(Parte 02)
Antes
de continuarmos, devemos saber qual o significado do termo Ecologia:
oikos , em grego, quer dizer “casa”, “lugar onde se vive” e logos,
também do grego, significa, “estudo de”.
Ecologia, de forma literal, pode ser entendida como “o estudo dos organismos em sua casa”.
Mas,
como definição, podemos ter como sendo o estudo dos organismos ou de
grupos de organismos em relação ao seu ambiente. Ou ainda, a ciência das
interelações entre os organismos vivos e seu ambiente.
Considerando-se
que a ecologia esta relacionada com a biologia de grupos de organismos e
com processos funcionais nas terras, oceanos e águas doces é mais
acurado dizer-se que ecologia é o estudo da estrutura e funções da
natureza (admitindo-se que a humanidade é parte integrante dela), ou
ainda: é a ciência do “ambiente vivo” ou simplesmente “da biologia
ambiental”.
Pelo
que pode-se ver do que foi dito acima em termos de conceituações, o
Homem tem-se interessado pela Ecologia de uma forma prática, nada
pragmática, desde muito cedo em sua História. Nas sociedades primitivas,
cada indivíduo, para sobreviver, precisou ter um conhecimento definido
do seu ambiente, isto é, para saber valer-se dele, precisou compreender
as forças da Natureza , dos seus diferentes reinos, quer dizer: dos
minerais, vegetais e demais animais.
O
fruto de suas próprias observações levou esse homem primitivo a
observar os astros em seu deslocamento pelo céu, os ventos, a chuva, as
variações de temperatura, as correntes marinhas, as marés, as estações
do ano, as plantas a serem cultivadas, por exemplo, e assim,
empiricamente, mas perfeitamente integrado com tudo o que a natureza se
lhe apresentava permitiu que sua trajetória evolutiva se processasse e
chegasse onde estamos hoje, quando a Ciência e a Tecnologia
contemporânea, já permitiram levar o Homem a explorar espaços e planetas
outros que a Terra, tendo há trinta anos atrás, sido-lhe permitido
pisar o solo lunar e retornado à Terra, são e salvo.
Só
que o descompasso havido ao longo do tempo, levou o nosso planeta à
situação em que se encontra em nossos dias, não precisando acrescentar
as crises e os problemas que o próprio homem criou, mas que não se
preocupou muito em resolvê-los, pelo menos, de forma objetiva e
concreta.
Se
considerarmos que as crises morais, sociais e filosóficas engendradas
pelo Homem vieram refletir-se , de forma inexorável, sobre o meio que o
cerca, como podemos esperar, por mais auto-regenerador que seja o
Sistema de Gaia, que o Homem encontre um caminho pacífico e obedecendo
os princípios básicos da Natureza para resolver tais conflitos?
“A
pressão sobre o meio ambiente é, ao mesmo tempo, causa e efeito de
tensões políticas e conflitos militares. As nações freqüentemente
lutaram para ter ou manter o controle de matérias primas , suprimento de
energia, terras, bacias fluviais , passagens marítimas e outros
recursos ambientais básicos. Esses conflitos tendem a aumentar à medida
que os recursos escasseiam e aumenta a competição por eles”, este trecho
é encontrado na página 325 do relatório BRUNDTLAND, de 1988, da
Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, no livro
“Nosso Futuro Comum”, vindo corroborar o que foi dito acima.
Se
hoje podemos compreender que a religião é a re-ligação do Homem com
Deus Criador, reconectar-se com a Teia da Vida significa, dentro da
observância da Lei de Evolução, construir e alimentar comunidades
sustentáveis nas quais podemos satisfazer nossas necessidades a
aspirações, sem diminuirmos as chances das gerações futuras, tentando o
homem de todas as formas possíveis minimizar os efeitos, por mais
nefastos que sejam, das disputas políticas entre as nações, sobre o meio
ambiente .
Por causa disso, precisamos reaprender alguns princípios básicos de Ecologia.
Considerando-se
que, basicamente todos os sistemas vivos exibem os mesmos princípios de
organização, todas as comunidades são redes organizacionalmente
fechadas, mas abertas a fluxos de energia e de recursos.
Por
causa disso, o Homem precisa entender que apenas compreender os ciclos
da natureza não lhe basta mais; faz-se necessário que ele traga isso
para todas as experiências por que passa ao longo de sua vida. Além do
princípio da interdependência, isto é, a dependência mútua de todos os
processos vivos uns aos outros, que é a natureza de todo relacionamento
ecológico que precisa ser igualmente incorporada, há a necessidade de o
homem compreender porque determinadas crises ocorrem em certas regiões
da Terra, como conseqüência de sua inadequada prática do uso da terra,
por exemplo.
Compreender
a interdependência ecológica significa compreender o relacionamento das
partes com o todo, dos objetos com os relacionamentos, do conteúdo aos
padrões.
V - BIBLIOGRAFIA
ARAÚJO, H.L. - “ALGUÉM VELA POR VOCE”, ALIANÇA DA FRATERNIDADE. 1995.
XAVIER,F.C. ( EMMANUEL).- “O CONSOLADOR”, FEB, 1940.
NOSSO FUTURO COMUM. RELATÓRIO DA COMISSÃO MUNDIAL SOBRE O MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. ED. DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. 1988
ODUM,E.P.- FUNDAMENTALS OF ECOLOGY. 2nd. EDITION. 1959
PLANETA -” MEDITAÇÃO. - VAMOS SALVAR A TERRA?” . número 13. 1999.
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