sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Ilha japonesa surgida de erupção cresce e se une a outra

  
 Tdk/Wikimedia Commons
Ilha de Nishinoshima em 1978: esta é a primeira erupção que acontece junto a Nishinoshima em cerca de 40 anos

A pequena ilha surgida no oceano Pacífico seguiu crescendo até ter uma extensão de 15 hectares e ficar praticamente grudada à ilha de Nishinoshima

 

  Tóquio - A ilha japonesa surgida recentemente cerca de mil quilômetros ao sul de Tóquio devido à forte atividade vulcânica se uniu à vizinha ilha de Nishinoshima, segundo informou a Guarda Costeira japonesa.

Um avião da Guarda confirmou que a pequena ilha surgida no oceano Pacífico seguiu crescendo até ter uma extensão de 15 hectares e ficar praticamente grudada à desabitada ilha vulcânica de Nishinoshima.

Por essa razão, a nova ilha, que tinha sido batizada provisoriamente como Niijima ou Shinto (duas maneiras de dizer Ilha Nova em japonês) e cuja formação foi divulgada pela Guarda Costeira no último dia 21 de novembro, finalmente não receberá um nome.

A nova formação aumentou até em oito vezes de tamanho desde que surgiu por causa das erupções vulcânicas e calcula-se que a altura que já alcançou a cratera, que segue ativa, é de 50 metros sobre o nível do mar.

Além disso, os especialistas não descartam que a ilha siga se expandindo ainda mais.

Nishinoshima se encontra a 130 quilômetros da ilha habitada mais próxima, motivo pelo qual se considera que sua atividade vulcânica não põe nenhuma população em perigo.

Esta é a primeira erupção que acontece junto a Nishinoshima em cerca de 40 anos, depois que esta ilha aumentou seu tamanho entre 1973 e 1974 devido também à intensa atividade vulcânica.

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Fonte: Exame.com, em 27/12/2013
 

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Pegada hídrica: uma informação importante para quem se preocupa com o planeta

Segundo a organização Water Footprint, o Brasil tem anualmente uma pegada hídrica de 2.027 metros cúbicos per capita, sendo que cerca de 9% desse volume de água é gasto fora do País. (Foto: Stephan Augustin / www.watercone.com)
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Você sabe quanta água foi gasta para produzir os produtos que consome? E quanta água você gasta no seu dia a dia?

O consumo consciente está em voga. Cada vez mais a população quer saber como foi feito cada produto e quais os danos sociais e ao meio ambiente que a sua fabricação causou. E com a crescente demanda por informações detalhadas a respeito desses recursos, alguns tipos de medidas para classificar e quantificar esses gastos vêm se tornando cada vez mais populares.

No início dos anos 90, uma dupla de pesquisadores, William Rees e Matthis Wackemagel, apresentou a pegada ecológica, ou de carbono, uma metodologia para calcular a quantidade de recursos naturais gasta em cada atividade humana. Em 2002, o Instituto de Estudos da Água da Unesco desenvolveu um conceito similar, mas específico para calcular o volume de água total usado durante a produção e o consumo de bens e serviços, bem como o consumo direto e indireto no processo de produção. O conceito foi batizado de Pegada Hídrica.

Um estudo pioneiro desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Twente, em Amsterdã, estimou a pegada hídrica de cada nação e setor econômico. De acordo com ele, o Brasil tem anualmente uma pegada de 2.027 metros cúbicos per capita, sendo que cerca de 9% desse volume de água é gasto fora do País. A pegada hídrica global no período que compreende os anos de 1996 a 2005 foi de 9.087 Gm³/ano.

Existem três tipos de pegada hídrica, e todas são consideradas no cálculo final. A verde diz respeito à quantidade de água da chuva incorporada em um produto durante a sua produção; a azul calcula as águas superficiais ou subterrâneas que evaporam ou são incorporadas em produtos, devolvidas ao mar ou lançadas em outra bacia; e a cinza mede o volume de água necessário para diluir a poluição gerada durante o processo produtivo.

Água e pegada hídrica em pauta

E o tema “água” está mais em voga do que nunca. A escassez do recurso atinge anualmente mais de 2,7 bilhões de pessoas. No Brasil 97% da população urbana tem acesso a redes de água, o que não significa que o País não enfrente problemas relativos à questão: “Começa a ser demandada pela sociedade a regularidade do fornecimento da água e a sua qualidade”, explica Vicente Andreu, diretor presidente da Agência Nacional de Água.

Não à toa, a Unesco declarou que 2013 seria o Ano Internacional da Cooperação pela Água. Cada pessoa utiliza muito mais água do que aquela aparente (a água de chuveiros e pias e a ingerida). Há uma enorme quantidade da substância embutida na produção de alimentos, papel, roupas, etc. Para se ter uma ideia, a produção de um quilo de carne bovina utiliza 15 mil litros de água.

Acompanhando essa realidade, o design ecossustentável passa a ser matéria importante em escolas de design. Um exemplo é o IED, Instituto Europeu de Design, com sede em diversos países da Europa e também no Brasil, que encabeça o “Projetando para a Sustentabilidade”, uma iniciativa de formação promovida em conjunto pelo Ministério do Meio Ambiente da Itália, para favorecer e divulgar a sustentabilidade ambiental dos produtos, o estudo de seus ciclos de vida, o ecodesign e o design para a sustentabilidade, o estudo de materiais eco-friendly e ações de comunicação ambiental.

Na opinião de Marco Lorenzi, diretor-geral do IED Brasil, “não é possível mais pensar o design sem os princípios da sustentabilidade, tanto em seus aspectos ambientais, quanto sociais e econômicos”.

Calcule a sua pegada hídrica

A pegada hídrica é uma importante ferramenta de conscientização da população em relação aos seus hábitos de consumo, uma vez que lança os holofotes sobre informações e dados muitas vezes omitidos e esquecidos. A Water Footprint, organização que atua em defesa da água e da divulgação da pegada hídrica, disponibiliza um questionário com perguntas genéricas para calcular a pegada de cada pessoa. Faça o seu!

