíduos, mas se não tomarmos sentido da gravidade
desse problema, acabaremos por ter maior gastos e esses são bem mais
caros, desde a saúde dos Portugueses, os lençóis freáticos acabam por
contaminar as águas, os alimentos começam a escassear.
Estamos a
consumir cada vez mais, e as industrias e comercialização fazem
proliferar maiores quantidades de resíduos e a política Governamental
não consegue deter, com as Leis a poluição, e os danos ecológicos, dos
espaços naturais, todos os anos ardem milhares de hectares de floresta, a
água potável sofre com os incêndios, apesar de tentar amenizar as
circunstâncias, os valores de CO2, não baixam, existem muitas chaminés
industriais a céu nu, é necessário dar formação aos cidadãos para
mudarem a sua consciência, e se fazerem mais activos, criar coimas, para
os excessos.
Nas cidades existem demasiados automóveis, e
autocarros de transportes públicos, é necessário diminuir esse reflector
negativo da saúde pública.
O uso das energias renováveis por si
só não chegam, porque os combustíveis fosseis sempre irão existir, por
isso é preciso incrementar a inovação incentivando os nossos estudantes,
Universitários e os Profissionais das Novas Tecnologias, a procurarem
através das mesmas atenuar criando e desenvolvendo projectos na
envolvência reutilizar, reciclar, recuperar, de forma, a criar meios de
defesa do ambiente.
Reforçarmos a nossa consciência de que é
importante preservarmos o ambiente mantendo-o saudável. Todos termos em
conta a importância da água, a poluição, o desenvolvimento territorial e
um do consumismo exagerado que precisa ser travado.
Economizar
a energia, substituir em casa as lâmpadas incandescentes por
fluorescentes, estamos a poupar 225kg de carvão por cada uma, temos que
ser também um pouco de policias, pois não devemos deixar que destruam o
património natural, matérias como óleo usado nos automóveis e depois
deitado no solo, pode contaminar 900 litros de água potável, uma só
pilha pode contaminar 100 mil litros de água, por isso é necessário
denunciar estas atrocidades. Usar matérias-primas que proporcionem menos
gasto energético, menos poluição do ar, da água e do solo.
Manter o máximo de limpeza da cidade, pois o cidadão que adquire o
hábito de separar o lixo, dificilmente atira nas vias públicas o mesmo.
Gerar rentabilização pela comercialização dos recicláveis. Diminuir o
desaproveitamento. Criar empregos para os usuários dos programas
sociais e de saúde
Esta é uma oportunidade aos cidadãos de
preservarem a natureza de uma forma concreta, tendo mais
responsabilidade com o lixo que geram. Todos somos responsáveis, por
isso ajudemos como podermos.
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Fonte: http://visaosustentabilidadesocial.blogspot.pt