sábado, 27 de dezembro de 2014

10 Verdades chocantes sobre a Terra

A Terra gira sobre seu eixo e orbita ao redor sol. O sol, por sua vez, gira em torno do centro da Via Láctea a uma velocidade de 800.000 quilômetros por hora. Como se isso já não fosse chocante o suficiente, o universo se manteve praticamente intacto desde a sua criação. O nosso planeta, em toda a sua complexidade, é apenas um pequeno pedaço de um quebra-cabeça muito maior e que ainda está loooonge de ser completado.

Mesmo no auge da nossa insignificância, ainda temos uma composição e lógica de funcionamento interno que são absolutamente extraordinários. 

1. A Terra é absurdamente pequena

 

 

Não é nenhum segredo que a Terra é menor do que o sol, mas o contraste chega a ser ultrajante. Cerca de 109 Terras seriam necessárias para cobrir a face do sol. No entanto, ao mesmo tempo que isso pode ser um número grande, não é nada em comparação com os cerca de 1,3 milhões de Terras que poderiam caber dentro do nosso sol como um todo. Isto apenas considerando o volume e não a forma.
 
O sol contém cerca de 333 mil vezes a massa da Terra e é responsável por 99,8% da massa do nosso sistema solar inteiro. Não é à toa que dizem que o sol é para todos. 

Mas ele não é a maior coisa que existe no universo. A supergigante vermelha Betelgeuse, por exemplo, é cerca de 500 vezes maior do que o nosso sol. Agora, compare isso com o tamanho da Terra e, de repente, parece que somos insignificantemente pequenos, não?[Listverse]


2. O Polo Norte e o Polo Sul mudaram de lugar

 



A “mudança” magnética dos polos Norte e Sul é um ciclo natural. Isso já aconteceu inúmeras vezes no passado, e vai continuar acontecendo no futuro. Rochas vulcânicas revelam que a última alteração ocorreu 780.000 anos atrás. Isso significa que a próxima mudança está perto de acontecer.
 
O campo magnético que existe ao redor da Terra nos protege de uma radiação extrema. Mas ele vem mudando mais rápido do que o previsto, e está enfraquecendo em algumas áreas e ficando mais forte em outras. Isso porque o campo é afetado pelo movimento de núcleo exterior da Terra. Menos movimento provoca uma diminuição na força do campo magnético, enquanto mais movimento provoca um aumento da resistência para a área correspondente. E uma atividade incomum recentemente registrada pode significar que o processo de troca dos polos está já está acontecendo.


3. Última Pangea

 

 

Pangea, nome dado ao supercontinente com todos os sete continentes modernos formando uma única terra, existia há 250 milhões de anos. E a previsão é que, daqui a outros 250 milhões de anos no futuro, uma nova Pangea irá se formar, mas com uma estrutura muito diferente da Pangea do passado. É impossível saber exatamente em que direção as placas tectônicas se movem, mas podemos prever o que vai acontecer a partir da observação dos movimentos que estão ocorrendo agora.
 
Com base nessas informações, os cientistas preveem que a Califórnia irá colidir com o Alasca. A maior parte do Mediterrâneo é, na verdade, parte da placa tectônica africana que foi avançando para o norte durante milhões de anos. A África vai se fundir com a Europa e criar uma cadeia de montanhas gigantescas.

Mas quanto tempo essa transformação vai levar?

Digamos assim que você não precisa perder o sono. Os geólogos estimam que a formação desse supercontinente na Terra ocorra ciclicamente, em um intervalo de 500 a 700.000.000 de anos, e nós estamos no meio desse ciclo agora. E como as placas tectônicas se movem em um ritmo ligeiramente mais lento do que uma unha crescendo… Parece que vai levar um bom tempo até as terras se juntarem novamente.


4. A ação da gravidade não é a mesma em todos os lugares do mundo

 

 

Se você achava que a gravidade era a mesma em todo o mundo, que bom que está lendo esse artigo até aqui, porque não é verdade. A taxa de gravidade varia ao longo da superfície terrestre. Por exemplo, a área da Baía de Hudson, no Canadá, tem uma força gravitacional mais fraca do que a maioria dos lugares na Terra. A mudança é tão minúscula que você nunca seria capaz de senti-la, mas a tecnologia moderna pode detectá-la.
 
E por que isso acontece?

Nós só temos teorias sobre a causa dessa variação. A mais comum aponta para a Idade do Gelo. Quando o gelo que dominava a terra derreteu, ele deixou uma marca tão forte que acabou afetando a gravidade em um grau leve. Esta camada de gelo cobria a maior parte do Canadá e parte da América do Norte e teria exercido um peso maior em algumas áreas. A mesma coisa aconteceu no Pólo Sul.