"O interesse na pegada hídrica está enraizado no reconhecimento de que os impactos humanos nos sistemas de água doce podem estar ligados ao consumo humano, e que questões como a escassez de água e a poluição podem ser mais bem compreendidas e tratadas, considerando a produção e as cadeias de suprimento como um todo," afirmou o professor Arjen Y. Hoekstra, um dos pesquisadores responsáveis pelo desenvolvimento do conceito.

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Fonte: Sustentabilidade Allianz, por Camila Hungria, em 09 de janeiro de 2014
http://sustentabilidade.allianz.com.br

Amazônia de espécies hiperdominantes

Pesquisadores estimam que os 6 milhões de quilômetros quadrados da floresta Amazônica chegam a ter 390 bilhões de árvores. (Foto: Reuters)
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Estudo mostra o que é a chamada Hiperdominância na Floresta Amazônica, onde, entre as 16 mil espécies registradas, há hiperdominância de apenas 227.

Um artigo publicado na Revista Science em outubro levou os olhos do mundo para a Floresta Amazônica. Através de anos de estudos de mais de 120 pesquisadores, foram publicadas as quantidades de indivíduos e a variabilidade de espécies de árvores da região.

O artigo, intitulado "Hyperdominance in the Amazonian Tree Flora” (Hiperdominância na Floresta Amazônica), estima que os 6 milhões de quilômetros quadrados da floresta chegam a ter 390 bilhões de árvores, em termos de quantidade de indivíduos de espécies variadas. Há aproximadamente 16 mil espécies diferentes, mas, desse total, 227 espécies são dominantes. Entre as espécies mais encontradas estão o açaí-do-amazonas, o matamatá-branco e diferentes espécies de palmeiras.

O estudo levanta diversas questões que ainda serão largamente pesquisadas, como a razão e as consequências dessa dominância. É possível que sejam espécies mais adaptadas e resistentes a pragas e doenças, por exemplo. Conhecer a fundo a diversidade de espécies amazônicas é fundamental para maiores programas de conservação. O pesquisador brasileiro Rafael de Paiva Salomão, do Museu Paraense Emílio Goeldi, participou do estudo e confirma: "Como ficou comprovado, existem cerca de 5.800 espécies cujas respectivas populações são inferiores a mil árvores para todos os seis milhões de km² de abrangência do bioma Amazônia. Encontrá-las é mais difícil do que achar uma agulha em palheiro. Muitas dessas espécies serão perdidas sem antes serem pelo menos descritas pela Ciência. Um melhor planejamento da localização das unidades de conservação pode pelo menos atenuar essas perdas".

Salomão afirma que foram várias dificuldades, dentre elas fazer a validação dos nomes científicos das espécies arbóreas, incluindo as palmeiras e, acima de tudo, conseguir a união e a confiança de 120 pesquisadores sob a liderança de Hans ter Steege. "Um pesquisador de muita competência e que inspira muita confiança em seus pares", completa.

Ao ser perguntado sobre os próximos passos, Salomão conta: "Encaminhamos em 01/11 um projeto de pesquisa para o Programa Ciência Sem Fronteira cujo objetivo é termos Hans ter Steege como Pesquisador Visitante Estrangeiro no Museu Emílio Goeldi, um dos institutos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, na Amazônia, por um período de três anos para desenvolvermos, em parceria, o projeto Código de Barras para as espécies de árvores da Amazônia".

É possível concluir o tamanho da importância do estudo para maior conhecimento e conservação da Amazônia. Foram anos de trabalho em equipe com profissionais de diversos locais do mundo, e o Brasil esteve muito bem representado entre esses talentosos e persistentes pesquisadores.

Entendendo brevemente a Floresta Amazônica

Em seus 6 milhões de quilômetros quadrados, a Amazônia estende-se por nove países da América do Sul, sendo mais de 60% em território brasileiro. No Brasil, abrange os Estados do Acre, do Amapá, do Amazonas, do Mato Grosso, do Pará, de Rondônia, de Roraima e de Tocantins, e parte do Estado do Maranhão. É a chamada Amazônia Legal.

Além dos Estados do Brasil, a Amazônia abrange partes dos territórios da Bolívia, do Peru, do Equador, da Colômbia, da Venezuela, da Guiana, do Suriname e da Guiana Francesa. É a chamada Amazônia Continental.

Trata-se de uma imensa floresta tropical pluvial, abrigando a Bacia Amazônica, a maior do mundo, com 1.100 afluentes. A bacia é formada por todos os rios e córregos que deságuam no Rio Amazonas. Embora seja algo mais complexo, é possível classificar a floresta em três tipos, de acordo com a distância e a influência dos cursos d'água:

Mata de terra firme: Mais distante dos cursos de água, compreende locais que não estão sujeitos a inundação.

Mata de Igapó: Por ser muito perto de rios, permanece inundada. A vegetação é totalmente adaptada.

Mata de várzea: Também sofre inundações, mas não são permanentes. Ocorrem durante as épocas de cheias dos rios.

Importância econômica
Além de abrigar imensa parcela de água doce do mundo e regular o regime de chuvas em todo o País, a floresta oferece rico estoque de castanhas, borracha e grãos. Segundo a Sudam – Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia –, há ainda grande importância econômica nas áreas de ecoturismo, piscicultura, fruticultura, pecuária, entre diversas outras atividades econômicas.

Ameaças
Extração ilegal de madeira, grilagem, agropecuária, biopirataria e tráfico de animais são alguns exemplos de ameaças a esse imenso tesouro tropical. É possível acessar o monitoramento de desmatamento pelo site do IPAM – Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia. Não se pode esquecer que, através do desmatamento e das queimadas, o carbono que compõe cerca de metade da biomassa florestal é liberado em forma de CO2, um gás de efeito estufa.

