sábado, 15 de agosto de 2015

Pesquisadores da Nasa descobrem planeta "primo mais velho" da Terra

Descoberta do planeta  "primo  mais  velho"  da  Terra foi confirmada hoje pela  
Missão  Kepler    Divulgação/Nasa

A Missão Kepler, da Nasa, confirmou hoje (24) a descoberta de um planeta de dimensão próxima à da Terra e que orbita uma estrela parecida com o Sol. O Kepler-452b está localizado em uma “zona habitável”, definição dada a áreas do espaço em volta de estrelas que têm temperatura parecida com a da Terra e apresentam condições para a existência de água líquida na superfície de corpos celestes.

“Podemos pensar no Kepler-452b como um primo mais velho e maior da Terra, que traz a oportunidade de entendermos a evolução do ambiente terrestre.”, declarou ao site da Nasa o pesquisador Jon Jenkins, líder da equipe que analisa os dados da sonda Kepler, telescópio espacial usado para exploração de planetas extrassolares.

O diâmetro do Kepler-452b é 60% maior que o da Terra. A massa e a composição do planeta ainda não foram determinadas, mas as pesquisas indicam que o planeta é rochoso. A órbita do planeta em volta da estrela chamada Kepler-452, o sol do novo planeta descoberto, dura 385 dias. A estrela que o Kepler-452b orbita tem 6 bilhões de anos, 1,5 bilhão a mais que o Sol. A estrela é mais brilhante que o Sol, mas tem a mesma temperatura.

"É muito inspirador considerar que esse planeta passou 6 bilhões de anos na zona habitável de sua estrela, período mais longo que o do planeta Terra. É uma oportunidade substancial para o surgimento da vida, com todos os ingredientes e condições necessárias para que a vida exista neste planeta”, ressaltou Jenkins.

Além do Kepler-452b, os cientistas apontaram mais 11 candidatos a gêmeos da Terra, exoplanetas com diâmetro entre uma e duas vezes o terrestre e que orbitam estrelas semelhantes ao Sol em tamanho e temperatura.

O administrador do Diretório de Missões Científicas da Nasa, John Grunsfeld, lembrou que a descoberta do planeta primo da Terra ocorreu no vigésimo aniversário da descoberta que provou a existência de estrelas, que, como o Sol, também abrigavam planetas. “Esse resultado excitante significa um passo a mais na descoberta de uma Terra 2.0”, afirmou .


Edição: Carolina Pimentel
Fonte: Agência Brasil