O derretimento do gelo nos últimos anos tem causado uma mudança definitiva na força gravitacional local. A distribuição e densidade de terra, a atividade marítima, e os processos naturais podem ser os responsáveis por essa diferença na taxa de gravidade. Um terremoto no Japão levou a uma mudança rapidamente detectada em 2011, mas, como falamos, ninguém pode de fato senti-la.


5. Cerca de 95% do oceano ainda é um mistério

 

 


Muito embora a água cubra 71% da superfície da Terra, nós só exploramos cerca de 5% do mar. A luz solar não penetra além de aproximadamente 275 metros, e a maior parte da água do oceano escurece a uma profundidade de 30 metros. Logo… O acesso fica um pouco complicado. E há muito do abismo escuro ainda para ser descoberto.

Milhões de espécies ainda não vistas podem existir debaixo d’água, mas também muitas podem se extinguir antes mesmo que a gente tenha a oportunidade de encontrá-las e compreendê-las.

Um dos motivos que leva os cientistas a acreditarem nessa extinção é a acidez dos oceanos, que aumentou em cerca de 30% desde o início da Revolução Industrial. Essa acidez destrói recifes de corais e outras formas de vida dos mares. Para piorar as coisas, os seres humanos frequentemente pescam DEMAIS, a ponto de aniquilar algumas das principais espécies. Nós também despejamos um número estimado de 180 milhões de toneladas de resíduos tóxicos na água do mar a cada ano. Isso é lamentável, uma vez que o oceano pode armazenar chaves para a compreensão de ecossistemas complexos, a cura para doenças e mais um monte de outras coisas que nós não vamos nem ter a oportunidade de saber o que são.

As profundezas do oceano são poderosas o suficiente para destruir o nosso corpo, por conta da pressão absurda da água. Ainda assim, criaturas prosperam ali – então calcule o que ainda não sabemos.


6. Uma certa quantidade de peso pode deformar a terra

 

 

Em 2002, ao longo de cerca de um mês, a plataforma de gelo Larsen B da Antártida ruiu no Mar de Weddell. Sua área de superfície original era de cerca de 3.250 quilômetros quadrados. Esta plataforma monstruosa de gelo tinha nada menos que 220 metros de espessura e pesava singelos 720,000 milhões de toneladas – o que é acima do peso até para os padrões de beleza de um iceberg. Isso é uma grande quantidade de peso para desaparecer assim tão de repente. Para o choque de cientistas, quando isso aconteceu, a terra que anteriormente estava sob o gelo aumentou. A mudança foi significativa o suficiente para causar alterações nos fluxos subterrâneos de lava, levantando novas preocupações sobre a estabilidade dos vulcões locais. Se todo o gelo que cobre a Antártida derretesse, a terra subiria na mesma proporção. O nível dos oceanos também aumentaria em cerca de 60 metros.
 
A maior parte da terra da Antártida está afundada com o peso de suas camadas de gelo de espessura obesa. Como elas são MUITO pesadas, acabam sufocando uma grande porção de terra do continente, que atualmente permanece descansando abaixo do nível do mar.


7. O núcleo da Terra é tão quente quanto o sol

 



A Terra é dividida em três camadas. O núcleo quente é fundido do lado de fora e denso no centro. O manto é a camada seguinte. Basicamente, ele é uma rocha sólida que representa cerca de 84% do volume da Terra. A crosta é superfina é justamente a camada que sustenta a vida. O núcleo é o mais fora do alcance e, consequentemente, mais difícil de ser estudado. Mas nós sabemos o suficiente para determinarmos que o núcleo da Terra tem 2.300 quilômetros de espessura, está a uma temperatura de mais de 3.900 graus Celsius e é composto principalmente de ferro e níquel. Também sabemos que ele se move com a viscosidade da água.
 
Núcleo interno da Terra é praticamente uma bola de liga de ferro com 1.207 km de espessura. Esta esfera de metal proporciona o campo magnético mais protetor do mundo e tem nada menos que 6.100 graus Celsius, o que faz com que seja tão quente como o sol.

O peso de tudo que fica ao redor do núcleo provoca uma pressão que o mantém sólido, apesar do calor. Nós não podemos perfurar tão fundo até essas áreas ridiculamente quentes do interior da nossa Terra, então contamos com a sismologia para obter informações. Isto significa que o que “sabemos” é meramente especulativo e poderia facilmente mudar à medida que aprendemos mais sobre o peso do nosso planeta.


8. Terremotos não são nenhuma raridade

 



Se levarmos o mundo todo em consideração, terremotos ocorrem cerca de 500.000 vezes por ano. Aproximadamente um quinto destes terremotos podem ser sentidos pelos seres humanos. Microterremotos e sismos menores também acontecem em larguíssima escala. Ambos podem ser detectados por pessoas, e ocorrem a uma escala de cerca de 8.000 POR DIA. Os tremores que podem ser sentidos, mas causam pouco ou nenhum dano, ocorrem cerca de 55.000 vezes por ano.
 