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Fonte: Sustentabilidade Allianz, por Paula Leme Warkentin, em 11 de dezembro de 2013 
http://sustentabilidade.allianz.com.br

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Como seu jardim pode ajudar você com o estresse diário

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Como seu jardim pode ajudar você a melhorar a depressão!

No mundo inteiro a depressão emocional é um fator que afeta mentes e corpos e o uso de remédios para minimizar seus efeitos também podem  representar um risco para a saúde pelos seus efeitos colaterais.
Muitas pessoas com este problema ficam confinadas dentro de casa, privando-se da vida ao ar livre, muito mais saudável.
Jardineiros e pessoas que apreciam plantas e cultivam seu jardim são consideradas pessoas mais alegres e felizes, comparadas às outras que não desenvolvem nenhum tipo de atividade relacionada à jardinagem. 
Mesmo os moradores de apartamentos poderão dispor de sacadas ou janelas com boa iluminação.
O jardim poderá assim ser representado do vaso de violetas a um grande espaço ajardinado.
Mas o que cultivar? Dependendo do espaço e luminosidade haverá condições de escolher entre horta, plantas aromáticas para temperos ou plantas ornamentais.

São poucos os elementos para montar uma horta:

Para  começar uma horta,vamos precisar analisar o seguinte:
1. Dimensão de área permeável ou espaço em sacadas e terraços para vasos;
2. Orientação solar, o que dará então as informações de quanto de luz terá durante o dia e se ventos terão grande influência no seu cultivo;
3. Escolher o que deseja cultivar:  aromáticas, hortaliças ou uma mistura destas com plantas ornamentais;
4. Plantas, terra, recipientes, treliças, pazinha para jardinagem.

A partir desta análise vamos desenvolver o restante:

Como seu jardim pode ajudar você - girassois
girassois

Verificar a dimensão da área permeável de jardim ou as dimensões de sua sacada ou terraço.
Áreas de varanda desaproveitadas poderão se tornar um local de grande vibração positiva, suavizando as linhas duras da alvenaria e propiciando uma moldura para a visão da cidade ao redor.
As plantas crescem em altura e diâmetro, antes de começar um projeto escolher o que seu espaço comporta.

Lembre-se de que cultivar jardins na vertical, usando muros e paredes. 
Esta tem sido uma prática que tem crescido nos últimos anos.
Usar treliças, meios vasos e jardineiras para pequenas plantas tem sido feito com sucesso.
Os recipientes vão desde vasos plásticos, reaproveitamento de garrafas e bombonas de plástico até calhas para água.
Quando em paredes na área permeável do quintal, as plantas do canteiro não poderão ultrapassar a altura dos recipientes colocados na vertical.

Use a orientação do sol para escolher suas ervas.

horta
horta

Plantas de sol são a grande maioria das plantas medicinais e condimentares.
Se tiver um espaço com orientação Norte ou Oeste sua horta terá sol para se desenvolver.
Já pequenas hortaliças de folhas, como alfaces e rúculas têm melhor sabor e serão mais tenras se desenvolvidas na orientação para o Leste, o sol da manhã.
Também se desenvolverão bem se colocar plantas mais altas do lado Oeste, assim terão sombra nas horas mais quentes de verão.

Uma terapia ocupacional com um prêmio no final

horta
horta e jardim
A atividade de cuidar de uma horta não é somente uma terapia ocupacional que ajuda a combater a dperessão, mas também gera um elemento de auto valia na hora de colher e usar ou oferecer os frutos do trabalho.
A satisfação de usar seu espaço para produzir comida e temperos culinários é um modo de diminuir o estresse urbano.
Seu cultivo poderá representar economia no orçamento mensal se tiver uma área considerável, podendo ali cultivar qualquer tipo de planta, como tomates, pepinos, morangas, pimentões, moranguinhos, etc.
Mas se seu espaço de quintal é pequeno ou o que pode dispor é uma pequena sacada, deverá limitar seus desejos ao que poderá ter.
Aromáticas como hortelã, melissa, erva-cidreira, tomilho, orégano, manjerona,  salsa, cebolinha e  tomatinhos-cereja numa treliça não ocupam muito espaço.
Disponha os recipientes de forma a ter espaço de movimentação e que as plantas possam ter luz conforme as necessidades de cada uma.

A horta pode ser feita em canteiros ou em vasos 

ervas na cozinha
Canteiros podem ser preparados limpando-se a área, adicionando húmus de minhoca e composto orgânico, também conhecido como terra vegetal.
Misture bem, adicionando também adubo de aves, na proporção de 300 gramas/m2.


Plante suas mudas com espaçamentos que poderão variar de 10 cm para cebolinhas até 50 cm para tomates, verifique as fichas das plantas aqui no site para saber mais detalhes.
Vasos devem ter o furo de drenagem protegido com geomanta, pedaço de malha  de tecido de algodão (camiseta), plástica (redinhas de frutas) ou pedrinhas. 
Coloque mistura de composto, húmus de minhoca e areia em partes iguais e plante suas mudas.

a neighbor's front stairs

Se usar vasos de boca larga, mais ornamentais, escolha sempre de plástico ou argila, evite os de cimento, muito pesados para sacadas.
Vá a uma floricultura ou horto, garimpe suas plantas e venha para casa de braços repletos e rodeado de perfumes.
Verifique como cultivar aqui mesmo no site, temos muitas fichas de plantas aromáticas e de horta.
E seja um produtor urbano.
Rodeie-se de plantas, cultive este hábito e sua vida mudará.


Fotos utilizadas sob licença Creative Commons: tillwe, hardworkinghippy, Pain Chaud, hardworkinghippy, hortulus, hortulus
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Fonte: Faz Fácil Plantas & Jardim -http://www.fazfacil.com.br/jardim/jardim-pode-ajudar-estresse/

Passaros e insetos na horta, como espantar sem depredar!

Passaros e insetos na horta

Pássaros são tudo de bom? São.
A natureza é um bem que não devemos dispensar, principalmente a avi-fauna selvagem que nos visita.
Mas e a horta?

