domingo, 16 de março de 2014

Nova York afastou os carros das ruas. Veja como.

Ciclovia em Nova York: fruto de planejamento. 
(Foto: Reprodução DOT/NYC)
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Vídeo revela as mudanças realizadas na cidade desde 2005. Saem os automóveis, entram os pedestres e ciclistas.
Mudanças não acontecem por acaso e Nova York está aí para provar. No início dos anos 2000, o recém-eleito prefeito Michael Bloomberg e a Secretária de Transportes Janette Sadik-Khan começaram a planejar uma série de alterações no uso das ruas da cidade, tudo para reduzir a circulação de veículos automotores no espaço urbano.

As intervenções começaram timidamente, com a simples pintura de solo, a construção de pequenas praças, a proibição do estacionamento de carros nas ruas e a implantação de faixas exclusivas para ônibus e bicicletas. Os motoristas, é claro, reclamaram. Mas, aos poucos, todos foram entendendo que a mudança estava valorizando a vida na Big Apple. E o que era experimental foi se consolidando. A própria secretária falou sobre esse processo em sua visita a São Paulo, em 2013.

Encontramos agora o vídeo "New York Streets Metamorphosis", produzido pelo Departamento de Transporte de Nova York e editado por Clarence Eckerson Jr., que mostra como essas alterações foram sendo realizadas desde 2005, em locais como Times Square, Kent Avenue, Madson Square, Sands Street, Herald Square, Queensboro Bridge, 9th Avenue e Clinton Street, entre outras ruas. As imagens falam por si e mostram o caminho para prefeitos e secretários de qualquer cidade, até mesmo aqui, no Brasil.


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Fonte: Sustentabilidade Allianz, por Mobilize Brasil, em 13/janeiro/2014

2013 foi considerado o ano mais quente desde 1850


Segundo a OMM, o Brasil será um dos países mais afetados 
pelo aquecimento global. (Foto: Rodrigo Soldo)
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Organização Meteorológica Mundial considera 2013 um dos dez anos mais quentes desde 1850, quando começaram as medições.

Definitivamente 2013 foi um ano quente e cheio de episódios climáticos extremos. A Organização Meteorológica Mundial afirmou recentemente em um de seus relatórios que a temperatura global na superfície da terra e do oceano teve uma média de 0,48 graus Celsius acima da registrada entre 1961 e 1990. Segundo a OMM, o ano foi considerado o sétimo mais quente desde 1850, quando foram iniciadas as medições.

De acordo com o relatório, a tendência para um futuro mais quente é inevitável, graças ao acúmulo de gases do efeito estufa, resultado da ação humana na atmosfera, que pode agravar a situação do clima nos próximos anos.

Apesar de não estarem diretamente atribuídos aos efeitos das mudanças climáticas, alguns episódios climáticos como o tufão Haiyan, nas Filipinas, podem ter sido agravados pelo aumento do nível do mar, que subiu 20 centímetros nos últimos 100 anos. De acordo com o relatório, níveis do mar mais elevados já estão tornando populações costeiras mais vulneráveis a surtos de tempestades.

Outros episódios também chamaram a atenção dos ambientalistas em todo o mundo, como as ondas de calor que atingiram a Austrália (em alguns locais do país, os termômetros registraram 49,6º C) e o Japão, que registrou o verão mais quente da história. Até o início de novembro de 2013, já haviam sido registrados 86 ciclones tropicais, de tufões a furacões no Atlântico, número próximo da média entre 1981 e 2010 de 89 tempestades, informou a OMM.

Por aqui, as atenções se voltaram para a região Nordeste, que sofreu a pior seca em 50 anos no início de 2013. O texto afirma ainda que o Planalto brasileiro registrou seu maior déficit de chuvas desde que as medições começaram, em 1979. O Brasil será um dos países mais afetados pelo aquecimento global. Até o fim do século, a temperatura pode aumentar até 6 graus Celsius - um a mais do que no resto do mundo. O período de seca aumentará na Amazônia e no Nordeste. Na Região Sudeste, as tempestades serão mais comuns.

Já Alemanha, Polônia, Áustria, Suíça e outros países da Europa tiveram índices extremos de chuva no fim de maio e começo de junho, com inundações na região dos rios Danúbio e Elba.

Na contramão do aquecimento, do outro lado do globo, o gelo da Antártida continuou aumentando. O nível de gelo em setembro atingiu o recorde de 19,47 milhões de m2. Isso significa uma alta de 2,6% sobre a média entre 1981 e 2010.

Mais do que nunca é preciso comprometimento dos países para diminuir os efeitos dos gases poluentes. Por enquanto, apenas um tratado, o Protocolo de Kioto, estipula metas obrigatórias para diminuir a liberação de CO2 para a atmosfera. No entanto, alguns dos países que mais emitem gases estufa, como EUA, Canadá, China, Índia e Brasil, infelizmente não assinaram o protocolo, ou não tiveram um limite determinado para as emissões de CO2.
 