Ou seja: você pode não perceber o que está acontecendo bem debaixo dos seus pés. AGORA!

Terremotos considerados de nível moderado a grande (5.0 a 8.9 graus na escala Richter) já são mais preocupantes. Eles ocorrem cerca de 1.000 vezes por ano. Os terremotos mais fortes ocorrem com menos frequência, é claro, mas os danos e a taxa de fatalidade costumam ser muito maiores.

Terremotos extremos são o tipo mais raro do mundo (para nossa infinita alegria). Eles ocorrem uma vez a cada 20 anos ou mais, registrando de 9.0 a 9.9 graus na escala Richter.
Nunca houve um terremoto documentado que tenha ultrapassado os 10 graus na escala Richter. 


9. Contra todas as expectativas, o fogo prospera em condições geladas

 

 


Na Antártica, ventos extremos e secos ajudam o fogo a se espalhar rapidamente. Com isso, a responsabilidade de seguir as precauções de segurança pesa sobre os ombros de todos, já que um incêndio pode significar perda rápida de suprimentos vitais e abrigo – o que complica em escala exponencial a vida nessa região.
 
Mas se pegar fogo, não é “só” apagar? Bem, nesse caso, não. É quase impossível apagar um grande incêndio na Antártica porque a água vai simplesmente congelar na mangueira. Então é melhor a gente focar todos os esforços na prevenção.

Segurança contra incêndio no continente branco também tem uma mais preocupação incomum: eletricidade estática.

A baixa umidade e ventos extremos aumentam os efeitos da eletricidade estática o suficiente para carregar um edifício. Uma única faísca estática pode inflamar combustível e iniciar um incêndio. Eletricidade estática descontrolada pode também destruir eletrônicos, como MP3 players e câmeras. Placas de descarga têm que ser colocadas perto de telefones e teclados por razões de segurança. Como se essas preocupações não bastassem, há também o Monte Erebus, um vulcão ativo, que pode entrar em erupção a qualquer hora.

Melhor escolher outro lugar para passar férias!


10. Essa cordilheira vulcânica se espalha pelo mundo

 

 

A dorsal mesoatlântica é uma imensa gama de vulcões subaquáticos. Ela existe devido a erupções vulcânicas de lava basáltica que ocorrem entre as placas tectônicas. Estas erupções ajudam a produzir a crosta mais nova da Terra na litosfera. Com 60 mil quilômetros de comprimento, ela é a maior cordilheira geológica da Terra.

Só para você ter uma noção, a Cordilheira dos Andes, maravilhosa e famosa, que fica aqui na América do Sul, tem “apenas” 7.200 km de extensão.

Mas isso não é tudo.

A dorsal mesoatlântica tem influência sobre a atividade da Terra. Por exemplo, quando a água congelante do oceano se infiltra nas rachaduras de suas cristas vulcânicas, essa água é aquecida a 400 graus Celsius e entra em uma ebulição sinistra sendo atirada pelo ar em rajadas pretas, devido aos minerais de basalto.

A maioria da atividade vulcânica do planeta ocorre ali. Suas características únicas variam muito além das aberturas superaquecidas, mas não temos uma visão completa do que está lá embaixo de fato. Essa gama subaquática colossal só foi descoberta na década de 1950 e permanece altamente inexplorada. Alguém se habilita?

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Fonte:hypescience.com


domingo, 14 de dezembro de 2014

Lava do gigante Kilauea ameaça povoado no Havaí; veja fotos


Gigante em chamas: lava do vulcão Kilauea avançou 310 metros em um único dia - REUTERS

 Getty Images
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São Paulo - Em erupção contínua há 30 anos, o vulcão Kilauea, na ilha do Havaí, está "agitado" neste ano. Após uma forte erupção em junho, lavas do vulcão têm se espalhado lentamente pela ilha, deixando em alerta vilarejos da região.

Depois de atingir uma casa na localidade de Pahoa, no dia 10 de novembro, o rio de rocha fumegante estabilizou temporariamente, mas voltou  avançar nesta semana e, agora, já se encontra a 3,2 quilômetros de um das entradas do centro comercial do município.

Segundo informações da EFE, nesta sexta-feira, a lava avançou cerca de 310 metros. Agentes estão apoiando proprietários de estabelecimentos e moradores no preparo para evacuações, caso sejam necessárias.

Cientistas do Centro Geológico dos EUA monitoram as atividades do Kilauea. Não há previsão de quando a lava vai parar de avançar. 

As autoridades locais alertaram a população e os visitantes a manter distância do vulcão, que fica no Parque Nacional do Havaí. O gigante, um colosso de mil e cem metros de altura, pode ser observado de uma área protegida no parque, distante 2,5 km da região isolada.