Um canteiro de alfaces recém plantadas atrai pardais, que comem desenfreadamente as novas folhinhas estragando a nossa produção caseira.
Todos já viram o desenho ou fotos de um espantalho, um boneco ou uma armação vestida com roupas para parecer que a horta tem um guardião pronto para afugentar os visitantes indesejáveis.
Funciona?
Até pode funcionar durante um tempo, mas logo que os pássaros perceberem a imobilidade daquele estranho ser, até o usarão para apoio e descanso enquanto escolhem a melhor folha da horta.

Passaros e insetos na horta: Dicas para proteger a horta dos predadores

Mas algumas coisas que poderemos fazer para proteger nosso alimento podem ser usados, vejamos:

1. Tela plástica para produção (sombrite) a 60%, esticadas em sarrafos formando um túnel sobre os canteiros.

Eficiente na defesa contra predadores, inclusive insetos, se for fechada.
Dificulta, no entanto os tratos culturais.
A sugestão é fazer canteiros pequenos, e usar uma armação da tela costurada em arame galvanizado, podendo ser removida para regas e manejo.

2. Canteiros feitos com borda em madeira ou alvenaria cobertos

passaros e insetos na horta solução galinhas
Estufa feita de janelas antigas

Com velhas janelas que possam ser abertas, a luz do sol passa através do vidro, como numa estufa.
Também eficiente, mas para regiões quentes do país acabaria por cozinhar as plantas pelo calor irradiado e o ar quente dentro destas.
Canteiros feitos desta forma também poderiam ser cobertos por sombrite esticado e costurado em molduras de arame ou sarrafos. Mais arejado e indicado para locais tropicais.


3. Método antigo e barato, cruzar linhas de cordão de algodão

Colocados sobre a horta presos a bambus ou sarrafinhos, o que dificultam o pouso e o vôo dos pássaros na horta.
Têm de ficar muito bem esticadas para funcionar, sendo necessária manutenção da posição dos bambus.

passaros e insetos na horta solução espantalho
Acrescentar pedacinhos de plástico cortados em fitas, amarrados a cada 20 ou 30 cm podem ajudar no movimento com vento, espantando os visitantes.
A desvantagem é que dificultam nossas tarefas de limpeza de inços e colheita do produto cultivado.
A primeira fase de crescimento das folhas das hortaliças (alface, rúcula, radite e couve) quando estão bem tenras e delicadas são as de maior interesse para os pássaros, depois quando começam a crescer já não há tanta atração.
Nas linhas esticadas sobre a horta também é possível pendurar pedaços de lata de refrigerante cortadas em fitas também, que farão barulho quando se chocarem umas nas outras.
Desvantagem: é irritante para nós e para os vizinhos.
Muitos apreciam o sino dos ventos, aquele artefato da cultura japonesa feito de bambus ou caninhos metálicos que produzem som agradável.
Será que funcionam com os pássaros? A experimentação sempre é viável, mas estes bichinhos alados são inteligentes e não tardarão a verificar que são inócuos.

4. Uma solução moderna é o uso de cds descartados

Pendurados a ramos de árvores ou arbustos, a luz ao incidir na parte reflexiva dá uma luminosidade inesperada e espanta as aves.
passaros e insetos na horta solução CDs
O brilho dos cd’s assustam aos pássaros
Inclusive há um artefato comercial que usa uma base rotatória com cds acoplados a um cano de alumínio bastante eficiente.
Não emite som, não machuca as aves e protege sua horta.
Pensando pelo lado ecológico é também o aproveitamento de cds danificados, velhos ou daqueles de propaganda que ninguém quer.

5. No comércio há um corujão de cerâmica que tem sido oferecido para espantar aves, principalmente pombas





 


Não consegui ver a eficácia do produto, acredito que é apenas mais um gasto e tão inútil como o espantalho.


6. Animais domésticos como gatos e cães adoram caçar pássaros que pousam no chão.

São excelentes guardiães, mas tendem a correr sobre tudo atrás deles, não respeitando os limites de canteiros.
Antes de “contratá-los” pensar sobre se deseja a sua proteção para as alfaces às custas das trilhas de mudas destruídas. Conforme o tamanho do animal, a perda é considerável.


passaros e insetos na horta solução cachorro

Pássaros procuram alimento e invadem os jardins à busca de sobrevivência.
Jardins sem flores, sem frutos e sem uma horta de folhinhas atraentes para consumo são lugares vazios, sem vida.
Sem insetos, sem borboletas, por exemplo, sem abelhas atarefadas. Sem sabiás pisoteando o chão à busca de minhocas. Sem corruíras barulhentas.
Vamos refletir sobre isto. De repente semear mais do que necessitamos, para repartir com quem precisa.
Fotos utilizadas sob licença Creative Commons: strollers, chaojikazu, graibeard, nociveglia
 
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Fonte: Faz Fácil Plantas & Jardim - http://www.fazfacil.com.br/jardim/espantar-passaros-insetos/


Louva-Deus - O Mundo Secreto dos Jardins

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

O PRIMEIRO ECOLOGISTA





Ecologia é a ciência que estuda a relação entre os seres vivos e o ambiente em que vivem. O termo foi utilizado, pela primeira vez, no ano de 1869, pelo cientista alemão Ernst Haeckel.

Contudo, no estudo dos Evangelhos, encontramos o mais excelente ecologista.  Muito antes dos homens se preocuparem com a sua casa terrena, com as questões ecológicas, um Sábio Galileu demonstrou o viver saudável e a interação com o meio ambiente.

Ele nasceu num estábulo, apropriado para abrigar os animais. E um boi e um burro dividiram o espaço com Ele.

Seu primeiro berço foi improvisado numa manjedoura, utilizando-se, os pais, do feno reservado aos animais.

Seus primeiros visitantes foram homens que guardavam as ovelhas, no campo.

Iniciou Seu messianato, identificando-se, conforme as Escrituras, nas águas do rio Jordão.

