David Neeleman, fundador da Azul no Brasil e da JetBlue nos Estados Unidos, quer arrecadar US$ 1 bilhão para premiar quem transformar a ideia em projeto viável
Marie Hippenmeyer / Divulgação
David Neeleman, presidente da Azul: com gás natural líquido
a 40 dólares o barril, cenário para o setor seria outro
São Paulo - Para o fundador da Azul, David Neeleman, transformar o gás natural em combustível para a aviação
mudaria radicalmente o negócio para as companhias. E quem bolasse uma
solução viável para a façanha deveria ganhar um prêmio de 1 bilhão de
dólares - quantia que ele espera arrecadar em um fundo, com a ajuda de
outras companhias aéreas.
Neeleman teria anunciado a proposta em uma conferência do setor aéreo na segunda-feira, em Dallas. Segundo a Business Week,
a ideia de utilizar gás natural em voos não está exatamente em fase
inicial. A Shell construiu uma planta de 18 bilhões de dólares no Qatar
para converter o gás em combustível líquido, a um preço de 80 dólares
por barril.
De acordo Neeleman, que também fundou a JetBlue nos Estados Unidos, a
alternativa seria mais rentável que o uso de biocombustíveis se esse
valor fosse reduzido pela metade. "Se você começa um negócio em que 40%
do seu custo é combustível, há apenas um pequeno pedaço que você pode
controlar", afirmou. "Quando criei a JetBlue era tudo tão fácil. Era como tirar doce de criança. O combustível mudou toda a dinâmica".
Derivado do petróleo e, portanto, sujeito às oscilações da commodity, o
combustível foi apontado como um dos grandes vilões dos balanços das
empresas brasileiras no último trimestre, quando GOL e TAM registraram prejuízos de 715 milhões e 928 milhões de reais, respectivamente.
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