 Getty Images

 Getty Images
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Fonte: Exame.com
 

COP20 encaminha acordo climático de 2015


Segundo a "Ação de Lima", todos os países terão que apresentar à ONU, 
antes do dia 1º de outubro de 2015, 
compromissos 'quantificáveis' de redução de gases 
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Da EFE
Lima - A Cúpula de Mudança Climática de Lima (COP20) decidiu neste domingo que, pela primeira vez, todos os países terão que apresentar ações para combater o aquecimento global, o que encaminha o futuro acordo de Paris 2015, embora com muitas frentes abertas.

Segundo o documento aprovado hoje, 'A chamada à Ação de Lima', todos os países terão que apresentar à ONU, antes do dia 1º de outubro de 2015, compromissos 'quantificáveis' de redução de gases do efeito estufa de uma maneira 'clara, transparente e compreensível por todos'.

Esses compromissos devem ser 'ambiciosos' e 'justos de acordo com as circunstâncias nacionais', e devem estar acompanhados de informação detalhada das ações que o país vai desenvolver para que esse diminuição de emissões seja cumprida.

O documento também 'convida' os países a incluir em seus compromissos como vão contribuir para financiar a adaptação a secas, aumento do nível do mar ou perda de colheitas acarretadas pela mudança climática; uma fórmula linguística elegante para tranquilizar os países em desenvolvimento que se negavam a assinar nada que não fizesse referência à adaptação.

O outro grande avanço do acordo de Lima, alcançado na última hora de um intenso dia de prorrogação das negociações, é que, após a apresentação dos compromissos, a ONU analisará o impacto global dessas contribuições nacionais para determinar se são suficientes para que a temperatura do planeta não suba mais de dois graus no final de século, em relação a níveis pré-industriais.

Após a aprovação do acordo, o comissário europeu de Energia e Clima, o espanhol Miguel Arias Cañete, elogiou 'a flexibilidade' que mostraram os cerca de 200 países reunidos em Lima para que estas negociações, que estiveram bloqueadas até duas horas antes da conclusão, 'saíssem adiante'.

Arias Cañete considerou que esta flexibilidade envia um sinal positivo para avançar nos próximos 12 meses, e adotar um acordo global de luta contra a mudança climática na próxima cúpula, que será realizada em Paris, em dezembro de 2015.

A maioria dos líderes das delegações nacionais declara que 'A Chamada à Ação de Lima' facilita 'uma estrutura de trabalho para continuar trabalhando no acordo da França, como disse o enviado de Mudança Climática do governo dos Estados Unidos, Todd Stern.

'Foram dias muito intensos, mas estamos satisfeitos por ter conseguido alcançar um texto, que é o melhor neste momento', declarou à Agência Efe o secretário de Estado do Meio Ambiente espanhol, Federico Ramos.

O texto contém muitas referências aos 'elementos' que deverá conter esse futuro acordo de Paris, mas sem concretizá-los, já que nos 13 dias que durou a reunião ficou claro que, em Lima, o consenso seria impossível em torno desses temas.

Esse fato demonstra 'que ficam muitas frentes abertas e muito trabalho pela frente no próximo ano', para que Paris seja um êxito, comentou Teresa Ribera, diretora de um dos principais lobbies climáticos europeus, o IDDRI.

Lima deixa aberta, por exemplo, a fórmula jurídica que terá o futuro acordo, embora proponha três opções: 'protocolo', 'instrumento legal' ou 'resultado estipulado'.

E fala que deverá ser um pacto 'equilibrado e de equidade', que contenha 'responsabilidades comuns, mas diferenciadas', mas não detalha como se vai articular essa diferenciação.

O documento também sugere o desenvolvimento de um mecanismo internacional para perdas e danos associados com os impactos da mudança climática, e a implementação do financiamento à adaptação, mas não conta como nem apresenta um roteiro para conseguir os US$ 100 bilhões comprometidos pelos países nesta última matéria para 2020.

O acordo de Lima tampouco esclarece o que a ONU vai fazer se, ao contabilizar os compromissos de redução apresentados pelos países, perceber que são insuficientes para que a temperatura global não supere esses dois graus, que poderiam transformar o planeta em um lugar 'inabitável', segundo os cientistas.

O presidente da cúpula, o ministro peruano Manuel Pulgar Vidal, encerrou a reunião afirmando que o texto final de Lima 'dá esperança ao mundo', mas, como reconheceu Christiana Figueres, a secretária da Convenção de Mudança Climática da ONU, 'resta muito a fazer' para que o acordo de 2015 seja efetivo para enfrentar este problema.

'Paris começa em três semanas', resumiu ao deixar a cúpula a ministra do Meio Ambiente de Cingapura, Vivian Balakrishnan. EFE

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Fonte: Exame.com