Embora frequentasse as sinagogas e o templo, em Jerusalém, foi no altar da natureza que teceu as mais belas considerações a respeito do reino que veio implantar no coração dos homens.

Subiu a um monte e pronunciou o poema jamais igualado das bem-aventuranças.

No poço de Jacó, na Samaria, serviu-se do precioso líquido para tecer uma analogia e ofertar a água viva, que dessedenta para sempre.

Falando a respeito da fé, a comparou ao minúsculo grão de mostarda que, semeado, se transforma em frondosa árvore, onde se vêm abrigar as aves.

Lecionando a humildade, declamou versos a respeito dos lírios dos campos, que não tecem, nem fiam, mas que se vestem com maior pompa do que o grande rei Salomão.

Ensinando a confiança na Providência Divina, referiu-se às aves do céu, que não semeiam, nem colhem e, no entanto, o Pai lhes provê o alimento diário.

Em meio à tempestade, que atemorizava os companheiros, Ele se ergueu e falou aos ventos, ordenando aos Espíritos que atuam na natureza, para que cessassem a sua ação.

Comparou-se a uma videira, adjetivando Seus discípulos como os ramos, Ele próprio distribuindo a seiva que os há de alimentar.

Denominou-se o ramo verde, o que viceja, dá flores, frutifica. Demonstrando o conhecimento intrínseco do ofício, ofereceu-se como o Bom Pastor, aquele que, ao contrário do mercenário que foge ante o perigo, dá a Sua vida pela das Suas ovelhas.

E contou a história da ovelha perdida, das noventa e nove em segurança no redil, da alegria do Pastor ao encontrar a Sua ovelha, carregando-a aos ombros.

Vivendo no ambiente da carpintaria, enquanto crescia, agonizou e entregou Seu Espírito ao Senhor da Vida pregado a um madeiro.

*  *   *

Jesus ecologista. Jesus, amante da natureza. Ressurgindo na manhã do domingo, Ele aguardou no jardim e se deu a conhecer a Maria Madalena.

E, em plena natureza, em meio à assembleia de cinco centenas de discípulos, alçou-se e desapareceu dos olhos humanos, adentrando o reino do Pai, deixando-nos a lição de amor ao semelhante e à natureza.

Natureza que Ele ensinou a apreciar em seus detalhes, a prestar atenção a coisas que parecem insignificantes mas que integram o meio ambiente em que nos movimentamos, em que vivemos.

Jesus, Modelo e Guia. Ecologista de primeira grandeza.



Redação do Momento Espírita.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Abram os Parques


 Experiência única: pôr do sol no Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia.

 

 Parques nacionais são uma atração turística no mundo todo, menos no Brasil.

 
Nos Estados Unidos, parques nacionais são um mega empreendimento. De acordo com Jonathan Jarvis, diretor do National Park Service, em 2012 mais de 282 milhões de pessoas visitaram os 401 sítios que o órgão federal administra (entre eles, 59 parques como os nossos) – isso em ano de furacão Sandy, que levou vários parques a fechar.

Com as visitas foram gerados US$ 30 bilhões em atividade econômica e garantiu-se emprego a 252 mil pes soas. Ainda em 2012, quase 9,7 milhões de turistas foram ao Great Smoky Mountains, na Carolina do Norte, o recordista de visitação entre os parques nacionais americanos, e 4,4 milhões passaram pelo vice-líder Grand Canyon. Jarvis comanda 22 mil funcionários e um orçamento que, no ano passado, atingiu US$ 2,9 bilhões (R$ 6,2 bilhões).

Já os 68 parques brasileiros – dos quais 26 estão abertos à visitação – vivem situação bem diversa. Em 2012, eles receberam 5,6 milhões de pessoas, quase 58% do total do Great Smoky Mountains. O mais concorrido, o Parque Nacional da Tijuca, recebeu 2,5 milhões de pessoas no ano passado, porque está entranhado na cidade do Rio de Janeiro. Qualquer um que visite, de automóvel, a Vista Chinesa, o Corcovado ou a Estrada das Canoas já está dentro do parque.

A arrecadação com ingressos dessas unidades não atingiu R$ 27 milhões em 2012. Desse total, R$ 17 milhões, 62%, vieram do Parque Nacional do Iguaçu, muito visitado por causa das Cataratas do Iguaçu. A atividade econômica gerada pelos parques brasileiros nas suas regiões vizinhas ficou em torno de módicos R$ 500 milhões, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). “Nossos parques recebem menos de 2% do número de visitantes dos parques norte-americanos e devem gerar uns 2% do movimento econômico de lá”, analisa Márcio Santilli, coordenador do Instituto Socioambiental (ISA).

É natural que o Brasil fique atrás dos EUA no setor. Afinal, é um país emergente sendo comparado com a maior economia do planeta. Mas a diferença é gritante, sobretudo porque, como em outros setores, continuamos deitados em berço esplêndido, com muitas riquezas a mostrar e pouco traquejo e vontade política para fazê-lo.

De acordo com um relatório produzido pelo Fórum Econômico Mundial sobre competitividade turística, o Brasil é o 51º entre 140 países e está nas piores posições quanto a transportes, preços, burocracia, taxas e impostos. Entretanto, ocupa o 1º lugar como destino interessante quanto aos recursos naturais, o 6º quanto a locais reconhecidos como patrimônio natural da humanidade e o 16º quanto ao patrimônio cultural.

Matéria-prima ecológica não falta, portanto. Falta é desenvolvê-la, como outros países já fizeram. “Os cinco principais parques da África do Sul recebem mais de 4,3 milhões de visitantes por ano”, lembra Santilli.
É preciso reconhecer que, mesmo quando fechados à visitação, os parques são importantes prestadores de serviços à sociedade. Por meio deles, é possível preservar nascentes e mananciais de água, solos, ecossistemas, a biodiversidade, a produção de chuva e o equilíbrio do clima, como nos parques remotos da Amazônia.