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Fonte: Sustentabilidade Allianz, por Giulianna Aquarone, em 22/janeiro/2014

Guia prático de reciclagem em casa

Estudo mostrou que uma em cada três pessoas não sabia o que fazer 
com o lixo produzido em casa. 
A responsabilidade da destinação do que consumimos é de cada um. 
(Foto: Xenïa Antunes)
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Muita gente ainda tem dúvidas de como reciclar certos tipos de resíduos em casa. Preparamos um Guia do Lixo para ajudar você a fazer a sua parte.
Não é de hoje que um dos grandes problemas ambientais das grandes cidades é o lixo. Somente em 2013 foram produzidas 64 milhões de toneladas de lixo no Brasil, sendo que 24 milhões não tiveram o descarte correto, de acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

Falta espaço, falta conscientização e, principalmente, falta informação para reduzir os danos dos problemas causados por tantos resíduos. De acordo com o estudo Consumo Sustentável da WWF-Brasil, divulgado no fim de 2012, uma em cada três pessoas não fazia ideia para onde ia o lixo produzido em sua casa. E se pensarmos que tudo, absolutamente tudo que consumimos, vai virar lixo, é necessário nos informarmos para saber como fazer a nossa parte e diminuir o problema ao menos dentro de casa.

Para o biólogo Felipe Pacheco, diretor executivo da Horizonte Fértil, empresa especializada em tratamento de resíduos, a responsabilidade da destinação de tudo aquilo que consumimos é de cada um, que deve fazer a sua parte, mesmo que de forma simbólica. “A grande transformação que estamos vivendo hoje é a da consciência, e este é o passo mais importante. O resto vem de maneira natural”, afirma.

Para facilitar a vida de quem ainda tem dúvidas de como descartar resíduos em casa, preparamos um Guia do Lixo Doméstico com dicas de como reciclar e reutilizar materiais para não sermos mais um cidadão a entupir a cidade de lixo:

Alimentos
Já parou para pensar quantas embalagens você leva para dentro de casa quando volta do supermercado? É muito papel, plástico, papelão, na maioria das vezes desnecessários. Algumas redes de supermercados já têm os “caixas verdes”, nos quais você pode deixar as embalagens que não vai usar para serem recicladas. Já é um começo. Outra forma é optar por alimentos naturais, que, além de mais saudáveis, não precisam de embalagens. As feiras são ótimas opções. Já para os restos, o ideal é compostar, um processo simples e que pode ser feito até em apartamentos. Hoje já existem vários tipos de composteiras, também chamadas de minhocários, onde são depositadas frutas, sementes, legumes, verduras, sobras de alimentos cozidos ou estragados, cascas de ovo, etc. “Reciclar os resíduos orgânicos é maravilhoso, é quase que brincar de Deus! Você proporciona o acontecimento da vida, tanto no processo de degradação dos resíduos como quando você usa em seu canteiro e vê uma planta ficando mais bonita e mais forte. Vale a pena a experiência. Quando você cria este amor, não quer mais parar”, conta Felipe Pacheco.

Louça
Você sabia que as buchas de espuma demoram muito mais para serem recicladas do que as vegetais ou as palhas de aço? Por isso, prefira as duas últimas, que fazem o mesmo trabalho e não poluem o ambiente.

Banheiro
Este é um dos lugares que mais recebe o lixo não reciclável, como papel higiênico. Experimente trocar os saquinhos plásticos do lixinho do banheiro por saquinhos feitos de jornal. É simples e não mistura plástico, que demora séculos para se deteriorar, com material não reciclável. Além disso, ao usar cosméticos, prefira as embalagens que permitam que o produto seja usado até o final. Cada vez mais empresas estão investindo neste tipo de material, e reutilize as de plástico.

Fraldas e absorventes íntimos
Esses dois ainda são grandes vilões da reciclagem. No Brasil ainda não existe uma tecnologia para reciclar esses materiais. Por isso, o jeito é evitar o uso excessivo. Já existem hoje absorventes de silicone para mulheres e fraldas híbridas, que se assemelham a absorventes, só que, em vez da calcinha ser toda descartável, nela se prende a fralda, que é o material a ser descartado.

Papéis
Evite amassar os papéis que irão para o lixo. Rasgue em pedaços. Quando amassados, eles ocupam muito mais espaço, além de dar mais trabalho.

Uma última dica que ajuda muito é ter em casa uma lixeira específica para reciclagem, de preferência com nichos para cada tipo de lixo: metal, papel, vidro e plástico.

Vidros
Vidros de maionese, de molho, garrafas, perfumes, etc., inteiros ou quebrados, podem ser facilmente recicláveis, mas atenção a alguns cuidados. Lave bem os vidros para evitar insetos e, caso algum esteja quebrado, coloque em caixas ou embrulhe em jornal para não machucar os responsáveis pela coleta.

Óleo de Cozinha
Nem pense em jogar o óleo que sobra das frituras no ralo da pia. Além de causar entupimento, apenas um litro de óleo jogado no ralo polui um milhão de litros de água potável! Portanto, guarde os restos em garrafas e doe para instituições que darão os fins adequados aos resíduos.

Segundo o biólogo, a solução para o problema do lixo deve vir por iniciativas descentralizadas. “Precisamos de mais ações como a compostagem em casa, pequenas unidades compactas em condomínios e bairros, assim como novas soluções, como o uso agrícola, para este tipo de material”, sugere o biólogo.

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Fonte: Sustentabilidade Allianz, por Giulianna Aquarone, em 12/março/2014