Mas manter o status quo atual – com 62% dos parques fechados – é, em princípio, estranho. Na prática, avalia o empresário Roberto Klabin, ex-presidente da Fundação SOS Mata Atlântica, a proibição deixa os parques fechados reclusos ao imaginário, excluídos da vivência dos brasileiros. “Os parques não são da população. São dos técnicos, das pessoas que cuidam do meio ambiente”, afirma o empresário.

 
Negócio promissor

O relatório do Pnuma, Contribuição das Unidades de Conservação para a Economia Nacional, de 2011, mostra que investir nos parques seria um ótimo negócio. Segundo o estudo, ao se considerar o fluxo de turistas (brasileiros e estrangeiros) estimado para o país até 2016, ano da Olimpíada no Rio de Janeiro, o aumento do interesse na procura por ambientes naturais e a média de investimentos nos parques nacionais nos últimos tempos, seria possível chegar àquele ano com 13,7 milhões de visitantes nessas unidades de conservação, que gerariam R$ 1,6 bilhão em receitas.

“O governo precisa perceber que o Brasil é uma potência ambiental. Ele só lembra que somos uma potência agrícola”, diz Klabin. A ficha tem demorado a cair. No Brasil, os parques nacionais e as outras 244 unidades de conservação federais estão subordinados ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA). O  orçamento do ministério nunca foi grande coisa e é um alvo prioritário do governo federal quando quer economizar. O site Contas Abertas revelou que no ano passado, por exemplo, dos R$ 4,1 bilhões previstos, R$ 1,1 bilhão (27%) foi bloqueado (“contingenciado”) para compor o superávit fiscal.

O MMA fica com apenas 0,15% do Orçamento Geral da União e 0,07% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Tem sido assim quase sempre, subfinanciado, o que comprova que o meio ambiente não é prioritário diante das muitas carências do país.

Para sustentar os 5.600 funcionários do ICMBio (dos quais 1.900 efetivos) e cumprir suas atribuições nas unidades de conservação, o instituto dispõe de um orçamento de cerca de R$ 503 milhões por ano, somado a valores variáveis de compensações ambientais, fundos governamentais, acordos de cooperação internacional, doações de empresas privadas e multas ambientais que raramente são pagas, devido aos constantes recursos dos infratores e à lerdeza da Justiça.

É, previsivelmente, pouco. Muito pouco. O órgão tenta, segundo seus gestores, “seguir a diretriz da área econômica, de fazer mais com menos”. Mas, nesse contexto, nem se estranha quando os técnicos do ICMBio dizem que é impossível estimar qual seria o valor ideal de recursos a serem aplicados nos parques. Ninguém pensou nisso até agora.

O caso eventual de um parque superavitário também cai no mesmo impasse. Segundo o gestor do Parque Nacional do Iguaçu, Jorge Luiz Pegoraro, apenas R$ 3 milhões dos R$ 17 milhões arrecadados em 2012 ficaram para as despesas de custeio da unidade federal paranaense (itens como pessoal, vigilância e serviços). O restante seguiu para Brasília, como orienta o sistema orçamentário federal. A rotina geral é depender de Brasília para praticamente tudo.

Outro problema que aflige os parques brasileiros é a tremenda confusão fundiária. Dos mais de 26 milhões de hectares das áreas somadas, 17% coincidem com terras indígenas ou quilombolas e parques estaduais, afora propriedades privadas.

Como os parques, em princípio, são da União, alguma ordenação jurídica diferenciada seria necessária para lidar com essa bagunça. O belo Parque Nacional do Itatiaia, por exemplo, privilegiadamente situado entre São Paulo e Rio de Janeiro, vive um arrastado litígio com proprietários de imóveis em terras incorporadas em 1982.

Na Bahia, o Parque Nacional de Boa Nova, criado em 2010, está todo assentado em terras particulares. “Não temos noção de quando vamos iniciar as desapropriações, pois não há orçamento previsto para isso”, diz o gestor da unidade, Osmar Borges – seu único funcionário.


Precariedade

O resultado das verbas minguadas e do emperramento burocrático são parques com poucos funcionários, estado lamentável e escassas melhorias. Certamente o solitário funcionário do Boa Nova e os quatro isoladíssimos funcionários do Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque (o maior parque do país em área), no Pará e no Amapá, não bastam, por mais comprometidos que sejam, para dar conta do trabalho que um parque demanda.

Mesmo coordenando cerca de 800 pessoas no Parque do Igauçu – uma enormidade em relação aos demais –, Pegoraro reconhece que a sua equipe é pequena para cumprir todas as ações listadas no Plano de Manejo da reserva (as ações necessárias para a gestão sustentável dos recursos naturais no interior e no entorno do parque).

Pegoraro tem de lidar, por exemplo, com frequentes caçadores clandestinos e colhedores de palmito, atender aos pleitos dos 14 municípios com terras no parque e avaliar os pedidos de parcerias – sem contar a constante pressão local pela reabertura da antiga Estrada do Colono, que atravessa o parque de lado a lado. Borges se multiplica para tocar um parque “ainda na fase embrionária de implantação”. Christoph Jaster, gestor do Montanhas do Tumucumaque, não reclama de verbas, mas tem problemas sobretudo com “a aceitação, por parte do público, de uma unidade de conservação que ocupa 27% da área do Amapá, e com grupos que têm interesses na exploração mineral da área”. É muita terra, realmente.

A ideia de abrir as unidades à visitação pode trazer vários benefícios, desde aproximar os brasileiros de seu patrimônio natural até obter os tão necessários recursos financeiros para geri-los melhor. Para a direção do ICMBio, apenas dois parques (Pico da Neblina e Araguaia) estão oficialmente fechados, por conta de aspectos jurídicos ligados à sobreposição com reservas indígenas.

“O que estamos fazendo”, informa o órgão, “é, em primeiro lugar, atender os parques que apresentam maior pressão de visitação, dando-lhes os instrumentos de ordenamento que garantem a integridade dos recursos da unidade e a qualidade da experiência do visitante. A meta do ICMBio é facilitar o processo ou atender a todas as unidades nos seus processos de ordenamento da visitação num médio prazo”.

Mas é preciso cautela para não criar novos problemas com uma abertura apressada, alerta Mariana Napolitano e Ferreira, analista de Conservação do Programa Amazônia do WWF-Brasil. “Os parques devem estar preparados para receber os visitantes. Eles precisam de cuidados fundamentais, como plano de manejo atualizado e recursos como pessoal e infraestrutura (estradas, sinalização, banheiros, segurança, etc.) para oferecer uma boa visitação e minimizar impactos. Isso envolve também uma visão regional, dos Estados e dos municípios, que facilite a visitação quanto ao acesso ao local, por exemplo.”

Para estudiosos da questão, porém, as razões para a demora da abertura dos parques não são mais aceitáveis. “Nenhuma inconsistência do poder público pode evitar o acesso das pessoas”, diz Márcio Santilli. “Se ele coloca certos critérios e não tem estrutura para isso, deveria buscar recursos para atendê-los.”

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Fonte: Revista Planeta, por Eduardo Araia

Superondas de vento

Superondas de vento  
A turbina encapsulada da FloDesign, na baía de Boston, em Massachusetts, 
a primeira da companhia.


Uma nova turbina pode revolucionar o futuro da energia eólica.

Aproveitar a força dos ventos para gerar energia limpa a preços competitivos é uma tendência que se espalha pelo mundo, mas a operação tem seus senões. As turbinas que obtêm os melhores resultados são enormes, dão um trabalhão para serem projetadas, fabricadas, transportadas e instaladas, são barulhentas e o gigantismo causa problemas para as aves. Além disso, há o impacto visual, que torna os parques eólicos indesejáveis em áreas urbanas. Não à toa, os aerogeradores têm sido instalados em áreas desabitadas ou no mar, a certa distância da costa. A incompatibilidade entre cidades e cataventos eólicos, porém, pode estar no fi m, se um novo conceito de turbinas do mercado americano se mostrar bem-sucedido. A novidade vem da empresa FloDesign, de  Massachusetts, cuja divisão de turbinas eólicas (FloDesign Wind Turbine Corp) deu forma à proposta tecnológica de dois veteranos engenheiros aeroespaciais, Walter Presz e Michael Werle. Em 2004, Presz e Werle refletiam sobre novas tecnologias de propulsão a jato quando tiveram um insight: e se, em vez de
despejarem energia para propulsionar motores, jogassem a energia para fora, convertendo o motor em uma turbina eólica?
Veio daí a ideia de envolver cada turbina em uma cápsula especial circular, construída em fibra de vidro, que os dois chamam de “misturador ejetor”, que responde pela potência diferenciada obtida pelos aparelhos da FloDesign. O misturador possui uma hélice que suga o ar para dentro e, por meio de sulcos e ângulos projetados na câmara, ajuda a criar um vórtice em seu interior. “É uma bomba de sugar ar sem partes móveis”, explica Presz. A energia extraída é transferida para um gerador, enquanto o ar é expelido pelo ejetor. O resultado, garantem, é um desempenho muito melhor. “Nossa máquina gera o dobro da energia das turbinas convencionais. Um vento de 3 km/h funciona como um de 6 km/h; um de 15 km/h parecerá um de 30 km/h”, afirma Presz.
A FloDesign Wind Turbine despontou no mercado em 2008, ano em que Presz e Werle construíram um pequeno modelo em escala e o testaram num túnel de vento do Massachusetts Institute of Technology (MIT). O sucesso nos testes rendeu prêmios em competições de geração de energia limpa e atraiu o interesse de investidores como o banco Goldman Sachs e a Kleiner Perkins Caufi eld & Byers (KPCB). Essa última, uma empresa californiana de capital de risco fundada em 1972, especializada em investir em companhias iniciantes, é um elemento chave dos últimos cinco anos de vida da FloDesign – um intervalo no
qual a maioria dos empreendimentos de tecnologia verde costuma naufragar. Em 2008, ela lançou um fundo de investimentos de US$ 500 milhões, específico para 40 empresas verdes iniciantes, entre as quais estava a FloDesign.

Descrição

Com o aporte e mais um subsídio de US$ 8,3 milhões da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada – Energia, do Departamento de Energia dos EUA, a empresa sobreviveu desenvolvendo pesquisa sem divulgar dados sobre seus testes e sua capacidade de gerar energia. A agência governamental justificou a discrição afirmando que a divulgação pública de dados da FloDesign atrairia a atenção de competidores estrangeiros o que atrapalharia as potenciais perspectivas de negócios de um empreendimento no qual havia dinheiro do contribuinte americano. Em vez de holofotes, a FloDesign dedicou- se ao aprimoramento do projeto para lançar um produto economicamente viável, certificando-se de que só venderia a máquina quando todas as questões a respeito de seu funcionamento – em especial sua capacidade de duplicar a geração de energia em relação a uma turbina convencional do mesmo porte – estivessem resolvidas. Várias etapas tiveram de ser vencidas nesse processo, a começar pela construção de um sofisticado túnel de vento próprio para testar as turbinas. A aerodinâmica do complexo também exigiu trabalho duro, já que a disposição dos sulcos e dos ângulos projetados para a câmara do misturador da turbina teve de ser verifi cada com rigor e várias vezes corrigida. Durante o furacão Irene, em 2011, uma turbina de teste instalada no porto de Boston revelou a vulnerabilidade do dispositivo das cápsulas a eventos climáticos extremos, o que exigiu a inclusão de abas que as fechassem em caso de tempestade. E muito planejamento foi necessário para a viabilização industrial do processo, desde a fabricação das peças até a montagem de uma cadeia global de fornecimento.
A FloDesign nunca pensou em desafiar as grandes empresas do setor, como a dinamarquesa Vestas (maior fabricante mundial de turbinas) e a americana General Electric. Seguindo a tendência mundial, essas gigantes têm investido em turbinas cada vez maiores. A V164 da Vestas, por exemplo, que produz 8 megawatts de energia, possui 208 metros de altura entre a base e o topo do rotor e suas hélices têm 80 metros de raio. Tais máquinas reduzem muito o custo da energia produzida, mas seu porte já limita a instalação a locais isolados. Pôr na rede a energia gerada nessas condições exige um pesado investimento.
De qualquer modo, o modelo convencional de turbinas continua vitorioso. Ele já responde pela maioria absoluta dos 225 mil aerogeradores em atividade, dos 280 mil megawatts de capacidade instalada e dos 670 mil empregos oferecidos pela indústria eólica no mundo em 2012. Graças a ele, a energia do vento produziu 2,5% da eletricidade consumida no planeta no ano passado.

Presença nas cidades

Para conquistar espaço no mercado, a FloDesign quer usar as características de seu produto de modo a aproximá-lo das cidades e indústrias. Sua estratégia envolve elaborar modelos menores e potentes, com altura pouco superior a 47 metros – próxima à dos postes de iluminação do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro – e capacidade nominal para gerar 100 quilowatts (suficientes para abastecer um grande edifício ou 30 casas). Desse jeito, acredita, as máquinas podem se misturar à paisagem urbana. A potência de 100 quilowatts por aparelho traz uma vantagem importante para o mercado dos EUA, permitindo que a Flo-Design receba do governo federal, até 2016, incentivo fiscal concedido a pequenas turbinas.
Além disso, as dimensões do produto o qualificam para substituir dezenas de milhares de turbinas do país próximas do fim de sua vida útil, oferecendo mais eficiência, sem criar os problemas técnicos e ambientais que as turbinas gigantes criam. Só na Califórnia há 25 mil unidades para substituir. Este ano, a FloDesign ganhou seu primeiro contrato importante: vai substituir 1.000 máquinas californianas velhas pelos seus novos geradores encapsulados.
Enquanto a turbina faz sua estreia no mercado, muitos especialistas veem com ceticismo suas anunciadas qualidades. Para o físico brasileiro José Goldemberg, a eficiência maior “viola as leis da física”. Ele também não acredita num sistema isolado de geração, como o que a FloDesign sugere indiretamente ao propor suas turbinas para o abastecimento de prédios ou indústrias. “Não vejo vantagem em máquinas isoladas. Elas têm de estar ligadas à rede. Quando venta, usa-se a turbina; quando não venta, usa-se, por exemplo, a energia de uma hidrelétrica”, explica.
A entrada na fase de comercialização significa alívio para os investidores da KPCB, que em maio passou por uma reorganização na qual a divisão de tecnologia verde perdeu importância.
Lars Andersen, presidente da empresa, reconhece que a comercialização de um produto revolucionário é inicialmente difícil. “Todo mundo quer ser o cliente 4 ou 5, ninguém quer ser o 1 ou 2”, afirma, mas já vê seus aparelhos espalhados pelos EUA e conquistando espaço no Japão e na Europa. “Temos grande otimismo e esperança nessas turbinas”, reforça Mark Johnson, diretor da Arpa-E.
Os próximos meses darão uma ideia mais clara sobre o futuro da FloDesign. Ou ela decola e vira uma das grandes em tecnologia verde ou fracassa como muitas empresas do setor.


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Fonte: Revista Planeta 


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Quinto relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC)

 

 

7 principais conclusões do quinto relatório do 

Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas - IPCC 



1. É praticamente certo que o planeta se aqueceu desde meados do século 20.
Cada uma das últimas três décadas tem sido mais quente do que as décadas precedentes, desde 1850. A taxa de aumento do nível do mar tem sido maior do que qualquer taxa média dos últimos 2.000 anos. Quase todas as geleiras estão diminuindo e o gelo do mar Ártico e da cobertura de neve no Hemisfério Norte diminuíram.


2. Cientistas estão mais confiantes do que nunca de que os seres humanos são responsáveis pelo fenômeno.
Os cientistas estão agora com mais de 95% de certeza de que os seres humanos são a principal causa das mudanças climáticas, principalmente por meio da queima de combustíveis fósseis.


3. A continuidade do aumento do aquecimento é iminente e os registros de variações de curto prazo não refletem as tendências climáticas de longo prazo.
A variabilidade natural do sistema climático, devido ao efeito El Niño, erupções vulcânicas e outras influências, faz com que seja impossível determinar a tendência de aquecimento global do planeta por meio de medidas de curto prazo. No longo prazo, inevitavelmente, as emissões continuadas de gases de efeito estufa causarão o aumento das temperaturas.


4. O aquecimento da superfície pode significar um aumento provável de mais de 2°C até 2100, com relação aos anos anteriores a 1900.
O aquecimento será distribuído de forma desigual na superfície da Terra. Estes aumentos de temperatura podem significar ondas de calor extremo, secas e inundações devido às fortes chuvas.


5. O ritmo de derretimento do gelo terrestre está se acelerando no Ártico e na Antártida e o nível do mar poderia subir por mais de 1 metro até 2100.
Isso poderia afetar grandes cidades, de Nova York a Londres e Xangai.


6. Estimativas da temperatura e elevação do nível do mar do IPCC são conservadoras.
Centenas de cientistas e representantes de cerca de 200 países devem concordar com a redação contida nos relatórios do IPCC e, portanto, acabam sendo conservadores em suas estimativas.


7. Espera-se aumento de eventos extremos climáticos.
Os cientistas estão praticamente certos de que haverá mais dias quentes e menos dias frios, e que as estações sejam menos “marcadas” ao redor do mundo. É muito provável, também, que as ondas de calor serão mais frequentes e com maior prazo de duração. Países de latitudes médias e regiões tropicais úmidas serão mais propensos a eventos extremos de chuva, que serão mais intensos e mais frequentes em 2100.


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Fonte: EXAME.com - Pegada Sustentável